tag:blogger.com,1999:blog-199334652024-03-13T22:25:38.942-04:00ApologetaApologetahttp://www.blogger.com/profile/10455542299880284070noreply@blogger.comBlogger54125tag:blogger.com,1999:blog-19933465.post-22608974771719943862016-12-03T08:59:00.000-04:002016-12-03T08:59:06.327-04:00O jogo esquerda-direita<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
Retirado do site <a href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582">permanencia.org.br</a>.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<b><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Um Começo que Não Promete Grandes Coisas</span></b></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Comecemos por um jogo falseado, ou melhor, pela realidade que se esconde sob aquela falsidade, ou ainda melhor, ou talvez irremediavelmente pior, comecemos pelo anúncio de trágicas conseqüências da falsificação tomada como critério de valor ou de verdade. E qual é essa falsificação? É o esquema, ou o jogo Esquerda-Direita. </span><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 1.6em; margin-bottom: 1.5em; padding: 0px;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 1.6em; margin-bottom: 1.5em; padding: 0px;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">A origem desse binômio, como ninguém ignora, foi a divisão das poltronas no parlamento francês. Os termos que definiam bancadas e índoles partidárias subiram para o céu das essências e passaram a designar certos arquétipos, ou, em linguagem mais aristotélica do que platônica, tornaram-se abstratos; mas ao mesmo tempo que perdiam densidade telúrica ganhavam estranhas energias. No princípio do século XX, com a explosão do “Affaire Dreyfus”, mais violenta do que a explosão de Krakatoa na Polinésia, os termos do binômio ganharam uma carga histórica imprevista. Mas é depois de 1930 que o jogo — falseado em suas regras — ganha um vigor que bem traduz o enfraquecimento da inteligência do século.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Numa primeira tentativa de definição dos termos em confronto, tomemos uma página de Maritain em “<i>Le Paysan de la Garonne</i>”, página esta exumada de um artigo opúsculo, “<i>Lettre sur l’Independance</i>” (Desclée Brouwer, 1935), e na qual o autor tem clara consciência da ambigüidade em que flutuam os termos empregados, mas nem por isso toma o partido de denunciar o falso utensílio mental.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Começa por dizer que “num primeiro sentido alguém é de direita ou de esquerda por uma disposição de temperamento”. Nesse sentido seria vão querer ser isto ou aquilo, já que nascemos ruivos, biliosos ou sanguíneos. O que se pode fazer, diz ainda Maritain corrigir seu temperamento para evitar as monstruosidades dos limites extremos: o puro cinismo da “direita” e o puro irrealismo da “esquerda”.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Aqui, evidentemente já se percebe que um do mais inteligentes filósofos do século caiu no erro de querer modelar matéria muito ingrata. Desde logo se levanta em nosso espírito uma idéia que merece reparo: se podemos corrigir os temperamentos para evitar as monstruosidades extremas, por que não corrigi-los desde logo no nível das monstruosidades medianas que certamente todos nós gostaríamos de evitar?</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Além disso, nota-se no raciocínio do filósofo uma quebra de homogeneidade entre os conceitos definidos como temperamentos e cada um desses limites extremos que, de um lado, pertence à ordem moral (já que ninguém é cínico por temperamento), e do outro lado pertence à ordem intelectual.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Este pequeno tropeço poderia ser evitado se o autor considerasse o vigoroso, ou até o violento dualismo que caracteriza o jogo esquerda-direita, e que se coaduna mal com a caracterologia. Se quisermos caracterizar os homens por seus temperamentos, não há razão nenhuma para limitar a dois tipos essa espécie de variedade. Hipócrates foi mais pluralista do que o autor de “<i>Humanisme Integral</i>”, porque abriu a rosa dos quatro ventos para os humores predominantes e os conseqüentes temperamentos humanos: o sanguíneo, o fleumático, o melancólico e o colérico.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">O dualismo do esquema já nos induz a procurar sua colocação no plano ético, ou mesmo no plano da cosmovisão, ou da ideologia, onde os termos esquerda e direita poderão significar tipos de personalidades marcadas por parâmetros morais e por concepções intelectuais.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Numa segunda tentativa, contra seus hábitos e seu gênio, o autor prefere a ilustração à definição e toma dois personagens representativos: Jean Jacques será o “puro homem de esquerda” que prefere “o que não é ao que é”, isto é o homem a quem repugna o “ser”; e para representar o puro homem de direita “que detesta a justiça e a caridade” (!!) o autor toma Goethe, não a pessoa de Goethe, é claro, mas a abstração ou hipóteses de pessoa que levasse às últimas conseqüências uma frase atribuída ao autor de Fausto, pela qual “ele preferia a ordem à justiça”.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Aqui estamos novamente fora do campo neutro da caracterologia: de um lado temos um monstro intelectual ou uma espécie hiperbólica de demência, e de outro lado um monstro moral, ou um demônio, porque só os demônios podem detestar justiça e caridade. Além disso não há homogeneidade entre os dois termos do binômio e portanto não há possibilidade de contraposição.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Detenhamo-nos um pouco na frase atribuída a Goethe e freqüentemente utilizada para estigmatizar os conservadores, os tranqüilos, os bons pais de família com o mediano egoísmo que constitui o “<i>niveau de l’humanité</i>”, como dizia Péguy. Esses homens, a acreditarmos no binômio que reaparece na página 236 de “<i>Le Paysan de la Garonne</i>”, preferem a ordem à justiça.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Que sentido terá essa frase? Receamos que não tenha sentido nenhum. Rigorosamente, “<i>formaliter loquendo</i>”, não há ordem social sem justiça, nem justiça sem ordem. As duas coisas pedem integração e não oposição, e opção. A frase só recupera a mínima dignidade verbal a que aspira qualquer proposição se admitirmos que os termos confrontados, ordem e justiça, são tomados equivocamente, ou pelo menos com certa frouxidão. Assim, um dado homem é de direita porque prefere “o que ele chama de ordem” à justiça, ou prefere apegar-se ao “que ele chama de ordem” ao que ele mesmo sabe que é justiça. Mas esse mesmo homem acusado de ser de direita, nesses termos, poderia dizer que ele prefere “o que sabe ser ordem” ao que você, de esquerda, chama de justiça. E não se diga, depressa demais, que é só a idéia de ordem que se presta à equivocidade, enquanto a idéia de justiça, com refulgente nitidez, se impõe a gregos e troianos. Creio que, se promovêssemos um inquérito sobre o uso equívoco dos dois termos nos tempos que correm, a equivocidade do termo justiça ganharia por dois corpos da equivocidade do termo ordem. Estamos evidentemente em pleno delírio se insistirmos em dar algum valor de utensílio mental a frases que contrapõem dois termos equívocos, e se admitirmos que o valor de tais fórmulas depende do teor de equivocidade de cada termo. O que até aqui já vimos nos inclina a concordar com Jules Monnerot</span><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;"><a class="see_footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnote1_w4mm401" id="footnoteref1_w4mm401" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; text-decoration: none; top: -0.25em; vertical-align: top;" title="Jules Monnerot, La France Intellectuelle, Raymond Bourgine, ed. 1970.">1</a> </span><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">que chama de “solecismos políticos fundamentais” o conjunto de fórmulas postas debaixo do título genérico Esquerda-Direita.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Quando Maritain emprega em “<i>Le Paysan</i>” o mesmo binômio “ordem-justiça” duas vezes, para caracterizar a direita e a esquerda, podemos imaginar a presença do fantasma de Maurras, e de outros fantasmas menores, nas zonas obscuras de sua memória. Nas paredes da “Action Française” o termo “ordem” tinha sonoridades de clarim ou de trovões do Sinai. Mas Charles Maurras não era tão cartesiano ou tão positivista como o pintam: nos dias de mais ardorosa paixão política, nos momentos em que o jornal mais precisava de seus golpes de soldado, ou nas horas em que a “vermine rongeait la France” e em que os inimigos mais mereciam o que Jean Madiran, com certa impiedade, chamou de psitacismo de Maurras, jamais deixou de ser poeta o último soldado francês. Certa ocasião em que os amigos reunidos na “Action Française”, em conversa animada, passaram da notícia do dia à Grécia de Eurípedes, houve quem dissesse que o rei Créonte representava a “ordem”, e com surpresa geral Maurras caiu a fundo sobre o infeliz: Não! Não! Quem representava a “ordem” era “Antígona”.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Nos tempos modernos a delirante equivocidade do termo “justiça” produziu variadíssima flora onde poderíamos colher os mais variados ramalhetes antiespirituais. Para começo de conversa, não deixa de ser divertida a simplicidade com que os “intelectuais” de esquerda concedem ao comunismo intenções de justiça. Poderíamos dizer aqui, sem nenhum malabarismo, em termos menos equívocos do que as frases aplicadas a Maurras ou a Garrigou-Lagrange, que são os esquerdistas que preferem a ordem-estrutura à justiça-virtude</span><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;"><a class="see_footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnote2_f2noikb" id="footnoteref2_f2noikb" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; text-decoration: none; top: -0.25em; vertical-align: top;" title="J. Maritain, in De L’Eglise du Christ, Desclée de Brouwer, 1970, pág. 203, e G. M. M. Cottier, in Horizons de l’Atheisme, ed. du Cerf 1969, pág. 113, assinalam ambos o amoralismo de Marx, atenuando-o todavia com o eufemismo de contradição. Maritain chega a sentir, à distância de século e meio o « coração » de Karl Marx arder de um « fogo devorante », mas o que nós conhecemos objetivamente de Karl Marx, pelo que deixou escrito, é o seu furor sagrado contra quem pretendesse dar conteúdo moral à sua revolução científica.">2</a></span><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">. E com esse equacionamento teríamos no comunismo a extrema direita!</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Exemplo ainda mais delirante da variedade de sentidos atribuídos ao termo “justiça” nos é hoje proporcionado por um arcebispo católico que encoraja os terroristas, os seqüestradores, os assassinos de reféns, apontando-os como heróis que lutam pela implantação da “justiça”. Essas afirmações ditas “corajosas” apesar da absoluta inexistência de qualquer risco, a não ser o de um tropeço nos palcos apinhados de fotógrafos e operadores de TV, podem ser discutidas em vários planos. Certamente não acham lugar nenhum no edifício da sabedoria católica; certamente não se inscreverão no patrimônio da glória das civilizações; certamente destoam de todos os códigos penais desde Hamurabi até nossos dias; mas o que é indiscutível é que com aquelas afirmações o arcebispo tem todos os títulos para merecer a gloriosa qualificação de extrema esquerda.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<b><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Os Vários Binômios do Jogo Esquerda-Direita</span></b></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Os resultados colhidos com a tentativa de explicar o binômio Esquerda- Direita com o binômio Justiça-Ordem já bastam para nos indicar que a contraposição procurada nesse jogo é mais complexa e envolve maior número de categorias contrapostas. Tentemos esboçar um quadro dos vários binômios que o jogo Esquerda-Direita, promovido e ativado pelos “intelectuais” deste nosso glorioso século, nos recomenda. Ei-lo:</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px;">
<b><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">ESQUERDA DIREITA</span></b></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Igualdade Aristocracia</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Liberdade Autoridade</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Anarquia Hierarquia</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">República Monarquia</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Democracia Autocracia</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Anarquia Ditadura</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Revolução Tradição</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Internacionalismo Nacionalismo</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Justiça Ordem</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Justiça social Segurança nacional</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Virtudes revolucionárias Virtudes militares</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Ação social Ação política</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Reformismo Conservantismo</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Comunismo Reação anticomunista</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">etc. etc.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Vê-se logo que não há correspondência bi-unívoca entre os termos “E” e os termos “D”. Assim com já opusemos “ordem” e “justiça”, poderíamos agora contrapor sem menos infelicidade:</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div align="center" style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: center;">
<b><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">ESQUERDA DIREITA</span></b></div>
<div align="center" style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: center;">
</div>
<div align="center" style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: center;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Anarquia Ordem</span></div>
<div align="center" style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: center;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Revolução Ordem</span></div>
<div align="center" style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: center;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Igualitarismo Ordem</span></div>
<div align="center" style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: center;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Liberalismo Ordem</span></div>
<div align="center" style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: center;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">etc. etc.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">A primeira coisa notar nesses vários binômios é a variedade de espécies. Creio que são três as espécies possíveis.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Em primeiro lugar temos os binômios formados de termos opcionais, válidos ambos, e ambos moralmente aceitáveis. Exemplo:</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div align="center" style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: center;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">República — Monarquia</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Em segundo lugar temos os binômios formados de termos complementares, aparentemente opostos. Exemplos:</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div align="center" style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: center;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Justiça — Ordem</span></div>
<div align="center" style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: center;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Ação social — Ação política</span></div>
<div align="center" style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: center;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Justiça social — Segurança nacional</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">E finalmente temos os binômios formados por termos realmente opostos e antagônicos. Exemplos:</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></div>
<div align="center" style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: center;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Anarquia — Ordem</span></div>
<div align="center" style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: center;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Comunismo — Regime de dignidade da pessoa humana</span></div>
<div align="center" style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: center;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Liberalismo — Princípio da autoridade</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">No primeiro caso, o dos termos opcionais, podemos e devemos escolher um deles conforme as exigências de uma dada conjuntura apreciada por nosso sistema de convicções. Em princípio, é moralmente neutra esta ou aquela forma de governo que não contrarie a lei natural. O calor de nossas convicções poderá, acidentalmente, valorizar demais a república ou a monarquia, poderá até chegar a excessos de radicalização, como chegaram os monarquistas da “Action Française”. Posso entretanto admitir que Maurras, Bernanos e outros, por uma acuidade especial, empírica, para o caso concreto da lamentável experiência francesa do princípio do século, tivessem razão no paralelismo que estabeleciam entre república (ou democracia) e anarquia. Posso até admira-los sem necessidade de retocar minhas pacatas e assentadas convicções republicanas. Mesmo nos casos em que nenhum preceito moral determine uma escolha e a correlata recusa, resta ainda a margem para a ponderação de qual das duas soluções será melhor em relação aos mil e um vasos capilares do caso concreto. A experiência da história mostra que os homens são capazes de se empenhar com o mais afogueado fervor nos desempates onde não há nenhuma indicação nítida de princípios morais. Talvez para compensar a insegurança ou a obscuridade da percepção dos contingentes, criamos em nós uma ênfase calorosa que muitas vezes mais se destina ao uso interno do que ao proselitismo exterior. </span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Mas deixemos essas digressões e voltemos ao nosso esquema E-D.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">No segundo caso estão os termos em falso antagonismo que pedem complementação. É curiosa a tendência com que o jogo E-D, que Monnerot chama de “solecismo político”, tem de introduzir antagonismos falsos e desconhecer a necessidade de conjunção dos opostos; coisa que prova a tendência de tal jogo à inimizade. No caso lembramos o binômio justiça e ordem que, pelo senso comum, antes de grandes especulações, pede complementação aos gritos. Veremos no tópico seguinte um eloqüente exemplo do mau funcionamento do jogo E-D, que mais parece ter sido inventado para confundir do que para aclarar as idéias.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">No terceiro caso estarão os verdadeiros antagonismos que, a rigor, constituem o assunto da imensa polêmica interna de nosso fim de civilização, de que tentamos fazer em todo este livro, uma condensação. Mais adiante, no tópico que se refere ao revolucionarismo, voltaremos a considerar este assunto na pauta especial do jogo esquerda-direita; mas antes disso precisamos desenvolver um pouco mais as conseqüências desse jogo falso e falseador em que tantos “intelectuais” se deixaram envolver.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<b><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">A Estranha Cegueira dos “Intelectuais” no Jogo E-D</span></b></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">O exemplo seria irrelevante e desprezível se o fôssemos buscar em algum dos “progressistas” católicos de nossos dias que se distinguem pela fecundidade na tolice. Para provar o intrínseco defeito do utensílio, coloco-o nas mãos de um homem honesto e competente: o filósofo Yves Simon, discípulo de Maritain e autor de livros sérios como por exemplo, “<i>L’Ontologie du Connaitre</i>”, Desclée de Brouwer. Mas é no livro escrito no exílio e publicado em 1941</span><a href="https://www.blogger.com/null" name="_ednref4" style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;"></span></a><a class="see_footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnote3_kz9kufq" id="footnoteref3_kz9kufq" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; text-decoration: none; top: -0.25em; vertical-align: top;" title=" Yves Simon, La Grande Crise de la République Française, ed. L’Arbre, Montral, 1941, pág. 128.">3</a><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">, no meio de tempestades de emoções trazidas pela queda de Paris, que nós melhor apreciaremos o que o “intelectual” Yves Simon diz quando utiliza o aparelho E-D. Na página 128, a propósito da guerra da Abissínia, lemos:</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Os adversários de Mussolini eram os homens do nascente “front Populaire” e mais um grande número de católicos. Quanto à direita, quanto aos conservadores e reacionários, quanto ao partido nacionalista, quanto àqueles que chamei “guardiães da cidade” — esses se levantaram como um só homem contra a Sociedade das Nações, contra o direito internacional, contra o tratados assinados pela França, e apoiaram a agressão italiana.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Ao pé da página, arrependido de ter escrito “como um só homem”, Y.S. admite algumas raras exceções. Não sabemos se em algum lugar definiu o que entende por “homem de direita” e agora nos diz que essa espécie de homem comportou-se da maneira acima descrita, ou se é precisamente nesse comportamento que devemos ver uma definição de “homem de direita”. Na verdade, em cada texto onde aparece esse tipo baixado do arquétipo tem-se a penosa impressão da mesma recorrência: “Aqueles homens que chamo de direita (e que todos nós sabemos como são feitos) comportaram-se como homens de direita”.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Não consigo ver no mesmo saco, com o mesmo cheiro e mesmo gosto os reacionários, os conservadores e os fascistas que apoiaram o feito de Mussolini “<i>avec un enthusiasme fievreux</i>”. Se queremos definir os homens “de direita” como os defensores da “ordem”, da “tradição” e da autoridade, ou como os homens apegados à segurança pessoal e ao seu padrão de vida, não vejo como equiparar esse tipo de homem com os inquietos e efervescentes fascistas, descendentes de Sorel e de d’Annunzio, que só se propunham viver na constante exaltação dos valores da vida, realçados pelo constante perigo.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Ora, por uma dessas aberrações culturais de nosso bravo século, é justamente esse exaltado, quase diria que desordeiro ou esse aventureiro por sede e fome de vida, que será apontado como extrema-direita. Reciprocamente, não haverá para os homens ditos de esquerda, melhor título do que antifascista.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Em seu “opus magnus”, traduzido em várias línguas</span><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;"><a class="see_footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnote4_6neeqxz" id="footnoteref4_6neeqxz" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; text-decoration: none; top: -0.25em; vertical-align: top;" title="Jules Monnerot, Sociologie du Comunisme, Fayard, 1969.">4</a></span><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">, J.Monnerot descreve muito lucidamente “as variáveis e constantes do fascismo” (pg.589). E na página 593 diz:</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">O fascismo, para contornar a carência de uma oligarquia política em posse de um estado, promove uma elite sobressalente, aparentemente improvisada, e toma emprestado os processos subversivos do adversário principal, o comunismo, com o qual está sempre num processo de osmose: muitos homens em pouco meses passam de um para outro desses supostos extremos. (...) O fascismo é característico de uma sociedade predominantemente industrial de mobilidade social fraca. E deriva o caráter revolucionário (rápido e violento) dos fatos de circulação das elites que constitui. Os liberais e os marxistas propagaram ou deixaram propagar a idéia de que o “parti” fascista é um partido conservador, um partido de direita (sic). Convém proceder à constatação contrária.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Voltemos ao livro de Yves Simon na página 85, onde o autor se refere ao motim de 6 de Fevereiro de 1934, que deixou vinte e dois mortos na noite gelada da Praça da Concórdia. Diz Yves Simon que a situação parecia favorável ao restabelecimento do “fascismo” em França. Essa afirmação soa-me como um irrealismo de delírio, ou como de alguém que me explicasse as guerras do Peloponeso em termos direita-esquerda, e me dissesse que os espartanos eram homens “de direita”. Mas o mais bizarro é o que diz depois:</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Teria sido vantajoso conseguir que os católicos marchassem “<i>como um só homem</i>” (grifo meu) em favor de um golpe de estado projetado (?) contra as liberdades democráticas, e era possível esperar que se realizasse facilmente a unanimidade católica, já que se oferecia uma oportunidade de comer o maçom, como no tempo do “Affaire Dreyfus”. Mas alguns católicos tinham compreendido que o prazer de comer o pedreiro- livre não devia sobrepujar o bem comum da pátria. Um manifesto, “Pelo Bem Comum”, assinado por 52 escritores católicos...</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Não, digo eu: assinado por 52 “intelectuais” católicos.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">...bastou para demonstrar que a França cristã não permitiria que sua causa de identificasse com o fascismo</span><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;"><a class="see_footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnote5_qrbclnp" id="footnoteref5_qrbclnp" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; text-decoration: none; top: -0.25em; vertical-align: top;" title="Yves Simon, op. cit., pág. 85.">5</a></span><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">. </span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">E aí está, nessas poucas palavras de um honrado filósofo tomista transmudado em “intelectual” assinador de manifestos, um dos mais fantásticos exemplos do irrealismo político, ideológico e histórico a que se deixaram levar os intelectuais que viveram numa perpétua “journée des dupes”.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">O que realmente aconteceu em 6 de Fevereiro de 1934 foi o seguinte: a exaltação de umas cabeças quentes (algumas das quais pagaram com a vida esse delírio), ativada com o escândalo Stavisky, ofereceu uma oportunidade realíssima que logo se concretizou no “Front Populaire”, que é nem mais nem menos, o começo da derrota da França de 1940. E é o próprio Yves Simon, santo Deus!, quem nos diz das nuvens estas palavras verdadeiramente aladas, embora num sentido um pouco afastado do que lhe dá Rapsodo:</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Mas o mais importante dos resultados políticos imediatos do 6 de Fevereiro foi a formação do “Front Populaire”. Antes dessa jornada trágica, o perigo fascista nunca tinha sido levado a sério.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Em 6 de Fevereiro as ligas fascistas se mostraram capazes de tentar um golpe de estado, e até de efetiva-lo. Em presença de uma ameaça tão clara, todas as forças antifascistas de França compreenderam que era tempo de cessar suas dissensões e de realizar a unidade de ação que as forças antifascistas da Alemanha não conseguiram</span><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;"><a class="see_footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnote6_emfkdt1" id="footnoteref6_emfkdt1" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; text-decoration: none; top: -0.25em; vertical-align: top;" title="Ibid. pág. 109.">6</a></span><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">. </span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">É espantoso o ilogismo de Yves Simon, que nos fala como se a França, que teve a felicidade de reunir as forças antifascistas, tivesse invadido e vencido a pobre Alemanha, que não conseguira a mesma salutar união.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Na realidade — realidade espessa, áspera, pegajosa e vagamente fétida, realidade que escapa sempre à percepção dos intelectuais católicos de esquerda — o que aconteceu foi o seguinte: capitalizando, como de costume, a exaltação (fascista?) de 6 de Fevereiro, os socialistas e comunistas se coligaram para a desgraça da França e do mundo com o apoio dos 52 ingênuos que julgavam salvar a França no momento exato em que contribuíram para abrir as comportas da torrente revolucionária, e assim liberar o monstro que tem a singularidade de se nutrir de fantasmas, de esquemas irreais e de categorias de delírio.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Um notável filósofo tomista não consegue ver o óbvio, o fulgurante, porque usa uma álgebra política com sinal negativo (—) diante do parêntese que encerra os fatos. Tudo muda de sinal, e o filósofo gaba a sagacidade de uma França idealmente vencedora em face da parvoíce de uma Alemanha idealmente derrotada. E quando cai em si e esbarra na grossa e dura notícia do dia, então “bon sang de bon sang!”, sente-se obrigado a procurar nos socavões da História quem desarmou a França e quem a precipitou na catástrofe de 40.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<b><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Quem Desarmou a França?</span></b></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">O mesmo filósofo confessa seu estupor diante do resultado que vê em 40 e 41, quando relembra os trunfos que a França tinha poucos anos atrás, e perdeu.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">...A França tinha ainda sobre a Alemanha uma esmagadora superioridade militar. Tinha aliados poderosos e fiéis, possuía instrumentos jurídicos necessários para tornar impossível o rearmamento alemão. Bastava-lhe “querer”. A menor resistência francesa encontraria poderosos apoios na Alemanha. Para que o nazismo tivesse a mínima chance de impor à Europa e ao mundo sua “nova ordem”, era preciso que a vontade do povo francês fosse tomada de estupor. Esta tarefa parecia irrealizável (...). Os acontecimentos provaram que era possível enfraquecer a resistência moral dos franceses até conseguir que abandonassem uma por uma todas as garantias de segurança que os tratados lhes haviam dado</span><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;"><a class="see_footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnote7_m52xtz9" id="footnoteref7_m52xtz9" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; text-decoration: none; top: -0.25em; vertical-align: top;" title="Ibid. pág. 116.">7</a></span><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Perguntemos: de que quadrantes vieram as correntes que enfraqueceram a resistência moral dos franceses?</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Na página seguinte o próprio Yves Simon, abrindo um parêntese para formular um lema de filosofia política, deixa entrever a dialética interna da tragédia da França. A França morrera de “sinistra mielóide aguda”. Eis o que diz o filósofo, agora em tom especulativo e teorizante:</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">É inevitável, e até certo ponto normal, que as pessoas que mais se interessam pela segurança nacional sejam as que menos se interessam pelo progresso social, e reciprocamente. (...) Esta divisão de trabalho não resulta apenas de uma diferença de temperamentos: é fundada num conflito real entre os fins perseguidos</span><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;"><a class="see_footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnote8_f5oaisf" id="footnoteref8_f5oaisf" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; text-decoration: none; top: -0.25em; vertical-align: top;" title="Ibid. pág. 118.">8</a>. </span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Ora, não há nenhum conflito real entre as duas perfeições exigidas por qualquer corpo político que, em vez de antagônicas e inconciliáveis, são complementares. Os alunos de nossa Escola Superior de Guerra sabem, há mais de vinte anos, que o conceito de “segurança nacional” inclui necessariamente o cuidado da interna justiça social. Por outro lado, não haverá boa estrutura de justiça social onde faltar o sentimento e a virtude do patriotismo e, principalmente onde, para os operários, o sentimento de classe prevalecer sobre o sentimento pátrio. Yves Simon fez a clivagem entre os dois termos mais conjuntos do que opostos, porque se deixou levar pelo jogo E-D, que conduz invariavelmente a esses antagonismos por razões profundas que mais adiante veremos.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">O que é curioso, no caso, é o fato de tão ilustre filósofo não desconfiar de que, com este pseudo-lema de filosofia política, ele tem a resposta para o enigma do estupor que paralisou a vontade francesa. Disse Yves Simon que à França “bastava-lhe querer”. Mas num corpo político, como Yves Simon sabe melhor do que nós, o “querer” se diz mais diretamente e mais propriamente dos que governam. Ora, o governo que acaba de “salvar” a França de um “golpe fascista” em 1934, é um governo de pura esquerda. Cabia-lhe querer a salvação nacional, em face do ameaçador e febril rearmamento alemão; mas, por uma congênita impotência proclamada por seus próprios mandarins, há entre as esquerdas e a segurança nacional um real conflito, e um invencível antagonismo.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Por aí se vê que, na sua própria lógica — se lógica há nesse jogo de binários que mais se presta para computadores do que para filosofia — Yves Simon cooperou com outros 51 “intelectuais” franceses para unir as forças antifascistas, isto é, para entregar a França àqueles “que não podem querer salvá-la”. O resultado é conhecido.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Como porém Yves Simon faz uma inexata referência a Henri Massis</span><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;"><a class="see_footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnote9_zg6gz7i" id="footnoteref9_zg6gz7i" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; text-decoration: none; top: -0.25em; vertical-align: top;" title="Ibid. pág. 107.">9</a> (de quem estava separado pelo oceano, pela guerra e pela condenação da “Action Française”), valho-me aqui do próprio Massis para trazer mais um esclarecimento sobre quem foi ou quais foram os homens que desarmaram a França desde 1934. É na revista <i>Esprit</i> de Abril de 1935</span><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;"><a class="see_footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnote10_ajzfx5q" id="footnoteref10_ajzfx5q" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; text-decoration: none; top: -0.25em; vertical-align: top;" title="Citada por H. Massis, Maurras et notre temps, Plon, 1961, pág. 295-7. J. Maritain, Le Paysan.., pág. 45. ">10</a> que encontramos esse esclarecimento impressionante, diria até inacreditável.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">É o próprio fundador da revista, Emmanuel Mounier que, sob o título “Corrida Armamentista”, apresenta uma “Carta da Alemanha” de seu correspondente em Berlim. Na sua introdução, Mounier declara que, diante da aproximação da tempestade, “sentiríamos um intolerável mal-estar se não levássemos este testemunho, diante da mentira universal”. Eis aqui o testemunho:</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Há, sem dúvida na Alemanha, quem queira a guerra e muitos que a preparam pacientemente. Pode-se entretanto afirmar, sem otimismo ridículo, que os alemães em massa aclamam o Führer porque ele lhes devolveu o sentimento de honra (!!!) e porque “soube impor ao universo as mais legítimas exigências da segurança e da igualdade jurídica do povo alemão”. Releiam a proclamação do governo. Nem uma ameaça ao estrangeiro, nenhum apelo ao imperialismo, à expansão, à desforra. Hitler não invoca, em todo o caso, nenhum conceito obscuro e se coloca resolutamente “no plano do direito puro”. (!!!)</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">As exclamações são nossas. O enviado de Emmanuel Mounier, fundador da revista <i>Esprit</i> (1932) e universalmente apontado como uma das colunas do neocatolicismo progressista, insiste em proclamar a sinceridade de Adolf Hitler, que chama de Führer: “E por que recusar sempre o crédito à boa fé humana?” E assim, patético, roçando o sublime, o expoente do catolicismo francês de esquerda de 1935, continua:</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Quem nos dará um novo São Luís que, enfrentando o mundo, e confiando na justiça de Deus acima de tudo, ousasse abrir crédito à paz e, diante do rearmamento alemão, respondesse sempre com a única arma eficaz, isto é, com o desarmamento integral e sem restrições. (...et sans arriére pensée).</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">(...)</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">E, se preciso fosse, se um dia, em conseqüência de tal gesto, ou pela simples conseqüência aritmética de seu maltusianismo, a França (que nada tem de eterno) viesse a desaparecer da face da terra, quem, sim quem não preferiria essa responsabilidade à mais direta cumplicidade no crime de direito comum que seria uma nova guerra?</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Nesse meio tempo, Robert Brasillach vai também a Berlim, entusiasma-se com as manifestações nazistas, impressiona-se com a figura insignificante e “triste” de Adolf Hitler e volta à França convencido de que aos franceses é que competia exaltação. “Et pourquoi pas nous?”</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">No jornal “L’Action Française”, Charles Maurras não se cansou de gritar: “Armons! Armons!”</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Mas em 1944, quando a França resolver punir seus “traidores”, os colaboradores de <i>Esprit</i> e os comunistas estarão com a balança e o gládio; Maurras, o último soldado da França, será condenado à prisão perpétua com mais de 80 anos; Robert Brasillach será fuzilado como “colaboracionista”... Mais adiante voltaremos a falar na “Épuration”. No momento queremos frisar a cegueira de honestos intelectuais católicos que se deixaram envolver no jogo E-D e perderam a rudimentar capacidade de ver um palmo adiante do nariz.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<b><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Ainda a Cegueira dos “Intelectuais” Católicos Franceses Envolvidos no Jogo E-D</span></b></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Voltemos a “<i>Le Paysan de la Garonne</i>” e retomemos, na página 45, a tentativa que faz Maritain de definir o binário tipológico, agora ilustrado alegoricamente por dois arquétipos, os “Carneiros de Panurge” e os “Grandes Ruminantes da Santa Aliança”. Não vejo nessas figuras nenhuma ajuda à imaginação, e muito menos à inteligência, e por isso volto à denominação “esquerda” e “direita”, que ao menos tem a vantagem da concisão. Vejamos agora o que nos diz Maritain além do que já disse em páginas antigas, atrás comentadas.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Note-se de início, que as denominações alegóricas se aplicam declaradamente aos extremismos de direita e de esquerda. Maritain demonstra visível mal-estar diante de um e de outro, sem dizer qual dos dois mais detesta. Mas logo abaixo, lemos esta quase declaração de simpatia, derivada de uma caracterização que vale a pena analisar: “Os moutons (extremistas de esquerda) fazem geralmente triste figura em matéria filosófica ou teológica, mas em compensação, em matéria política e social, seu instinto os empurra na direção da boa doutrina, que a seguir eles estragarão ora mais, ora menos”.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Com os “extremistas de direita” dá-se o contrário; e Maritain acrescenta “que se sente menos longe dos primeiros quando se trata das coisas de César, e menos longe dos segundos (hélas) quando se trata de coisas de Deus”. Consideremos antes de mais nada a tonalidade, a configuração geral da dialética desta passagem revelada por esse curioso “hélas” encaixado entre parênteses. A página como está escrita, nos autoriza a concluir que afastam mais de Maritain as discordâncias nas coisas temporais do que as discordâncias nas coisas religiosas. Ou, se quiserem, que mais o aproximam e o atraem as concordâncias nas coisas de César do que as concordâncias nas coisas de Deus.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Mas nós todos sabemos, abundantemente, por todos os livros que escreveu e por muitas coisas da vida que viveu, que esta conclusão seria falsa, não porque estejamos a raciocinar mal, mas porque sabemos que é o próprio Maritain que se compromete no uso de um esquema infeliz, ou melhor, de um esquema que foi posto em circulação para confundir os espíritos.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">A lógica se restabelece quando no “helás!” descobrimos uma espécie de sinal remissivo que mais adiante, na hora de definir o “integrismo”, nos traz o esclarecimento dessa página. O termo “helás!”, encaixado como um muxoxo nessa comparação de esquerda e direita, já nos deixa entrever que Maritain atribui algo de falso — um apego aos interesses ou à segurança — à ortodoxia das “direitas”. Mas então quebra-se o esquema, rompe-se o falso equilíbrio entre duas detestações, e o que sobra é uma inadmissível simpatia, nas coisas de César, voltada para as esquerdas; e numa razoabilíssima simpatia, nas coisas de Deus, reservada para uma outra amostragem humana da qual não se possa dizer “helás!”.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Concentremos agora nossa atenção para esta fantástica proposição: “Os extremistas de esquerda são medíocres filósofos ou teólogos, MAS EM MATÉRIA POLÍTICA O INSTINTO OS EMPURRA NA DIREÇÃO DA BOA DOUTRINA”. Ao pé da página temos esta citação de Claude Trtesmontant: “A esquerda católica, em França, tem entranhas evangélicas, mas não tem cabeça teológica”.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">E aí estão duas afirmações paralelas, colocadas na mesma ambiência e ambas inclinadas para as esquerdas... Dirá o leitor: “Para as coisas da terra!”. Sim, mas acontece que são somente essas que interessam aos extremistas de esquerda. Quando Mounier mais tarde disser: “Com os comunistas nos negócios da terra, e com minha fé católica nos negócios do céu”, ninguém duvidará um só instante de uma coisa deslumbrantemente óbvia: os comunistas não se aborrecerão com as reservas que Mounier lhes fará para as coisas do céu. O importante, para os comunistas, é “que Mounier marche; et il a marché”.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Teilhard de Chardin também inventou um esquema : “O Deus para cima dos cristãos, e o Deus para a frente dos marxistas, eis o único Deus que doravante deveremos adorar em espírito e verdade”. E aqui Roger Garaudy foi obrigado a dizer “non possumus” porque admitia que o jesuíta se entretivesse com suas idéias alienantes de um Deus, mas não podia admitir que trouxesse essas idéias para a linha horizontal da colaboração católico-comunista.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Mas deixemos o alto da página, onde vemos que o termo “mouton” foi escolhido para designar o arquétipo de extremismo de esquerda. E agora, nas últimas linhas, relemos: os “moutons”, isto é, a extrema-esquerda não tem boa cabeça filosófica e teológica, “mas em matéria política e social o instinto os empurra na direção da boa doutrina”. Eliminando o termo “mouton” entre as duas proposições, e deixando de lado a inaptidão para especulações filosóficas e teológicas, temos esta proposição: “A extrema-esquerda pende por instinto para a boa doutrina”.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Desde logo notemos estes “solecismos”: se são inaptos para especulações filosóficas e teológicas, como? com que instrumento? por que via podem tender para a boa doutrina? Entenderíamos a proposição se ela dissesse: “Embora maus filósofos e teólogos, por instinto praticam atos e tomam posições práticas que se coadunam com a boa doutrina que só é perceptível para quem tem retina filosófica ou teológica”. Ou então “... por instinto tomam posições e fazem coisas que nós, filósofos e teólogos obedientes à Igreja, ou dotados de “habitus” especiais, reconhecemos como bons, segundo a boa doutrina”.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Corrige-se assim a forma, mas o conteúdo de tais proposições perece-nos dificilmente conciliável com o tomismo, com o cristianismo e, sobretudo, com os ensinamentos do Magistério.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Analisemos mais detidamente o conteúdo da página em questão. O termo “extremismo de esquerda” só pode significar, dentro do conjunto de várias e gradativas esquerdas, uma perfeição no gênero, um máximo, um ponto limite. Se admitirmos que o termo “esquerdas” designa uma coisa homogênea em todas as suas gradações, admitiremos “a fortiori” que as esquerdas medianas e tímidas já satisfazem a norma de pertinência do grupo. Ao contrário, se concluirmos que a denominação é equívoca, e não se refere à mesma coisa realizada em graus diversos de perfeição, deveremos renunciar a qualquer digressão que use o termo “esquerda”, ou então deveremos exigir uma definição para “esquerda” e outra para “extrema esquerda”.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">No uso corrente, “extrema-esquerda” significa comunismo ou socialismo marxista, e nesse caso fica esquisitíssimo para um católico qualquer, e por mais forte razão para um filósofo tomista, dizer que “os comunistas tendem por instinto para a boa doutrina”. Estritamente, já que realiza a extrema perfeição do gênero, o comunismo só poderá tender para o esplendor de suas virtualidades.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Afrouxando um pouco o rigor lógico, concederíamos que o autor de “<i>Le Paysan</i>” queira apenas dizer que a “esquerda” (e não a extrema-esquerda) penda por instinto para a boa doutrina. Mas ainda assim estamos num impasse porque não vemos bem para que lado pende por instinto o possuidor das entranhas evangélicas. A nenhum de nós, evidentemente, ocorrerá a fantástica idéia se que os franceses “de gauche”, por instinto, ou pelos intestinos, tendem para posições sempre mais nitidamente anticomunistas. A história dos últimos 40 anos prova, ao contrário, que a coisa chamada “gauche catholique” precipitou-se, numa enxurrada catastrófica, na direção daquilo que nós aqui no Brasil, e em Portugal, chamamos comunismo. Será isso a “boa doutrina”? Estará nos comunistas realizada com maior perfeição o que Tresmontant chamou de “entrailles évangéliques”?</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Achamos difícil imaginar que toda uma zona de cultura católica possa pronunciar discursos, escrever revistas e livros sobre o fenômeno designado “esquerda” sem ter presente no campo visual a brutalidade que ocupa a metade do mundo e que foi objeto de inúmeras advertências e condenações dos últimos Papas. Como explicar que em 1965 um dos filósofos católicos mais inteligentes do século tenha dito, contra a lógica contra a evidência dos fatos e contra o ensino da Igreja, que os homens da esquerda tendem por instinto “vers la bonne doctrine”? Como explicar esse lapso espantoso?</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">O mundo inteiro sabe hoje que a infiltração marxista nos meios católicos foi um dos principais fatores que produziram a desastrosa crise que o Papa já qualificou de “autodestruição da Igreja”. Como explicar que em 1965 Jacques Maritain e Claude Tresmontant ignorem o que qualquer pessoa no Brasil sabe, e conservem a candura de atribuir às esquerdas generoso instinto político e entranhas evangélicas? Como explicar que em 1965, na hora de interrogar sobre o terremoto e incêndio que vêem, esses dois intelectuais não se lembrem do que fez Emmanuel Mounier, fez a revista <i>Sept</i>, e a seguir o que fizeram os Montuclard, os Mandouze, os Lebret, os Desroche, e o que fizeram os comunistas e católicos “de gauche” na “<i>Résistance</i>” e depois na “<i>Épuration</i>”?</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Aqui no Brasil nós sabemos que a pregação de “Economia e Humanismo” do Pe.Lebret, e dos dominicanos contaminados, levou o Pe. Francisco Lage ao marxismo e ao comunismo militante. Sabemos que foi essa infiltração que transformou o Convento de Perdizes, dos frades dominicanos, em quartel general do guerrilheiro Marighela. Sabemos que moças egressas de tradicionais colégios católicos se transformaram em salteadoras de bancos, amantes de comunistas e culpadas de assassinatos de inocentes policiais. E para maior estridência do escândalo, e para maior evidência da fonte de inspiração, temos um arcebispo a esvoaçar pelo mundo inteiro a pregar uma espécie de socialismo em favor do qual é belo e meritório o ato de seqüestro e assassinato de reféns.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">E agora sabemos que todas essas monstruosidades começaram principalmente na monumental impostura da “gauche catholique”, escorada na não menos monumental candura de pensadores e filósofos que até 1965 ainda ignoram e ainda prestigiam as famosas “esquerdas”. Como explicar tão prodigioso equívoco?</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Cremos que o mistério se elucida, ao menos em parte, quando começamos a entrever as conseqüências produzidas pelo jogo, ou pelo “solecismo cultural” E-D, numa civilização predisposta para as “filosofias da inimizade”</span><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;"> <a class="see_footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnote11_2ogei92" id="footnoteref11_2ogei92" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; text-decoration: none; top: -0.25em; vertical-align: top;" title="Gustavo Corção, Dois Amores, Duas Cidades, Agir, 1967.">11</a>. O efeito produzido, sobretudo nos “intelectuais”, é o da censura psicológica denunciada por Jules Monnerot</span><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;"><a class="see_footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnote12_4x19re0" id="footnoteref12_4x19re0" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; text-decoration: none; top: -0.25em; vertical-align: top;" title="Jules Monnerot, La France Intelectuelle.">12</a>. Para entendermos melhor o mecanismo desse processo, precisamos aprofundar um pouco mais o sentido psicocivilizacional do jogo E-D. Convido o leitor a esse trabalho, fastidioso, mas indispensável.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<b><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Um Símbolo Profundo Escondido</span></b></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Todos nós sabemos que os termos “esquerda” e “direita”, com conotação de antagonismo político, tiveram origem histórica na disposição das bancadas parlamentares. Daí em diante, por um conhecido processo semântico, os termos desligaram-se das significações primeiras e passaram a denotar mentalidades, comovisões em forte antagonismo. O fenômeno lingüístico não é raro, nem mereceria maior atenção, se não estivesse associado à mais apaixonante controvérsia ideológica do século, atuante como gerador de equívocos e molas de censuras, na cultura mais orgulhosa de sua lucidez em todo o Ocidente.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Este fato de estar uma metáfora tão vigorosamente ligada a um drama de dimensões planetárias no leva a desconfiar da gratuidade ou da casualidade da escolha dos termos. Sabemos hoje que há metáforas leves, destinadas a produzir aproximações inesperadas, centelhas poéticas que nos induzem a apreciar a maravilhosa solidariedade de todas as existências, e outras metáforas densas, maliciosas, inventadas para ocultar algum símbolo profundo com que entretemos algumas de nossas “mentiras vitais”.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Desconfiamos que o jogo E-D esteja nesse caso, e em vez de dizer “<i>cherchez la femme</i>”, diremos “<i>cherchons le symbole</i>”.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Os termos “esquerda” e “direita” são adjetivos aplicáveis a qualquer par de coisas simétricas, destinados a significar, cada um deles, mais uma relação do que uma coisa. A primeira reclamação que Jules Monnerot faz do abuso do binário é justamente a da coisificação do que só se deveria entender como uma pura relação</span><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;"><a class="see_footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnote13_1yep50w" id="footnoteref13_1yep50w" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; text-decoration: none; top: -0.25em; vertical-align: top;" title="Ibid. pág. 118-9">13</a>. E qual será e razão desse “solecismo político”?</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Parece-me que descobriremos a pista do segredo se lembrarmos que os termos posicionais, significadores de uma simetria no espaço, muito antes de existirem bancadas parlamentares, têm sua primeira e direta significação adjetiva aplicada às duas mãos do homem. E tão unidos estão esses substantivos, tão profunda é essa primeira associação. tão imediata é a adjetivação que logo facilmente se substantivam os dois adjetivos e, assim sustantivados, absorvem totalmente o nome da coisa, ou com ela se identificam. “Direita” não será então apenas a qualificação posicional “desta mão”, é o seu nome, é ela própria. No dicionário de Aulete o termo “direita” é logo, primeiramente, apresentado como substantivo feminino. Em latim e em grego observa-se a mesma forte tendência à substantivação dos termos “dextera” e “sinistra” ou “dexiós” e “aristerós”.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Ora, em todos os nossos dualismos nenhum há em que, pela força de sua simetria, tão veementemente e tão visivelmente se oponham e se componham as duas partes; nenhum há que tão instrutivamente nos inculque as vantagens e a necessidade de uma integração. A mão esquerda e a mão direita, como todas as formas simétricas, são formas geométricas iguais mas de incompatível superposição. Não posso na mão esquerda calçar a luva da direita a menos que faça meu braço girar cento e oitenta graus dentro de uma quarta dimensão do espaço. Que quer isto dizer? A frase “... girar o braço pela quarta dimensão” não tem nenhuma significação física; é apenas generalização lógica de uma propriedade dos entes de razão matemáticos. Se o leitor quiser entender melhor essa idéia, trace num pedaço de papel a figura de dois triângulos simétricos, recorte-os com a tesoura e verá que não conseguirá superpô-los enquanto mantiver esses dois entes geométricos de duas dimensões no seu espaço de duas dimensões, o plano. Para conseguir a superposição, a identificação posicional, será preciso tirar um deles do plano e, graças à terceira dimensão de que dispomos, deitá-lo sobre o plano com a outra face sobre o triângulo que permaneceu no plano. Generalizando, direi que duas formas simétricas de “n” dimensões só se superporão graças a um rebatimento por um espaço de “n+1” dimensões.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Deixemos o mundo fantasioso dos entes de razão e voltemos à nossas mãos. Ei-las: sua igualdade simétrica é um desafio e um convite. Estamos diante de uma contraposição feita para composição, ou de uma disjunção que pede conjunção. A diferença na igualdade é um incentivo para a união, para a complementação e para a colaboração.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Nós sabemos, nas profundezas de nossa alma, que nosso eu está sempre ameaçado de uma disjunção, de um mal-estar, de uma inimizade interna, semente e modelo de todas as inimizades exteriores. O mais profundo de nossos instintos é o da unidade pessoal reforçado e aguçado pelo sentimento da unicidade do eu. A vida nos solicita, nos desafia, e em cada uma de suas arestas nos fere e nos quer dilacerar, e os outros nos chamam, nos pedem, nos comem. Aprendemos com a vida e com os outros, se alguma coisa aprendemos, a lição paradoxal, a lição quase absurda das leis do amor. Cabem em duas palavras: integridade difusiva. Só é difusivo, capaz de plena vida de conhecimento e amor, só é capaz de entrega, dom de si mesmo, difusão de seu ser e de seus dons, quem em si mesmo e consigo mesmo estiver bem integrado. Em outro lugar</span><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;"><a class="see_footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnote14_t66uft1" id="footnoteref14_t66uft1" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; text-decoration: none; top: -0.25em; vertical-align: top;" title="Gustavo Corção, op. cit., t. II, pág. 85 e seg.">14</a> já vimos que nosso relacionamento com os outros é homólogo do relacionamento que temos em nosso próprio eu: amamos e desamamos o próximo conforme nos amamos e desamamos a nós mesmos. É do supremo mandamento: “Amar a Deus, e ao próximo como a si mesmo” que Santo Tomás (IIa IIae, q. 26, a. 4), tira a ordem da caridade, e que tiramos nós a lei de sua difusão em conformidade com a integração. Mas a perfeita integração que capacita a alma para a perfeita difusão de amor só se obtém se nosso próprio eu procura em Deus, e não no seu eu-exterior, a fonte de todo o verdadeiro amor. O amor-próprio, ou egoísmo, cicatriz do pecado original, cisão do eu, está na raiz de todos os descomedimentos humanos, de todos os pecados. Nosso tempo, por causa de sua atmosfera civilizacional, é especialmente marcado por uma terrível abundância de “eus” em avançado processo de desintegração. E as energias liberadas por essas desintegrações atômicas enchem de letal egoísmo, de essencial inimizade, a atmosfera de nossa civilização. O mundo morre de desamor. E as filantropias que inventa, são a mais cruel forma desse desamor.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Ora, está em nossas mãos, nesta, naquela, na direita, na esquerda, duas, duais, diversas, iguais e inconciliáveis no espaço, simétricas — está em nossas mãos a figura exterior mais eloqüente de nosso drama interior. Separadas, alheias, diversas, duas, duais, devem complementar-se diligentemente para a obra comum: vede o artífice como sabe bem explorar e conjugar o bom dualismo quando a esquerda segura a peça enquanto a direita busca o instrumento; vede o pianista como distribui as partes da mesma música nas duas mãos espalhadas, ora afastadas como se desconhecessem, ora aproximadas como se quisessem na obra comum encontrar a tão desejada integração. Vede como se afastam ou se juntam nos sinais de amizade. Mas é no rebatimento que realiza numa espécie de quarta dimensão que nossas pobres mãos divididas, duas, duais, conseguem docemente realizar o gesto perfeito de súplica e de adoração. Mas devem afastar-se, abrir-se, ignorar-se, esquecer-se cada uma de si mesma, na hora de dar: “nesciat sinistra tua quid faciat dextera tua.” (Mat.VI, 3).</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">E o símbolo do jogo E-D? O símbolo escondido na persistente e difundida metáfora, que tulmutua um século, está agora desvendado. Denunciemo-lo. O sucesso da metáfora e a violência de sua aplicação e sobretudo sua capacidade de confundir, mentir e falsear se explicam pelo humanismo que Maritain em “Humanisme Integral” chamou de “humanismo antropocêntrico”, e nós (na mesma linha de idéias) preferimos chamar de “humanismo antropoexcêntrico”</span><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;"> <a class="see_footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnote15_4oht4oy" id="footnoteref15_4oht4oy" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; text-decoration: none; top: -0.25em; vertical-align: top;" title="Ibid. pág. 154.">15</a>. Ou se explicam por todo um processo civilizacional aberrantemente afastado de Deus e gerador de inimizades. Os homens quiseram-se bastar, pretenderam desvincular-se de todas as “alienações”, e nesse ato de suprema soberba produziram um humanismo que só tem consciência de sua interna inimizade, e fabricaram um mundo novo que rapidamente se aproxima do modelo dos institutos para alienados.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">O símbolo da antítese esquerda-direita está no secreto desejo de rasgar o homem. O século disputa a hegemonia da nova civilização e disputa com a Igreja a posse do filho, preferindo-o rasgado em dois como a falsa mãe desvendada pelo rei sábio.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">E aí está. O binário E-D pertence ao léxico das filosofias da inimizade que vêem no homem, de Hobbes a Marx, o irredutível, o inconciliável inimigo do homem.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Não contestarei, evidentemente, a valides de esquemas no domínio da caracterologia, e até, se quiserem, a valides de binômios tipológicos que indiquem oposições e inclinações temperamentais. Poderíamos, por exemplo, colocar na Esquerda as pessoas que por índole se dedicam a obras social, à enfermagem, ao ensino primário, etc. e colocar na Direita as pessoas que, por índole ou feitio do corpo, se dedicam à cirurgia, à carreira militar ou ao Corpo de Bombeiros.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Esse esquema tipológico poderia ser desenvolvido por algum estudioso, mas duvido de que alcançasse o sucesso e o vigor do jogo E-D, que encheu todo um século de equívocos e ódios. E por que? Porque o jogo E-D tem seu motor naqueles elementos intrinsecamente bons, dependendo todavia do uso que deles fazemos.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Voltemos atrás e reconsideremos as categorias confrontadas nas colunas Esquerda e Direita. Há no lado E um elemento: o anarquismo, que é intrinsecamente perverso por ser, não apenas a contestação das sociedades de direito natural que não se sustentam sem o princípio da autoridade, como também a contestação disfarçada da Autoridade suprema. Ao lado do anarquismo vemos o revolucionarismo, que é a dinâmica do anarquismo. A mística do revolucionarismo é essencialmente uma mística de inimizade, de contestação, de ruptura com o passado, de recusa de qualquer paternidade. O revolucionário místico, como já vimos em outro lugar</span><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;"><a class="see_footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnote16_cmp7af5" id="footnoteref16_cmp7af5" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; text-decoration: none; top: -0.25em; vertical-align: top;" title="Revista PERMANÊNCIA, outubro 69, n°13.">16</a>, não é apenas o espírito ferido pelas injustiças sociais e desejoso de um mundo “aperfeiçoado”; é essencialmente um negador que quer a estaca zero, o recomeço de um mundo “mal venu”, como dizia Van Gogh a seu irmão.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">No mesmo lado E, representando a realização histórica em vigor da mística anarquista e revolucionária, está o comunismo marxista, sem o qual o jogo E-D perde o seu princípio interno de inimizade, e logo perderia sua força externa de perturbar, mentir e confundir. E é a presença desse jogo E-D na atmosfera cultural de nosso século que explica, de um lado a censura e a cegueira para as coisas concretas de filósofos do nível de Maritain e Yves Simon, e de outro lado a enxurrada de secularização e de apostasias. Mais adiante voltaremos, com apoio em Henry Bars, ao problema dos “Dois Maritain” mas desde já quero frisar que há uma enorme injustiça na equiparação e no paralelismo que os próprios “progressistas”, como Adrien Dansette traçam entre Maritain e Mounier. O segundo foi realmente um dos precursores de tudo isto que aí está. Sua vida concentrou-se toda no sinistrismo católico, enquanto Maritain só acidentalmente, e descontinuadamente, interrompeu sua grande obra de permanente tomismo, e teve atuação nos meios de esquerda. Atuação infeliz, para a qual faltou-lhe tantas vezes a pequena sabedoria do bom senso familiarizado com as obscuridades inteligíveis do contingente e do efêmero.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<b><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">O Jogo E-D foi um Jogo Falseado e Falsificador</span></b></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Sim, um jogo falseado, e posto em circulação pela torrente do anarquismo revolucionário. Não há nos binômios que fazem parte do jogo a simetria de peças e regras como no xadrez, ainda que umas sejam brancas e outras pretas. A rigor não há “esquerda” e “direita”. Historicamente, como feixe de linhas-de-história, só há “esquerda”. A “direita” não existe como corrente histórica. Ela passa a existir como coisa designada e apontada à execração pela “esquerda”</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Abstratamente podíamos imaginar a possibilidade de existir na civilização sumeriana, na Gália ou na Islândia primitiva, tipos humanos temperamentalmente e espiritualmente divididos em torno de alguns daqueles binômios. Sempre houve, certamente, tipos mais inclinados a conservar do que a reformar, e tipos opostos; e sempre existiram, certamente, tipos propensos a acentuar o valor e a necessidade da autoridade, e tipos opostos, propensos a ver na autoridade mais os defeitos da miséria humana do que as perfeições que são reflexos das perfeições de Deus. Admitamos que na Suméria e na Islândia o desgosto da autoridade, em certos indivíduos, chegou a ver nela um mal, e na anarquia um ideal. Mesmo assim eu não diria que houve na Suméria, ou entre os Incas, o binômio E-D. Porque não é somente a presença de tais idéias e valores, e o seu uso por algumas pessoas, que faz existir o jogo E-D.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Esse jogo de binários, como abundantemente o tivemos, só começa a existir quando aquelas idéias e valores “formam corrente histórica”. Enquanto permanecem avulsas e raras, o jogo não começa, porque o jogo E-D não pode ser jogado entre 2 ou 20 pessoas. Ele se processa e só pode processar-se quando ganha dimensões de disputa civilizacional.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">No século em que vivemos não são 3 ou 3.000.000 de pessoas que formam a “E” inicial que dá a partida do jogo: é todo um estuário de erros, desatinos e desacertos de quatro séculos que produziu certas “formas históricas” particularmente virulentas e capazes de pôr em movimento o perturbador binário.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Jean Madiran viu com grande lucidez esse aspecto da trapaça intelectual que atingiu principalmente o povo mais inteligente do mundo, e escreveu um livro</span><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;"><a class="see_footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnote17_rk5i99z" id="footnoteref17_rk5i99z" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; text-decoration: none; top: -0.25em; vertical-align: top;" title="Jean Madiran, On ne se moque pas de Dieu, Nouvelle, Ed. Latines, 1957, pág. 27 e seg.">17</a> que dedica todo o capítulo II a esse problema.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Eis o que diz Madiran:</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">“A distinção entre a esquerda e a direita é sempre uma iniciativa da esquerda, feita pela esquerda e em proveito da esquerda. Há uma direita na proporção em que uma esquerda se forma para designar a direita e a ela e opor: o inverso nunca se dá. Os que instauram e põem em funcionamento o jogo esquerda-direita, logo se situam na esquerda de onde delimitam a direita para combatê-la e excluí-la. Num segundo momento, a direita, assim designada e apartada, arregaça as mangas, nunca muito depressa nem com muita disposição, e então se organiza, se defende, contra-ataca e as vezes consegue vitórias...</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Por isso, será “de direita” aquele que a esquerda designa ou denuncia arbitrariamente como tal: o inverso não é verdade, não existe. A arbitrariedade do processo se explica, ou se impõe, já que o jogo esquerda-direita, que mais exatamente devia chamar-se “esquerda-contra-direita” é inventado, conduzido e julgado sempre pela esquerda, jamais pela direita. </span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">A direita sabe ou sente que se submete sem poder fixar ou modificar a regras do jogo. A própria extrema-direita, quando não está contente com M. André Tardieu ou com M.Paul Reynaud, dirá que eles cedem às esquerdas, que aplicam seus programas, ou até dirá que traem. Jamais dirão que M. Tardieu ou M. Reynaud se tornaram homens de esquerda. E por quê? Porque a direita não se julga com títulos nem com a possibilidade de colar o rótulo nos frascos. A esquerda, ao contrário, senhora e árbitro do jogo que inventou e iniciou, relega para as direitas quem ele acha que deve relegar, e como e quando lhe parece oportuno o conveniente”.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Duas páginas adiante, no mesmo livro que teríamos a tentação de transcrever inteiro se não estivéssemos nós comprometidos com o nosso próprio livro, Madiran aborda o problema da correlação entre as esquerdas e as injustiças, e aí nossa concordância não é perfeita. Estivéssemos um diante do outro, para prazer maior meu, e ambos na Idade Média, a exuberante palavra de Madiran seria interrompida por mim nos moldes escolásticos: “nego”, “concedo” “distingo”.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Madiran chega a conceder que a esquerda se constitui para combater a injustiça, mas logo adverte que não é bom o seu método de combater as injustiças. Na página 31 lemos:</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">A esquerda e o cristianismo lutam ambos contra a injustiça, mas nunca da mesma maneira, ressalvada a hipótese de uma contaminação do método cristão pelo método da esquerda.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Eu hoje posso dizer que conheço bem o vigor com que Madiran defende a Igreja e a Civilização contra o Monstro, e sei perfeitamente que ele não é inclinado a concessões e a meios-termos emolientes. Mas neste caso não concedo o que ele concede. Não, a esquerda propriamente dita jamais lutou contra a injustiça ou pela justiça; mas freqüentemente lutou contra os que, por assim dizer, lhe fazem o favor de praticar certas injustiças. É melhor usar o termo próprio: as esquerdas aproveitam as injustiças, vivem das injustiças, para manter em movimento os dois cilindros da motocicleta do progresso na direção da luta de classes.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Mas, antes que o leitor grite que assim eu exagero, corro a prestar um esclarecimento: há nas esquerdas definidas como corrente histórica de inspiração anarco-socialista, ou comunista, duas espécies de membros: os positivos e os negativos. E “honni soit qui mal y pense”. Os positivos são os da esquerda propriamente dita; os negativos são os simpatizantes, os incautos, os cândidos, “ceux qui sont dupes”. E esses, efetivamente, entram na caravana com a vaga e mole ilusão de estarem combatendo uma injustiça; mas esses mesmos, na maioria dos casos, estão buscando “ser alguma coisa”, ou tentando acalmar algum ressentimento familiar. Os outros, os positivos de esquerda, usam as abundantes injustiças, mas o que os move é sobretudo uma paixão de impor ao mundo uma forma nova, uma Idéia. É a vontade de poder. E não há mais violenta paixão do que essa de ver realizada, materializada, e funcionando, uma Idéia emanada de nossa mente criadora. Eu, que já inventei órgãos eletrônicos, e outras coisas de meu primeiro ofício, posso imaginar a violência da paixão que deseja realizar uma Idéia, quando essa idéia em vez de envolver resistores, capacitores e transistores, envolve gente, crianças, mulheres, velhos, instituições, edifícios e todo o vistoso trem de uma civilização.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">É ingênuo estabelecer qualquer paralelismo entre o ideal desses ideólogos e a cálida justiça tão apetecida pelos corações normais. Os agregados, os negativos, freqüentemente ingênuos e até imbecis, podem ser levados ao sinistrismo por algum anseio de justiça, embora seja hoje difícil admitir a ingenuidade nessa matéria.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Estou pensando aqui em dois personagens de Roger Martin du Gard, Jacques Thibault e Meynestrel. Relendo as páginas do grande romance, lembrei-me de uma carta de Marcel de Corte, publicada anos atrás, onde o filósofo belga dizia que nada há de mais cruel do que esse amor abstrato dos socialistas. Tolstoi e Henri Troyat, em “Ana Karenina” e “Tant que la Terre Durera”, também souberam dar realce a essa dualidade de tipos revolucionários, o positivo, possuído pelo cruel amor abstrato, e o negativo que adere à Revolução por um vago sonho de justiça, ou por algum desejo de ferir o pai. </span><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Retocando uma frase de Jean Lacroix, poderíamos dizer “la gauche est le meurtre du pére”.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">E aqui, neste tópico que trata dos que são atraídos pela “Esquerda” por um real embora perturbado anseio de justiça, não posso esquecer a admirável figura de Simone Weil que vejo, levada pelo mais monstruoso dos equívocos, fazendo a mala e tomando o trem para lutar ao lado dos “rouges” na Espanha. Durou pouco seu entusiasmo e sua febre, que mais se alimentava de 50 séculos de dor de todo um povo do que de 1 século de disparates franceses. Pobre grande judia! Na primeira expedição organizada para matar um “cura” pela simplíssima razão de ser “cura”, Simone Weil se dispõe a dar sua própria vida pela do cura, mas não chegou a realizar o sacrifício porque a expedição punitiva não encontrou a vítima. Simone Weil volta à França, amargurada, e escreve uma carta a Georges Bernanos que também não suportara as experiências da guerra civil, mas jamais procurou consolo disto nas “esquerdas”, que ninguém detestou com tão perfeita galhardia.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Outro grande amigo com quem Simone Weil se conforta é o admirável Gustave Thibon, que recolheu o último poema recitado com lágrimas por Charles Maurras, e que ainda hoje, não menos galhardamente, colabora na revista <i>Itinéraires</i>.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Simone Weil já terá encontrado no Céu a justiça e o amor que, por um prodigioso equívoco do século, andou procurando entre os “possessos”.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<b><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">O Espírito de Esquerda e o Espírito de Direita</span></b></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Gustave Thibon, que hoje milita ardorosamente contra a Onda, ao lado dos companheiros de <i>Itinéraires</i>, não consegue escapar ao estranho fascínio que o jogo E-D exerce sobre os franceses. No seu último livro, “Diagnostics”</span><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;"> <a class="see_footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnote18_49km5g8" id="footnoteref18_49km5g8" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; text-decoration: none; top: -0.25em; vertical-align: top;" title="Gustave Thibon, Diagnostics, ed. Genin-Paris, 1945.">18</a>, dedica um capítulo inteiro a esse problema, e começa com estas palavras:</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">É fácil definir o homem de esquerda como um invejoso ou um utopista, e o homem de direita como um satisfeito ou um “realista”. Essas fórmulas nos ensinam pouca coisa sobre a verdadeira diferença interior entre esses dois tipos de humanidade.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Tentemos ver melhor. Se evocarmos em cada campo algumas personalidades superiores (só elas serão capazes de nos fornecer a amplificação necessária à descoberta das essências), a seguinte conclusão se imporá: o grande homem de direita (Bossuet, de Maistre, Maurras, etc.) é profundo e “estreito”, o grande homem de esquerda (Fénelon, Rousseau, Hugo, Gide, etc.) é profundo e “confuso” (trouble). Uns e outros possuem toda a envergadura humana: em suas entranhas se misturam o mal e o bem, o real e o irreal, a terra e o céu. O que os distingue é isto: o homem de direita, dilacerado entre uma visão clara da miséria e da desordem do mundo e o apelo de uma pureza impossível de se confundir com qualquer coisa a ela inferior, tende a separar com força o real e o ideal; o homem de esquerda, cujo coração é quente e o espírito menos lúcido, mais depressa se inclina a confundi-los, a baralhá-los...</span><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;"> <a class="see_footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnote19_a2y4g7m" id="footnoteref19_a2y4g7m" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; text-decoration: none; top: -0.25em; vertical-align: top;" title="Ibid. pág. 56.">19</a></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">E por aí adiante, o lúcido Gustave Thibon (ora homem de “direita”, ora de “esquerda”, segundo sua própria definição) se deixa levar pelas equivocidades do jogo inventado precisamente para produzi-las. Voltando às primeiras linhas do tópico citado, onde o autor se refere à “diferença interior entre esses dois tipos da humanidade”, eu começo por negar aquilo que o autor de início aceita sem nenhum espírito crítico: a existência desses dois tipos da humanidade.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">É curioso que todos os autores até aqui citados falam de “direita” e “esquerda” como se houvesse um unânime consenso na existência dessas duas coisas e até um unânime consenso de uma diferença em primeira aproximação; sim, falam como se desejassem analisar melhor, mais a fundo, duas coisas que todo o mundo conhece. Ora, esse pressuposto é falso. As únicas coisas que preexistem são os termos, mas na verdade a límpida conclusão a que se chega é que ninguém sabe quem é de direita e quem é de esquerda. Guastave Thibon, colaborador de <i>Itinéraires</i>, deve ser visto hoje como “un homme de droite”; mas ontem e anteontem o grande amigo de Simone Weil e dos pobres era visto como um homem de esquerda. E o que dizer de Frederico Ozanam, o admirável amigo dos pobres, autor da famosa frase que podia ser explorada um século depois pelos padres-operários: “allons aux barbares”? É um homem de esquerda e quase diríamos de extrema esquerda; mas quando nos lembramos da atitude que tomou em 1848 e das páginas candentes e proféticas com que denunciou o socialismo, mais depressa diríamos que é um irmão de Donoso Cortés e até ousaríamos traçar uma extrapolação em que seu pensamento viria passar na área da “Action Française”, e a léguas de distância do Sillon de um Marc Sangnier.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Insisto neste ponto: o binômio esquerda-direita é falso e falseador, e o melhor que dele se pode dizer é a denúncia de sua equivocidade tantas vezes posta a serviço da impostura. Para tornar mais claro o meu pensamento direi que uma tipologia só pode ser “dual” à custa de um brutal tratamento ou de uma escamoteação. Podemos, sem dúvida, aplicar à humanidade várias análises tipológicas, segundo várias linhas de comportamento, e podemos tirar de cada linha de comportamento definida por dois contrários (reais ou aparentes) dois tipos opostos E e D. Se nos entregássemos a essa fastidiosa ou divertida análise, mas nunca esclarecedora, veríamos com surpresa que muitos indivíduos classificados como “E” numa linha de comportamento, são classificados como “D” em outra. O próprio Maritain, que tanto usou o esquema tipológico E-D, quando se sente embaraçado, usa o recurso de uma divisão do esquema E-D em dois: um temperamental e fisiológica e outro político. No opúsculo “<i>Lettre sur l’Independance</i>”, Maritain desenvolve a idéia e chega a admitir que:</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">as coisas se embrulham quando os homens de direita (no sentido fisiológico) fazem uma política de esquerda, e reciprocamente. Penso que Lenine é um bom exemplo do primeiro caso. Não há mais terríveis revoluções que as revoluções de esquerda feitas por temperamentos de direita; e não há mais fracos governos que os governos de direita conduzido por temperamentos de esquerda (Luis XVI).</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Tudo isto hoje me parece um jogo de espírito e quase “un jeu de mots”. É com mal-estar que leio a atribuição de governo de direita à monarquia de Luis XVI, e de temperamento de esquerda ao próprio Luis XVI. Também li com penoso sentimento a oposição feita por Gustave Thibon entre o “calor de coração” dos homens de esquerda e a lucidez fria dos homens de direita; e estou inclinado a crer que foi esta a taxa de imposto mais pesada que Gustave Thibon teve que pagar à tolice universal.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Estou pensando na rapaziada de nossa extrema esquerda e no terno calor com que decidiram, no aniversário da morte de Guevara, o assassinato “justiceiro” de um oficial norte-americano que saia de casa com seu filho de onze anos. Deveremos usar o recurso proposto por Maritain, dizendo que esses moços se acharam na mesma trágica situação de Lenine e que são moços de direita engajados numa guerrilha de esquerda?</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Parece-me decididamente mais razoável abandonar esse binário equívoco e gerador de equívocos e procurar em cada casos a adjetivação apropriada que tanto a língua portuguesa como a francesa possuem fartamente. Mas antes disso, e pelo menos uma vez no século, é preciso denunciar a impostura que está na base de todos esses equívocos.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<b><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">A Impostura do Jogo E-D</span></b></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Em qualquer época da História e em qualquer parte do mundo, por isso mesmo chamado de vale de lágrimas, é possível demarcar vários “conjuntos” de homens cuja norma de pertinência seria uma das várias aflições da vida. Haverá o conjunto dos carecas, o conjunto dos desdentados, o conjunto dos cardíacos, o dos neuróticos e o largo e denso conjunto dos pobres de cada pobreza. Dada a conhecida tendência que o homem tem de atribuir a outrem a culpa de sua miséria ou de sua dor, é fácil imaginar e correlata tendência de explorar essa tendência de inculpar os outros.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Ora, uma das características de nossa civilização, como já vimos em outra obra</span><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;"><a class="see_footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnote20_akbdyq0" id="footnoteref20_akbdyq0" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; text-decoration: none; top: -0.25em; vertical-align: top;" title="Gustavo Corção, op. cit., pág. 285 e seg.">20</a>, consiste precisamente na exacerbação dessa filosofia da inimizade, de Hobbes e Marx. É então fácil imaginar que o largo, denso e doloroso conjunto dos pobres será assediado por solícitos advogados que requererão: primeiro, explicar toda a pobreza de uns pela riqueza de outros; segundo, corrigir esse erro por um levante dos pobres, ou por uma Revolução. Para isto os “advogados” dos desfalcados, dos oprimidos, contando com os bons sentimentos e a imaturidade da maior parte do mundo, erguem o punho, impostam a voz e declaram: “Nós somos os amigos dos pobres! Nós somos os que combatem pela justiça!”</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">E quem não concordar com eles, na explicação da origem da pobreza ou no método de sua eliminação, sentir-se-á tolhido, vagamente apontado como mau, como insensível à causa dos pobres.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Hoje, qualquer honesto estudante de economia e de sociologia sabe que as desigualdades econômicas se explicam por várias causas, entre as quais a exploração injusta está longe de ocupar os primeiros lugares. Numa sociedade qualquer, imaginariamente tratada por um processo de pasteurização igualitária, ao cabo de poucos meses apresentar-se-ão diferenciações e, no fim de poucos anos, ver-se-ão nela milionários e pobres. Alguns desses enriquecimentos serão injustos e feitos à custa do empobrecimento de muitos, mas nem todos. Há casos de enriquecimento de um ou de poucos, que contrariam essa aritmética estática dos marxistas e que, ao contrário, produzem o enriquecimento geral e, por conseguinte, a melhora da vida dos pobres. Não é difícil encher um volume com exemplos. Tomemos um, no domínio da medicina: quem descobrisse um remédio eficaz para a gripe, ficaria rico. Para os socialistas ele só poderia ficar rico à custa do empobrecimento alheio; mas para a economia do bom senso, a riqueza desse homem se explica melhor pela riqueza de todos. É claro que em determinado instante da história do dinheiro possuído por uma comunidade, houve um fluxo favorável a esse químico bem sucedido e uma diminuição no bolso de cada gripado. Mas logo no momento seguinte, na suposição da real eficácia do remédio, verificar-se-á que todos ganharam mais com a cura do que perderam com o custo do remédio. Houve portanto enriquecimento geral, mas não igual, que não é exigido pela justiça. O inventor e o produtor ganharam mais do que os operários da fábrica. Será justo esse prêmio dos que souberam criar valores que seus operários apenas sabem materialmente fazer? O fato incontestável é que todos, operários e burgueses se beneficiaram. Quererão os reformadores do mundo inventar um sistema em que o aumento de produtividade e de riqueza geral não beneficiasse em primeiro lugar seus próprios criadores, e não criasse por conseguinte desníveis de riqueza? Então terão de inventar outro homem, outro coração, outra alma insensível aos proveitos pessoais e desinteressada do progresso. O que há de especialmente estúpido nas utopias socialistas é a contradição dos que ao mesmo tempo desejam o progresso, sem o qual não se pode proporcionar bem-estar material a uma multidão, e reivindicam um igualitarismo, com o qual não se vê como se dará partida ao motor do progresso. Se os socialistas fossem ardorosos apóstolos de um hiperespiritualismo desinteressado dos bens materiais, entender-se-ia que fossem também ardorosos apóstolos de um igualitarismo que não faz questão de progredir materialmente. Sim, o que há de grotesco, de supremamente impostor, no ideal socialista é a contradição entre o brutal materialismo dos fins propostos e o delirante e falso espiritualismo dos meios imaginados.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Além disso, e em vista das experiências que o planisfério do século nos exibe, temos todos os fundamentos para duvidar da sinceridade de bons sentimentos que tão facilmente se transformam em ferocidade de demônios. Em outras palavras, e admitindo a realidade da entredevoração humana e da exploração dos mais pobres pelos menos pobres, o que se pode dizer de todas as experiências socialistas é que revelaram uma requintada perversidade, parecida com a de todos os exploradores das misérias humanas: os capitalistas exploram o trabalho dos operários; os socialistas exploram o sofrimento, a lágrima do pobre. Uma das grandes imposturas das esquerdas foi esta: ostentaram bons sentimentos escondendo cuidadosamente a vontade de poder que os levava a aproveitar-se da sofrida massa humana, tornaram-se donos dos bons sentimentos e logo denunciaram a dureza, o egoísmo de todos aqueles que discordavam de sua panacéia social. Se discordavam dela, não era porque apenas discordassem da droga, mas porque desprezavam a justiça e até a caridade.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Cabe ainda aqui outra reflexão. Qualquer pessoa medianamente iniciada nas ciências da humana convivência sabe que o bem comum é arduamente promovido por um rico concurso de fatores. Numa sociedade complexa, densa, como a de nossos dias, a melhor divisão de bens em cada conjuntura, a mais razoável política de atendimento dos pobres, não pode ser <i>direta, uniforme, imediata</i>, sem se tornar catastrófica. Trabalha <i>diretamente</i> para os pobres todo aquele que trabalha em obras assistenciais, em obras de misericórdia, e todo aquele que dá diretamente seu tempo e seus bens aos mais necessitados. Mas trabalha socialmente para os pobres — e às vezes mais eficazmente — aquele que indiretamente traz sua contribuição para o bem comum. Todos os professores que ensinarem bem o que sabem, todos os pesquisadores que se debruçam sobre problemas de engenharia ou medicina, todos os profissionais que cumprirem seu dever de estado, trabalham para todos e portanto também para os pobres. Os que mais alegam serviços prestados nessa matéria são os que menos fizeram, mas são efetivamente os que exploram a miséria humana. Os comunistas, na Rússia, constituem o mais espantoso exemplo da impostura e do equívoco socialista. É preciso lembrar que esta corrente se compõe quimicamente de 1 perverso para 100 ou 1.000 ingênuos. O fato brutal que no princípio deste século deveria ter definitivamente vacinado o planeta para o socialismo foi a revolução russa seguida de um governo que quis aplicar num povo traumatizado três ou quatro idéias de uma primária economia política. O genial Lenine, cercado de outros ideólogos, imaginou e decretou uma reforma agrária que matou, entre 1920 e 1930, mais de oitenta milhões de camponeses russos.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Para encobrir esse total e colossal fracasso, desencadeou um jogo de chicote-queimado: o jogo esquerda-direita, que consistiu essencialmente em cobrir a evidência dos fatos com a ideologia. E como em toda a parte do mundo havia pobres, e especialmente na Europa havia a aceleração do progresso material que proporciona o confronto capital-trabalho, tornou-se fácil manter a repetição do binômio E-D. Os intelectuais ditos generosos prestaram-se admiravelmente a esse jogo por causa da tendência que têm à levitação. Pairam nas nuvens. E então Emmanuel Mounier pôde tranqüilamente dizer esta frase: “Nós, que a vida inteira lutamos pela justiça...”</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<b><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Arimã e Ormuz</span></b></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Esta frase, escritas por Mounier e abundantemente repetida com variações nos discursos de um Dom Helder, constitui um modelo de novo farisaísmo, que só se tornou possível pela aplicação do jogo E-D repetido durante mais de um século. Seu pretendido dualismo tipológico na verdade inculca uma outra espécie de dualismo, que só pode ser moral, mas que se apresenta mais como um dualismo substantivo, um dualismo de entidades, um dualismo de mal e de bem tornado fisicamente delimitado com muito mais nitidez e brutalidade do que no confronto de pretos e brancos. Surge assim, no século XX, um maniqueísmo imprevistamente organizado às avessas daquele que Maritain aponta no “<i>Le paysan ...</i>”, quando nos fala no “<i>maniqueísmo larvado</i>” anterior que explicaria a crise de nosso tempo.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Graças ao jogo E-D avalizado pelos mais prestigiados intelectuais, pôde um Emmanuel Mounier escrever tranqüilamente esta frase: “Nós que a vida inteira lutamos pela justiça”, para significar “nós fizemos tudo o que pudemos para instalar na França um governo de “Front Populaire”, e para instalar na “Resistance” e na “Epuration” uma casa de tolerância onde os católicos se tornaram comunizantes, como diz o Pe.Bigo, citado por Adrien Dansette</span><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;"><a class="see_footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnote21_yw5g7yp" id="footnoteref21_yw5g7yp" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; text-decoration: none; top: -0.25em; vertical-align: top;" title="Adrien Dansette, Destin du Catholicisme Français, Flammarion, 1957, págs. 225-6.">21</a>. E graças ao mesmo jogo, ficou universalmente admitido que seria de “droite”, e portanto contrário à justiça, quem discordasse da “idéia” que o diretor de <i>Esprit</i> formara de Justiça e dos meios que julgara ter descoberto para alcançá-la — meios que discordavam singularmente da doutrina moral ensinada pela Igreja durante mais de um século.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">O jogo E-D, por iniciativa das “esquerda”, como tão bem mostrou Madiran, forneceu critérios que superaram os do Magistério, e que concomitantemente, tranqüilizaram os que sem nenhuma hesitação se valiam de tal superação. No caso da Guerra Civil espanhola, ou melhor, no caso do “alzamiento” do exército, dos patriotas e dos católicos espanhóis contra o horror do terrorismo comunista e anarquista, o grande filósofo Jacques Maritain, engajado no jogo E-D, pôde tranqüilamente discordar e contrariar todos os pronunciamentos de Pio XI; pôde ficar indiferente à maior unanimidade católica de toda a História, provocada pelo apelo do Episcopado Espanhol, que foi respondido pelo apoio veemente e patético do mundo inteiro; e pôde explicar com estranha tranqüilidade a singular incapacidade que impedia o Pe.Garrigou-Lagrange de ver o erro colossal cometido por toda a Igreja e de compreender as luminosas razões que dava aos homens de “gauche” tão especial direito de ignorar o Magistério, o Episcopado mundial e a preocupação de um grande teólogo que até então fora respeitado como mestre e diretor espiritual do “<i>Cercle de Meudon</i>”. Tudo se explica com estas frases de espantosa simplicidade:</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">“Le Pére Garrigou était un homme de droit”... mes positions sur la guerre d’Espagne étaient décidément trop pour lui...”</span><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;"><a class="see_footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnote22_6xeyupb" id="footnoteref22_6xeyupb" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; text-decoration: none; top: -0.25em; vertical-align: top;" title="J. Maritain, in Carnet de Notes, Desclée de Brouwer, 1964, pág. 231.">22</a></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Estas frases de inconcebível impertinência, escritas em 1964 com o estado de espírito voltado para 1937, como aquela de Mounier, servem para ilustrar o grau de obnubilação a que podem chegar os mais lúcidos espíritos quando se deixam envolver por um jogo de equívocos criado e alimentado por uma corrente histórica maligna e devastadora.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">É incrível que um filósofo, como Jacques Maritain, não tenha percebido em 1937, e continue a não perceber em 1964, que obstinadamente apregoa a impossibilidade de apreciar racional e prudencialmente uma grave situação histórica, já que o fato de pertencer ao grupo tipológico dito de direita torna fisicamente impossível a percepção daquilo que o elemento oposto, pelo fato de pertencer à torrente histórica dita de esquerda, tem a liberdade (e o estranho privilégio) de chamar de “mes positions”, à revelia do que diz o Papa e do que clamam os bispos do mundo inteiro.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Graças a esse totemismo, a essa pertinência quase mágica a um grupo, pode o praticante das esquerdas, sacerdote de um dualismo de tipo religioso, apresentar-se como dono da “justiça”, que contrapõe à “ordem”, valendo-se das ressonâncias de irracional antipatia que cercam o vocábulo e o conceito. Poderá então o grupo mais representativo das esquerdas, o comunismo vitorioso depois da revolução de 1917, ostentar seus mais estridentes fracassos, seu massacre de milhões e milhões de camponeses, sua fome monumental, sua incomparável ferocidade, seus operários aprisionados nas fábricas, o massacre de Katym, a “Épuration” na França, o muro de Berlim, os horrores praticados contra as freiras e os padres no México e na Espanha tudo isto, julgado com os critérios da moral comum de que em vão se vale o Ocidente, para mostrar o malogro total da Revolução Russa, esbarra num novo dualismo místico que divide toda a criação em dois hemisférios inconciliáveis. Ormuz e Arimã se defrontam e proporcionam critérios absolutos e irredutíveis àqueles com que até hoje o mundo do homem viveu.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Durante a desastrosa experiência dos padres-operários, os militantes da mística revolucionária chegaram à enormidade de apregoar que “o operário é puro pelo simples fato de pertencer à classe que não explora, que é explorada”.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Estamos evidentemente na paisagem lunar ou onírica de um, mundo que “recusa o ser”, com diz Alfredo Lage</span><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;"><a class="see_footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnote23_px0pnxj" id="footnoteref23_px0pnxj" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; text-decoration: none; top: -0.25em; vertical-align: top;" title="Alfredo Lage, A Recusa do Ser, AGIR, 1971.">23</a>, ou num mundo de jogo em que “o sinal toma o lugar da coisa significada”, como diz Marcel de Corte</span><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;"><a class="see_footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnote24_utxw5yz" id="footnoteref24_utxw5yz" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; text-decoration: none; top: -0.25em; vertical-align: top;" title=" Marcel de Corte, L’Incarnation de l’Homme, ed. Universitaires, 1942, pág. 164.">24</a>. </span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Uma pessoa sensata que acordasse nesta altura do século, depois de uns quatrocentos anos de sono, relutaria muito em compreender a continuidade, o nexo dessa corrente histórica que, em nome da “justiça” e do “interesse pelos pobres”, produziu o monstrificado mundo socialista; e não saberia o que mais admirar, se volvesse a considerar a flácida tolerância com que o mundo liberal se deixou estuprar.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<b><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Solecismos Políticos Fundamentais: a Direita e a Esquerda</span></b></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Como atrás disse, Jules Monnerot também se preocupou com esse jogo falseado, dedicando-lhe um capítulo inteiro no livro</span><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;"><a class="see_footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnote25_sfyh2so" id="footnoteref25_sfyh2so" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; text-decoration: none; top: -0.25em; vertical-align: top;" title="Jules Monnerot, La France Intelectuelle, pág. 117.">25</a> em que denuncia a já quase secular “journée des dupes” dos “intelectuais” franceses. Nesse capítulo, o autor da famosa “<i>Sociologie du Communisme</i>” começa por citar uma passagem de um livro de René Rémond</span><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;"><a class="see_footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnote26_yg5t49i" id="footnoteref26_yg5t49i" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; text-decoration: none; top: -0.25em; vertical-align: top;" title="René Remond, La Droite en France de la Première Restauration à la Cinquième Republique, 1963, pág. 257.">26</a></span><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">, na qual o historiador, tomando as “esquerdas” e as “direitas” por coisas subsistentes, cai na armadilha do jogo e passa a provar que todas as “direitas” enumeradas naquele período da História da França têm uma coisa comum: são antigas “esquerdas”. Ou melhor, foram esquerdas vencidas, superadas, por outra formação situada mais à esquerda, que as suplantou. Diz então Monnerot:</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Direita e derrota (ou envelhecimento) são sinônimos. Uma formação passa da direita à esquerda quando é vencida, e porque foi vencida. É o sentido da História; a História “mantém-se à esquerda” (ao contrário dos automobilistas). Mas isto só se aplica à História em maiúscula, porque a história em minúscula não autoriza de modo algum tais generalizações. Na verdade, esse “sinistrismo” não pertence à História, e sim à ideologia.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Mas qual é a ideologia que, na França e na data em que foi publicado o livro de Rémond, antes de qualquer outra, decreta que a direção da História é “sinistra” e também que todos os governos, todos os partidos na França, desde 1815, passaram da direita à esquerda, todos, menos um? Qual é esta ideologia e este partido? É claro que só há uma palavra para responder a essas duas perguntas: comunista. E assim é que esse postulado comunista, aliás anticientífico e anti-histórico, é ministrado “<i>ex cathedra</i>” na França de hoje, aos jovens de hoje, sem nenhum antídoto crítico, e aparentemente com toda a sinceridade. Explicitemos o postulado implícito: “o partido comunista é a esquerda realizada. A distância em relação ao partido comunista basta para medir, em dado momento, o grau de sinistrismo de uma formação política”.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">O partido comunista, nesse jogo, é a esquerda em “ato-puro”; é o referencial absoluto trazido à força para a política e para a História numa física antieinsteineana e anticoperniciana. E o curioso paralelismo está em pretender que tal concepção, tão brutalmente fixista, seja o modelo perfeito do progressismo. Desaparece a incoerência, ou coleção de solecismos, se lembrarmos que na metafísica e na teologia sobrenatural explicam-se os movimentos das coisas pela imobilidade de Deus. E concluímos: o comunismo é deus, ou é para seus crentes uma encarnação do verbo divino na realidade histórica do PC.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Monnerot termina seu capítulo, que gostaríamos de transcrever na íntegra:</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">O efeito desse jogo e dessa denominação afetiva é o de transferir, por contigüidade, o ódio que o propagandista espalha (...) de um ser a outro ser, e finalmente, de transferência em transferência, é o de aplicar a Guy Mollet a aversão inicial que o homem de esquerda tem pelo rei Carlos X. A identidade de denominação tem por objetivo estender e aplicar a dois seres, artificial e abusivamente identificados, o mesmo sentimento hostil.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Nesse sentido, a mágica — trata-se efetivamente de operações mágicas — produz efeitos reais. Porque, se for bem sucedida, e isto depende dos meios empregados (e os “mass media” aqui são dominantes), essa transferência de ódios passará a motivar os atos. Se conseguirmos, por condicionamento de reflexos, ligar um epíteto a condutas hostis, bastará uma circunstância favorável para que um indivíduo, apontado como fascista, seja linchado por uma multidão previamente condicionada. O caso já se registrou mais de uma vez. O inevitável desgaste do epíteto fascista, a despeito das maldições rituais repetidas pelos “mandarins”, levou nossos publicistas sob controle “Intelectual” à substituição progressiva do epíteto fascista, por “extrema direita” Mas este vitupério só se manteve por decreto. Abstrato demais, não pôde ser suficientemente mágico. Eles poderiam sempre achar quem os ajudasse a linchar um homem dom o grito: “fascista!” Mas dificilmente conseguirão comoção pública com gritos: “Extrema direita!” E é assim que o mau lógico acaba por conseguir ser um bom “publicitário”. Na rampa do declive da inteligência intelectual, procura-se em vão uma “linha de parada”.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">E não resisto ao prazer de terminar este penoso e trabalhoso capítulo, com as mesmas palavras que Monnerot escolhe para terminar o seu. O leitor certamente já percebeu que este livro não tem um só autor. Sem chegar à mania dos Congressos, dos Sínodos, das Conferências que não caberiam na minha pequena sala de estudo, convidei vários amigos vivos e mortos, enquanto eu mesmo ainda pertenço a “esta orgulhosa aristocracia dos vivos”. Mas calemo-nos, porque Monnerot já deu sinais de impaciência. Ouçamo-lo:</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Essa bipartição mágica em direita e esquerda acarreta, pelo jogo de uma espécie de inércia psicológica, uma classificação dualística de categorias opostas, cada uma a cada outra, a qual classificação poderá, por contágio paranóico, estender-se no espaço e no tempo. Já vi um conhecido intelectual aplicar-se a dividir os heróis de Homero e os profetas do Antigo Testamento em direitistas e esquerdistas. O alarmista Jeremias, em particular, homem de direita disfarçado em homem de esquerda, por suas profecias derrotistas para o seu próprio campo, aparecia ao nosso intelectual como um “social-democrata típico”. E o sacrifício de Efigênia, em que se prefigura o proletariado, desmascara em Agamenon o “fascista” não menos típico.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<b><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">O Otimismo das Esquerdas</span></b></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Estava decidido a encerrar, com o tópico anterior, este fastidioso capítulo, quando deparei com um livro da coleção “<i>L’Univers des Connaissances</i>”, editado pela Hachette e publicado simultaneamente na França, na Inglaterra, na Alemanha, na Espanha, nos Estados Unidos, na Itália e na Suécia. A excelente iconografia, a ótima impressão e o largo internacionalismo, logo me convenceram de que o livro intitulado “<i>Qu’est-ce que la Gauche</i>”, muito provavelmente era mais uma contribuição para o dilúvio de estupidez que inunda o mundo moderno.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">A rápida leitura confirmou o prognóstico. Efetivamente, depois de abundantes solecismos assinalados por Monnerot, o livro chega onde eu esperava. Começando por assinalar o inicial “handicap” das direitas nas Sagradas Escritura, onde se vê, em Mateus XXV-33, que as direitas são chamadas benditas e as esquerdas malditas, e onde se poderia tirar mais um argumento favor da tese que mostra a Igreja comprometida com os interesses da classe dominante, o autor anuncia o termo da secular injustiça.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Mas no mundo contemporâneo, os maçons, os radicais e os socialistas inverteram, as posições: desde algum tempo a esquerda adquiriu, no plano sentimental, uma significação nitidamente favorável, que implica progresso e enriquecimento do espírito.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">A partir daí a dita esquerda, subsistente, quase hipostasiada, passa a ser apontada como confiança, OTIMISMO em relação ao homem e a seu futuro, desde que esse futuro, evidentemente seja atingido pela Revolução que tudo promete, sob a condição de tudo rejeitarmos.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Jean Madiran disse em 1968 que sentiu nas ruas de Paris o hálito da Revolução. Eu acabo de sentir nas páginas desse livro internacional e otimista o “hálito do nada” que perseguiu Frederico Nietzsche e não resisto ao desejo de agora encerrar este árido capítulo com a pergunta de Léon Bloy estampada como epígrafe desta obra: “De que futuro nos falam ‘eles’, então esses esperantes às avessas, esses escavadores do nada?”</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">O que realmente se vê neste mundo moderno modelado “pelos maçons, radicais e socialistas” é uma mortal des-Esperança — e não há mais lúgubre do que o otimismo desses desesperados.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div align="right" style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 0.0001pt; padding: 0px; text-align: right;">
<span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">(Gustavo Corção, O Século do Nada, cap. II)</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 1.6em; margin-bottom: 1.5em; padding: 0px;">
</div>
<ol class="footnotes" style="background-color: white; border-bottom-color: initial; border-bottom-style: initial; border-image: initial; border-left-color: initial; border-left-style: initial; border-right-color: initial; border-right-style: initial; border-top-color: rgb(0, 0, 0); border-top-style: solid; border-width: 1px 0px 0px; clear: both; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 0.9em; list-style-type: none; margin: 4em 1.5em 2em 0px; padding: 0px; position: relative;">
<li style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 10.8px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px 0px 0px 2.5em; padding: 0px;"><a class="footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnoteref1_w4mm401" id="footnote1_w4mm401" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; left: 0px; margin: 0px; padding: 0px; position: absolute; text-decoration: none; z-index: 2;">1.</a><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Jules Monnerot, <i>La France Intellectuelle</i>, Raymond Bourgine, ed. 1970.</span></li>
<li style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 10.8px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px 0px 0px 2.5em; padding: 0px;"><a class="footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnoteref2_f2noikb" id="footnote2_f2noikb" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; left: 0px; margin: 0px; padding: 0px; position: absolute; text-decoration: none; z-index: 2;">2.</a><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">J. Maritain, in <i>De L’Eglise du Christ</i>, Desclée de Brouwer, 1970, pág. 203, e G. M. M. Cottier, in <i>Horizons de l’Atheisme</i>, ed. du Cerf 1969, pág. 113, assinalam ambos o amoralismo de Marx, atenuando-o todavia com o eufemismo de <i>contradição</i>. Maritain chega a sentir, à distância de século e meio o « coração » de Karl Marx arder de um « fogo devorante », mas o que nós conhecemos objetivamente de Karl Marx, pelo que deixou escrito, é o seu furor sagrado contra quem pretendesse dar conteúdo moral à sua revolução científica.</span></li>
<li style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 10.8px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px 0px 0px 2.5em; padding: 0px;"><a class="footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnoteref3_kz9kufq" id="footnote3_kz9kufq" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; left: 0px; margin: 0px; padding: 0px; position: absolute; text-decoration: none; z-index: 2;">3.</a><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Yves Simon, <i>La Grande Crise de la République Française</i>, ed. L’Arbre, Montral, 1941, pág. 128.</span></li>
<li style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 10.8px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px 0px 0px 2.5em; padding: 0px;"><a class="footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnoteref4_6neeqxz" id="footnote4_6neeqxz" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; left: 0px; margin: 0px; padding: 0px; position: absolute; text-decoration: none; z-index: 2;">4.</a><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Jules Monnerot, <i>Sociologie du Comunisme, </i>Fayard, 1969.</span></li>
<li style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 10.8px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px 0px 0px 2.5em; padding: 0px;"><a class="footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnoteref5_qrbclnp" id="footnote5_qrbclnp" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; left: 0px; margin: 0px; padding: 0px; position: absolute; text-decoration: none; z-index: 2;">5.</a><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Yves Simon, op. cit., pág. 85.</span></li>
<li style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 10.8px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px 0px 0px 2.5em; padding: 0px;"><a class="footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnoteref6_emfkdt1" id="footnote6_emfkdt1" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; left: 0px; margin: 0px; padding: 0px; position: absolute; text-decoration: none; z-index: 2;">6.</a><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Ibid. pág. 109.</span></li>
<li style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 10.8px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px 0px 0px 2.5em; padding: 0px;"><a class="footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnoteref7_m52xtz9" id="footnote7_m52xtz9" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; left: 0px; margin: 0px; padding: 0px; position: absolute; text-decoration: none; z-index: 2;">7.</a><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Ibid. pág. 116.</span></li>
<li style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 10.8px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px 0px 0px 2.5em; padding: 0px;"><a class="footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnoteref8_f5oaisf" id="footnote8_f5oaisf" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; left: 0px; margin: 0px; padding: 0px; position: absolute; text-decoration: none; z-index: 2;">8.</a><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Ibid. pág. 118.</span></li>
<li style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 10.8px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px 0px 0px 2.5em; padding: 0px;"><a class="footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnoteref9_zg6gz7i" id="footnote9_zg6gz7i" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; left: 0px; margin: 0px; padding: 0px; position: absolute; text-decoration: none; z-index: 2;">9.</a><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Ibid. pág. 107.</span></li>
<li style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 10.8px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px 0px 0px 2.5em; padding: 0px;"><a class="footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnoteref10_ajzfx5q" id="footnote10_ajzfx5q" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; left: 0px; margin: 0px; padding: 0px; position: absolute; text-decoration: none; z-index: 2;">10.</a><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Citada por H. Massis, <i>Maurras et notre temps</i>, Plon, 1961, pág. 295-7. J. Maritain, Le Paysan.., pág. 45.</span></li>
<li style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 10.8px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px 0px 0px 2.5em; padding: 0px;"><a class="footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnoteref11_2ogei92" id="footnote11_2ogei92" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; left: 0px; margin: 0px; padding: 0px; position: absolute; text-decoration: none; z-index: 2;">11.</a><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Gustavo Corção<i>, Dois Amores, Duas Cidades</i>, Agir, 1967.</span></li>
<li style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 10.8px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px 0px 0px 2.5em; padding: 0px;"><a class="footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnoteref12_4x19re0" id="footnote12_4x19re0" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; left: 0px; margin: 0px; padding: 0px; position: absolute; text-decoration: none; z-index: 2;">12.</a><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Jules Monnerot, <i>La France Intelectuelle</i>.</span></li>
<li style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 10.8px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px 0px 0px 2.5em; padding: 0px;"><a class="footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnoteref13_1yep50w" id="footnote13_1yep50w" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; left: 0px; margin: 0px; padding: 0px; position: absolute; text-decoration: none; z-index: 2;">13.</a><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Ibid. pág. 118-9</span></li>
<li style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 10.8px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px 0px 0px 2.5em; padding: 0px;"><a class="footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnoteref14_t66uft1" id="footnote14_t66uft1" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; left: 0px; margin: 0px; padding: 0px; position: absolute; text-decoration: none; z-index: 2;">14.</a><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Gustavo Corção, op. cit., t. II, pág. 85 e seg.</span></li>
<li style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 10.8px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px 0px 0px 2.5em; padding: 0px;"><a class="footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnoteref15_4oht4oy" id="footnote15_4oht4oy" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; left: 0px; margin: 0px; padding: 0px; position: absolute; text-decoration: none; z-index: 2;">15.</a><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Ibid. pág. 154.</span></li>
<li style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 10.8px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px 0px 0px 2.5em; padding: 0px;"><a class="footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnoteref16_cmp7af5" id="footnote16_cmp7af5" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; left: 0px; margin: 0px; padding: 0px; position: absolute; text-decoration: none; z-index: 2;">16.</a><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Revista PERMANÊNCIA, outubro 69, n°13.</span></li>
<li style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 10.8px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px 0px 0px 2.5em; padding: 0px;"><a class="footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnoteref17_rk5i99z" id="footnote17_rk5i99z" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; left: 0px; margin: 0px; padding: 0px; position: absolute; text-decoration: none; z-index: 2;">17.</a><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Jean Madiran, <i>On ne se moque pas de Dieu</i>, Nouvelle, Ed. </span><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Latines, 1957, pág. 27 e seg.</span></li>
<li style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 10.8px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px 0px 0px 2.5em; padding: 0px;"><a class="footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnoteref18_49km5g8" id="footnote18_49km5g8" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; left: 0px; margin: 0px; padding: 0px; position: absolute; text-decoration: none; z-index: 2;">18.</a><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Gustave Thibon, <i>Diagnostics</i>, ed. Genin-Paris, 1945.</span></li>
<li style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 10.8px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px 0px 0px 2.5em; padding: 0px;"><a class="footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnoteref19_a2y4g7m" id="footnote19_a2y4g7m" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; left: 0px; margin: 0px; padding: 0px; position: absolute; text-decoration: none; z-index: 2;">19.</a><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Ibid. pág. 56.</span></li>
<li style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 10.8px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px 0px 0px 2.5em; padding: 0px;"><a class="footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnoteref20_akbdyq0" id="footnote20_akbdyq0" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; left: 0px; margin: 0px; padding: 0px; position: absolute; text-decoration: none; z-index: 2;">20.</a><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Gustavo Corção, op. cit., pág. 285 e seg.</span></li>
<li style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 10.8px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px 0px 0px 2.5em; padding: 0px;"><a class="footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnoteref21_yw5g7yp" id="footnote21_yw5g7yp" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; left: 0px; margin: 0px; padding: 0px; position: absolute; text-decoration: none; z-index: 2;">21.</a><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Adrien Dansette, <i>Destin du Catholicisme Français</i>, Flammarion, 1957, págs. 225-6.</span></li>
<li style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 10.8px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px 0px 0px 2.5em; padding: 0px;"><a class="footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnoteref22_6xeyupb" id="footnote22_6xeyupb" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; left: 0px; margin: 0px; padding: 0px; position: absolute; text-decoration: none; z-index: 2;">22.</a><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">J. Maritain, in <i>Carnet de Notes</i>, Desclée de Brouwer, 1964, pág. 231.</span></li>
<li style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 10.8px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px 0px 0px 2.5em; padding: 0px;"><a class="footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnoteref23_px0pnxj" id="footnote23_px0pnxj" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; left: 0px; margin: 0px; padding: 0px; position: absolute; text-decoration: none; z-index: 2;">23.</a><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Alfredo Lage, <i>A Recusa do Ser</i>, AGIR, 1971.</span></li>
<li style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 10.8px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px 0px 0px 2.5em; padding: 0px;"><a class="footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnoteref24_utxw5yz" id="footnote24_utxw5yz" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; left: 0px; margin: 0px; padding: 0px; position: absolute; text-decoration: none; z-index: 2;">24.</a><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Marcel de Corte, <i>L’Incarnation de l’Homme</i>, ed. Universitaires, 1942, pág. 164.</span></li>
<li style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 10.8px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px 0px 0px 2.5em; padding: 0px;"><a class="footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnoteref25_sfyh2so" id="footnote25_sfyh2so" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; left: 0px; margin: 0px; padding: 0px; position: absolute; text-decoration: none; z-index: 2;">25.</a><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">Jules Monnerot, <i>La France Intelectuelle</i>, pág. 117.</span></li>
<li style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 10.8px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px 0px 0px 2.5em; padding: 0px;"><a class="footnote" href="http://permanencia.org.br/drupal/node/582#footnoteref26_yg5t49i" id="footnote26_yg5t49i" style="border: 0px; color: #336699; font-family: inherit; font-size: 0.9em; font-style: inherit; font-weight: inherit; left: 0px; margin: 0px; padding: 0px; position: absolute; text-decoration: none; z-index: 2;">26.</a><span style="border: 0px; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">René Remond, <i>La Droite en France de la Première Restauration à la Cinquième Republique</i>, 1963, pág. 257.</span></li>
</ol>
Apologetahttp://www.blogger.com/profile/10455542299880284070noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19933465.post-64996754771726290952011-10-30T20:53:00.004-04:002011-10-31T10:23:58.843-04:00Sacerdotes e Sacerdotes<div style="text-align: center;"><span style="color: rgb(102, 0, 0); font-weight: bold;">São João Maria Vianney</span><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfchoBbRY6gxSUztr4R5R2KNiN-p3egCqXIH4DD-CbvZ_yIz0HSqg2JuUOqF3qHykVTLrMUOnQg3Eq2bYN-0zBP3HsPSn4Uk48FvqJUh3cUg8nazcYzq9f5NSt8J6mFMNVOp0qGg/s1600/Sao_Joao_Maria_Vianney_1080.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfchoBbRY6gxSUztr4R5R2KNiN-p3egCqXIH4DD-CbvZ_yIz0HSqg2JuUOqF3qHykVTLrMUOnQg3Eq2bYN-0zBP3HsPSn4Uk48FvqJUh3cUg8nazcYzq9f5NSt8J6mFMNVOp0qGg/s320/Sao_Joao_Maria_Vianney_1080.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5669453338672865826" border="0" /></a>Um Santo Sacerdote de Deus Altíssimo!<br /><br /><br /></div><div style="text-align: center;"><span style="color: rgb(102, 0, 0); font-weight: bold;">Pe. Fábio de Melo<br /></span></div><div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghto4SHSsCvwDX3zA-YHr9Xg0SGftY3YMZSxqYZslpITvnVBxthUO2-LL4CCJ-_AiQvbGGn_UuV9awF-WyiVnwPYVqCi5mBnhef4ET0t_gpDLVWElHj_6i1LanE99PWTqqUYAkGA/s1600/PeFabiodeMelo.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 214px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghto4SHSsCvwDX3zA-YHr9Xg0SGftY3YMZSxqYZslpITvnVBxthUO2-LL4CCJ-_AiQvbGGn_UuV9awF-WyiVnwPYVqCi5mBnhef4ET0t_gpDLVWElHj_6i1LanE99PWTqqUYAkGA/s320/PeFabiodeMelo.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5669453593605951346" border="0" /></a>Santo Deus Altíssimo, um Sacerdote!<br /><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Senhor Deus, dai-nos santos sacerdotes!</span><br /><br /></div>Apologetahttp://www.blogger.com/profile/10455542299880284070noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-19933465.post-74937783540304092632011-05-24T19:36:00.002-04:002011-05-25T11:15:48.804-04:00Cristiada<iframe title="YouTube video player" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/6pu4gst3FmI" frameborder="0" width="640"></iframe>Apologetahttp://www.blogger.com/profile/10455542299880284070noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19933465.post-87277797308984226352011-04-14T00:01:00.004-04:002011-04-14T00:16:53.385-04:00Com certeza existem, mas não lhes tenho notícia.Em um <a href="http://www.montfort.org.br/index.php/blog/noticias-comentarios-analises/temas/fsspx/padre-daniel-maret-da-fsspx-ameaca-frei-tiago-de-sao-jose-por-conta-de-sua-manifestacao-a-respeito-do-caso-padre-leonardo-holtz/">artigo publicado na Montfort, Frei Thiago de São José </a>diz o seguinte:<br /><br /><blockquote><em><span style="color: rgb(102, 0, 0);">Entretanto o que mais me aflige é o fato de que entendi, mais do que nunca, que estamos nos degladiando enquanto o demônio se gloria de poder seguir seu projeto de destruição da Igreja, enquanto, justamente, aqueles que poderiam fazer alguma coisa, se matam uns aos outros…</span></em></blockquote><br />É a sintese de meus pensamentos, da forma que vejo, toda a "tradição" esmera-se em fazer o trabalho do demônio.<br /><br />E se alguém me perguntar: Sem exceções?<br /><br />Respondo sinceramente: Com certeza existem, mas não lhes tenho notícia.<br /><br />Apologetahttp://www.blogger.com/profile/10455542299880284070noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19933465.post-66834803015950847922010-12-26T14:56:00.005-04:002010-12-26T15:06:18.019-04:00Christum natum est<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://inlinethumb28.webshots.com/36187/2479368080053082619S500x500Q85.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 409px; height: 500px;" src="http://inlinethumb28.webshots.com/36187/2479368080053082619S500x500Q85.jpg" alt="" border="0" /></a><br />Que a chegada do natal tenha feito a substancia de nossos corações uma pequena manjedoura;<br />Que a chegada do ano novo ai encontre O pequeno menino envolto em panos!<br />É meu desejo sincero a todos!Apologetahttp://www.blogger.com/profile/10455542299880284070noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-19933465.post-15401879524936292022010-07-03T14:16:00.006-04:002010-07-03T16:52:50.291-04:00O Hábito não faz o monge… o santifica!<span style="font-size:78%;">Fonte: <a href="http://www.obompastor.org.br/artigos/pt-br/h-bito-n-faz-monge-santifica">http://www.obompastor.org.br/artigos/pt-br/h-bito-n-faz-monge-santifica</a></span><br /><br /><div style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size:13pt;">Certamente <i>alguns</i> dos que lêem este texto agora, irão lembrar-se de sua infância. Um grupo de crianças brinca na rua, sem perigo de violência ou preocupação com maldades. Canções de roda, ou de pular corda enchem o ar do bairro de uma alegria pura, inocente. Lá ao longe se avista aquele distinto senhor. Todos o identificam rápida e facilmente: um chapéu preto e redondo, nas mãos um breviário; vestindo sua batina preta e surrada; talvez cerzida em alguns pontos e até desbotada. Todos já sabem: “aí vem o <i>‘seu’</i> vigário!” A ele as crianças acorrem para pedir uma bênção e ganhar um ‘santinho’ ou um doce, sem risco de pedofilia. </span></div> <div style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size:13pt;">Este sacerdote segue seu caminho e, certamente, o encontraremos visitando uma família, ou confortando um enfermo pela Extrema Unção, ou, quem sabe, na sua Paróquia de joelhos na nave central da Igreja, diante do Sacrário, ou ainda, dentro de um confessionário.</span></div> <div style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size:13pt;">Onde estão estes padres hoje?<br /><br /></span></div> <div style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"> </div> <div style="text-align: center; margin: 0cm 0cm 0pt 143pt;" align="center"><b>Sl 76(77)</b></div> <div style="text-align: justify; margin: 0cm 0cm 0pt 143pt;"><span style="font-size:78%;">–8</span> Será que Deus vai rejeitar-nos para sempre? *</div> <div style="text-align: justify; margin: 0cm 0cm 0pt 143pt;">E nunca mais nos há de dar o seu favor?</div> <div style="text-align: justify; margin: 0cm 0cm 0pt 143pt;"><span style="font-size:78%;">–9</span> Por acaso, seu amor foi esgotado? *</div> <div style="text-align: justify; margin: 0cm 0cm 0pt 143pt;">Sua promessa, afinal, terá falhado?</div> <div style="text-align: justify; margin: 0cm 0cm 0pt 143pt;"><span style="font-size:78%;">–10</span> Será que Deus se esqueceu de ter piedade? *</div> <div style="text-align: justify; margin: 0cm 0cm 0pt 143pt;">Será que a ira lhe fechou o coração?</div> <div style="text-align: justify; margin: 0cm 0cm 0pt 143pt;"><span style="font-size:78%;">–11</span> Eu confesso que é esta a minha dor: *</div> <div style="text-align: justify; margin: 0cm 0cm 0pt 143pt;">'A mão de Deus não é a mesma: está mudada!'</div> <div style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"> </div> <div><span style="font-size:15pt;"> </span><i><span style="font-size:13pt;"><br />“A mão de Deus não é a mesma: está mudada!”</span></i><span style="font-size:13pt;"> Está mudada porque aqueles que deveriam ser as mãos, os pés, os lábios, os braços de Nosso Senhor na terra, os padres, estão mudados.</span></div> <div><span style="font-size:13pt;"> Há quem diga esta famigerada frase: <i>“O hábito não faz o monge”</i>. Esta frase é profundamente tola, pois se trata de uma falácia! Certa vez, conversando com algumas daquelas pessoas que acham que o padre é um homem comum e que, por isso, deve se vestir como um homem comum para ‘dialogar’ com o mundo moderno, ouvi este absurdo: <i>“A batina não é o mais importante, mas o sacerdócio que o padre recebeu. Ele vai ser mais padre ou menos padre por estar de batina?”</i> Então eu respondi: <i>“Mas é claro que não! O sacerdócio é muito maior que uma simples veste. E a Igreja NUNCA afirmou coisa em contrário. Mas, agora, permita-me fazer duas perguntas: a faca é um utensílio tão necessário em nosso dia-a-dia; utilizada para picar, descascar e cortar. Mas ela também é capaz de tirar uma vida. Você a deixaria de usar definitivamente por causa disso? Você deixaria de dirigir o seu carro, mesmo sabendo que ele, um dia, pode atropelar e matar alguém, ou, num acidente, matar a você mesmo?”</i> Obviamente que a resposta foi “Não”. É claro que sabemos que a batina <b>não é</b> o fundamento da nossa fé, esperança e caridade; A batina <b>não é</b> o centro da vida da Igreja; Eu <b>não vou</b> ser <b>mais</b> padre por estar de batina. Tudo isso já sabemos. Contudo nada disso justifica o desuso da mesma. Da mesma forma que tenho que ter a consciência de utilizar uma faca ou dirigir o meu automóvel com sabedoria e prudência, devo saber utilizar a batina com a mesma sabedoria, prudência e, sobretudo, humildade. Não adianta ser um “cavalo de batina”!</span></div> <div><span style="font-size:13pt;"> A batina nos impõe um COMPROMISSO solene e terrível. Quando estou revestido do sagrado hábito devo agir com prudência. Devo medir minhas palavras e gestos. Não devo me sentar de qualquer forma. Não devo andar de qualquer forma. Não devo subir ou descer escadas de qualquer forma. Estando de batina devemos pensar muito sobre nossas atitudes e palavras! Não posso me esquecer que todos os olhos estarão voltados para mim. Devo ser um exemplo no agir, no falar, enfim, em tudo. Usando o sagrado hábito não posso me esquecer de que carrego comigo a responsabilidade de <b>toda uma instituição</b>, e não apenas de uma pessoa física! Tudo o que o padre faz, já dizem logo que é a Igreja que faz! Por isso não se deve usar a batina de qualquer forma. Aliás, este é o motivo pelo qual muitos padres hoje não querem usá-la. Sob uma FALSA modéstia dizem: <i>“não uso para não chamar atenção”</i>. Isso é uma desculpa esfarrapada! A VERDADE é que não querem usá-la (e nem ao menos o Clergyman) para não serem identificados e, portanto, não serem incomodados. SEMPRE que estou de batina na rua aparece alguém pedindo uma bênção, ou para tirar uma dúvida ou até para desabafar! Já ouvi inclusive uma confissão (literalmente auricular) na Linha 1 do Metrô! Mas, é claro, que é muito mais cômodo estar no meio da rua e não ser identificado. Conheci sacerdotes que me chamaram atenção porque eu os chamei de <i>“padre”</i> no meio da rua! Fui imediatamente repreendido (e não foi em nome de Jesus): <i>“Por favor, na rua me chame pelo meu nome”</i>. A questão é que revestido do Clergyman ou Batina ‘fica mal’ ele parar num bar e tomar uma cerveja; ‘fica mal’ ele fumar quase um maço de cigarro; ‘fica mal’ ele não controlar os seus olhares apetitosos para uma bela moça (ou, quem sabe, um rapaz) na rua. Há até padres que, movidos pela <i>Passione</i>, deixam de celebrar a Santa Missa e mandam um Ministro Extraordinário fazer uma celebração em seu lugar…</span></div> <div><span style="font-size:13pt;"> Certa vez, fazendo uma meditação, me perguntei por que a batina incomoda tanta gente. E logo – ironicamente – me veio uma antiga musiquinha à mente; claro que com as devidas adaptações não-pastorais:<br /><br /></span></div> <div align="right"> </div> <div style="text-align: justify; margin: 0cm 0cm 0pt 152pt;">“Um elefante incomoda muita gente.</div> <div style="text-align: justify; margin: 0cm 0cm 0pt 152pt;"><b><i>Uma batina</i></b> incomoda, incomoda, incomoda muito mais!”</div> <div> </div> <div><span style="font-size:15pt;"> </span><span style="font-size:13pt;"><br />Não sou um psicólogo, contudo minha meditação me fez chegar à seguinte conclusão: creio que exista aqui uma questão de CONSCIÊNCIA. Por isso a batina incomoda tanto. </span></div> <div> </div> <div style="text-align: justify; text-indent: -18pt; margin: 0cm 0cm 0pt 36pt;"><span style="font-size:13pt;">·<span style=""> </span></span><span style="font-size:13pt;">Alguns não a usam porque tem <b>consciência</b> de que não possuem nem a força <b>espiritual</b> e nem a <b>volitiva</b> quer seja <i>imanente</i> ou <i>emanente</i> de se portarem como o hábito exigiria. Só de pensar, isso já causa neles certa repulsa. </span></div> <div style="text-align: justify; margin: 0cm 0cm 0pt 18pt;"> </div> <div style="text-align: justify; text-indent: -18pt; margin: 0cm 0cm 0pt 36pt;"><span style="font-size:15pt;">·<span style=""> </span></span><span style="font-size:13pt;">Outros têm <b>consciência</b> de sua falta de <b>disciplina</b> e de <b>ascese</b>. Parece-me que quase não há mais hoje em dia a pré-disposição a <i>“oferecer sacrifícios de amor a Nosso Senhor”</i> como outrora faziam os santos. Hoje todos buscam o mais cômodo o mais confortável: é a busca incessante pelo bem-estar!</span></div> <div> </div> <div style="text-align: justify; margin: 0cm 0cm 0pt 152pt;">“Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduzem à perdição e numerosos são os que por aí entram. Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho da vida e raros são os que o encontram.”</div> <div style="text-align: right; margin: 0cm 0cm 0pt 152pt;" align="right">(Mt 7, 13-14)</div> <div> </div> <div style="text-align: justify; text-indent: -18pt; margin: 0cm 0cm 0pt 36pt;"><span style="font-size:13pt;">·<span style=""> </span></span><span style="font-size:13pt;">Há aqueles sacerdotes que NÃO USAM o hábito, mas <u>adoram comentar e criticar</u> os que usam; estes senhores, bem no fundo de suas almas, sentem o incômodo da <b>consciência</b>, porque sabem que a presença daquele hábito é para eles uma constante lembrança de suas infidelidades e que deveriam viver a sua consagração com mais dedicação.</span></div> <div style="text-align: justify; margin: 0cm 0cm 0pt 18pt;"> </div> <div style="text-align: justify; text-indent: 17.4pt; margin: 0cm 0cm 0pt 18pt;"><span style="font-size:13pt;">Mas a batina não atinge apenas a consciência dos ministros ordenados, mas igualmente a dos leigos. Vejamos alguns exemplos:</span></div> <div> </div> <div style="text-align: justify; text-indent: -18pt; margin: 0cm 0cm 0pt 36pt;"><span style="font-size:13pt;">·<span style=""> </span></span><span style="font-size:13pt;">Um sacerdote que passa de batina nas ruas faz aquele que está afastado da Igreja há algum tempo lembrar que ele precisa se reconciliar com Deus; Às vezes a pessoa está em seus afazeres diários e nem está pensando em Deus; mas ao ver aquele padre passar, DUVIDO que dentro de sua cabeça e de seu coração a vozinha da <b>consciência</b> não diga <i>“já faz tempo que você não vai à Igreja”</i> ou <i>“você tem tanto tempo pra tudo… precisa de um tempo para Deus também”</i>.</span></div> <div style="text-align: justify; margin: 0cm 0cm 0pt 18pt;"> </div> <div style="text-align: justify; text-indent: -18pt; margin: 0cm 0cm 0pt 36pt;"><span style="font-size:13pt;">·<span style=""> </span></span><span style="font-size:13pt;">Até mesmo os <b>ateus</b> ou os <b>hereges</b> sentem a <b>consciência</b> arder quando um sacerdote passa de batina. Nem que seja para dar-lhe um olhar de desdém ou cantarolar uma música pentecostal (que não é, em absoluto, para louvar a Deus, mas, antes, para <i>‘provocar’</i> o padre). Se eles REALMENTE não ligassem e não se importassem, ficariam em silêncio e ignorariam o sacerdote. Se fazem algum gesto, por menor que seja, é porque algo dentro deles diz: <i>“você está errado e precisa de conversão!”</i></span></div> <div> </div> <div style="text-align: justify; text-indent: 18pt;"><span style="font-size:13pt;">O irônico da história toda é que os que julgam ser o hábito eclesiástico somente uma exterioridade são, na sua maioria, pessoas superficiais. Se perguntarmos a eles qual é o significado do hábito talar, por certo não saberão dizê-lo. Pelo contrário vão logo dizer: <i>“isso é coisa do passado”</i> ou ainda <i>“isso não se usa mais”</i>. São Ignorantes da LEI de sua própria Igreja (Código de Direito Canônico) que diz:<br /><br /></span></div> <div> </div> <div style="text-align: justify; margin: 0cm 0cm 0pt 161pt;"><b>Cân. 284 -</b> Os clérigos usem hábito eclesiástico conveniente, de acordo com as normas dadas pelas conferências dos Bispos e com os legítimos costumes locais.</div> <div> </div> <div style="text-align: justify; margin: 0cm 0cm 0pt 161pt;"><i><u>Nota de rodapé do cânone 284</u>:</i> Após entendimentos laboriosos com a Santa Sé, ficou determinado que os clérigos usem, no Brasil, um traje eclesiástico digno e simples, de preferência o “clergyman” (camisa clerical) ou “batina”.</div> <div> </div> <div><span style="font-size:13pt;"> <br />A batina é um sinal de consagração a Deus. Sua cor negra é sinal de luto. O padre morreu para o mundo, porque tudo o que é mundano não lhe atrai mais. Ela é ornada de 33 botões na frente, representando a idade de Nosso Senhor. São 5 botões nas mangas, representando as 5 chagas de Nosso Senhor. Também possui 2 presilhas laterais que simbolizam a humanidade e a divindade de Nosso Senhor. O padre a usa com uma faixa na cintura, símbolo da castidade e do celibato. Algumas possuem mais 7 botões na parte superior do braço, simbolizando os 7 sacramentos, com os quais o padre conforta os fiéis.</span></div> <div><span style="font-size:13pt;"> A batina é, também, um santo remédio contra a vaidade. Enquanto um homem comum precisa gastar tempo em frente ao seu guarda-roupas ou a um espelho verificando se este paletó combina com aquela camisa ou se a cor da gravata está adequada, o padre veste sua batina e pronto. Nem precisa perguntar <i>“o que eu vou vestir hoje?”</i>. Sua roupa é uma só! Por isso ela também é símbolo de fidelidade e constância. Nos batizados, o padre usa a batina. Se for um casamento: batina! Se for um aniversário: batina! E se for um funeral? Batina! Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença… é sempre a mesma coisa. E não podia ser diferente, uma vez que o padre é o representante de Nosso Senhor Jesus Cristo que é o mesmo: ONTEM, HOJE e SEMPRE!</span></div> <div style="text-align: justify; text-indent: 18pt;"> </div> <div style="text-align: justify; text-indent: 18pt;"><span style="font-size:13pt;">Aprendi em filosofia que expressamos no exterior o que há no interior. Aliás, essa idéia foi expressa por Nosso Senhor: <i>“a boca fala do que o coração está cheio”</i> (Mt 12,34). Talvez esteja aí a resposta para o desleixo e o desmazelo que há hoje na Igreja e no clero. Perdoe-me, caro leitor, se “pego pesado” demais. Mas penso que se a Igreja tivesse mantido a rígida disciplina do passado, metade do nosso atual clero não seriam padres hoje. Jesus conta uma parábola no Evangelho de São Lucas sobre um administrador INFIEL, que, ao ser descoberto, está prestes a perder seu emprego:<br /><br /></span></div> <div style="text-align: justify; text-indent: 18pt;"> </div> <div style="text-align: justify; margin: 0cm 0cm 0pt 161pt;">“O administrador refletiu então consigo: Que farei, visto que meu patrão me tira o emprego? Lavrar a terra? Não o posso. Mendigar? Tenho vergonha.” (Lc 16,3)</div> <div style="text-align: justify; text-indent: 18pt;"> </div> <div style="text-align: justify; text-indent: 18pt;"><span style="font-size:13pt;"><br />Tenho a impressão de que muitos sacerdotes vivem hoje do mesmo modo que esse administrador infiel. Como não se sentem capacitados para realizar outra atividade, por isso, se servem da Igreja. Vão “empurrando com a barriga” o seu ministério. Em nome de uma <i>“simplicidade”</i> cometem as maiores atrocidades: Missas celebradas de qualquer maneira; desrespeito às coisas sagradas; paramentos terrivelmente feios ou sujos; igrejas que mais parecem caixotes e não expressam piedade, etc. Parece que nem sequer acreditamos mais naquilo que fazemos. Hoje, por exemplo, eu estava de batina caminhando pelas ruas do centro da cidade. Passei por um seminarista e ele me cumprimentou: <i>“E aí, padre? Beleza?”</i>. A menos de cinqüenta metros à frente, um mendigo que estava sentado à porta de uma loja também me saudou: <i>“a bença seu padre...”.<br /><br /></i></span></div> <div> </div> <div style="text-align: center; margin: 0cm 0cm 0pt 152pt;" align="center"><b>Salmo 73 (74)</b></div> <div style="text-align: justify; margin: 0cm 0cm 0pt 152pt;"><span style="font-size:78%;">-2</span> Recordai-vos deste povo que outrora adquiristes, † desta tribo que remistes para ser a vossa herança, * e do monte de Sião que escolhestes por morada!</div> <div style="text-align: justify; margin: 0cm 0cm 0pt 152pt;"> </div> <div style="text-align: justify; margin: 0cm 0cm 0pt 152pt;"><span style="font-size:78%;">–3</span> Dirigi-vos até lá para ver quanta ruína: * no santuário o inimigo destruiu todas as coisas;<br /><br /></div> <div style="text-align: justify; margin: 0cm 0cm 0pt 152pt;"><span style="font-size:78%;">–4</span> e, rugindo como feras, no local das grandes festas, * lá puseram suas bandeiras vossos ímpios inimigos.</div> <div style="text-align: justify; margin: 0cm 0cm 0pt 152pt;"> </div> <div style="text-align: justify; margin: 0cm 0cm 0pt 152pt;"><span style="font-size:78%;">–5</span> Pareciam lenhadores derrubando uma floresta, * -<span style="font-size:78%;">6</span> ao quebrarem suas portas com martelos e com malhos.<br /><br /></div> <div style="text-align: justify; margin: 0cm 0cm 0pt 152pt;"><span style="font-size:78%;">–7</span> Ó Senhor, puseram fogo mesmo em vosso santuário! * Rebaixaram, profanaram o lugar onde habitais!</div> <div style="text-align: justify; margin: 0cm 0cm 0pt 152pt;"> </div> <div style="text-align: justify; margin: 0cm 0cm 0pt 152pt;"><span style="font-size:78%;">–8</span> Entre si eles diziam: 'Destruamos de uma vez!' * E os templos desta terra incendiaram totalmente.<br /><br /></div> <div style="text-align: justify; margin: 0cm 0cm 0pt 152pt;"><span style="font-size:78%;">–9</span> Já não vemos mais prodígios, já não temos mais profetas,* ninguém sabe, entre nós, até quando isto será!</div> <div style="text-align: justify; margin: 0cm 0cm 0pt 152pt;"> </div> <div style="text-align: justify; margin: 0cm 0cm 0pt 152pt;"><span style="font-size:78%;">–10</span> Até quando, Senhor Deus, vai blasfemar o inimigo? * Porventura ultrajará eternamente o vosso nome?<br /><br /></div> <div style="text-align: justify; margin: 0cm 0cm 0pt 152pt;"><span style="font-size:78%;">–11</span> Por que motivo retirais a vossa mão que nos ajuda? * Por que retendes escondido vosso braço poderoso?</div> <div style="text-align: justify; text-indent: 18pt;"> </div> <div style="text-align: justify; margin: 0cm 0cm 0pt 152pt;"><span style="font-size:78%;">–18</span> Recordai-vos, ó Senhor, das blasfêmias do inimigo * e de um povo insensato que mal diz o vosso nome!<br /><br /></div> <div style="text-align: justify; margin: 0cm 0cm 0pt 152pt;"><span style="font-size:78%;">–19</span> Não entregueis ao gavião a vossa ave indefesa, * não esqueçais até o fim a humilhação dos vossos pobres!</div> <div style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"> </div> <div style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size:13pt;"><br />Termino dizendo uma frase que há muito eu disse num sermão: Não tenho medo dos lobos que vêm em pele de cordeiros… tenho medo daqueles que vêm em pele de pastores!<br /><br /></span></div> <div> </div> <div align="right">“Somos afligidos de todos os lados, mas não vencidos” (2Cor 4,8 )</div> <div> </div> <div> </div> <div> </div> <p class="rteright"><span style="font-size:13pt;">Pe. Leonardo Holtz Peixoto</span></p>Apologetahttp://www.blogger.com/profile/10455542299880284070noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-19933465.post-16882656444061949412010-06-27T01:07:00.000-04:002010-06-27T01:08:45.490-04:00E ainda há quem negue que a RC”C” é porta de saída da Igreja<h2 class="storytitle" id="post-596"><a href="http://intribulationepatientes.wordpress.com/2010/06/26/e-ainda-ha-quem-negue-que-a-rcc-e-porta-de-saida-da-igreja/" rel="bookmark" title="Link permanente: E ainda há quem negue que a RC”C” é porta de saída da Igreja"></a><a><span style="font-size:78%;">Fonte: Pacientes na Tribulação</span></a><br /></h2> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">Encontrar vídeos de Pe. Joãozinho cheios de absurdos foi mais fácil do que eu imaginava. Demorou mais para transcrever as falas, e também por motivos alheios à minha vontade. O conteúdo do vídeo é tão contrário à doutrina católica que eu espero que sirva para abrir os olhos daqueles que ainda acreditam que a RC”C” é um movimento católico. Vamos ao vídeo:</span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;"><span style="text-align: center; display: block;"><object width="425" height="350"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/Aru4mozEWVM&rel=1&fs=1&showsearch=0&showinfo=1&iv_load_policy=1"> <param name="allowfullscreen" value="true"> <param name="wmode" value="opaque"> <embed src="http://www.youtube.com/v/Aru4mozEWVM&rel=1&fs=1&showsearch=0&showinfo=1&iv_load_policy=1" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" wmode="opaque" width="425" height="350"></embed> </object></span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">A seguir a transcrição de alguns trechos e nossos comentários.<br /></span></p> <p style="text-align: justify; padding-left: 30px;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">(1:02) e graças a Deus, em algumas igrejas evangélicas, boa parte destes católicos (Fábio de Melo: se encontram, são felizes) sim, estão se tornando evangélicos e evangelizados. Só que o bom católico também é evangélico, porque também crê no Evangelho.</span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">Joãozinho e Fábio de Melo ficam felizes com os católicos que partem para fora da Igreja! Eles “se encontram, são felizes”… fora da Igreja! E Joãozinho ainda afirma que lá eles são evangelizados.</span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">Estamos só começando. Aguentem firme.<br /></span></p> <p style="text-align: justify; padding-left: 30px;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">(1:28) entrei no taxi, assim do jeito que eu estou aqui, com a camisa de padre, né, clergyman. Aí o taxista olhou para mim e disse assim: Eu sou evangélico. Aí eu olhei para ele e respondi: Eu também. Aí ele olhou para mim com colarinho de padre. Mas eu sou da Assembléia de Deus. Aí eu falei: eu também. Aí ele não estava entendendo nada daquilo e falou: mas, meu senhor, eu sou crente. Eu falei: eu também.</span></p> <p style="text-align: justify; padding-left: 30px;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">(2:20) ele estava assim, vestido de padre</span></p> <p style="text-align: justify; padding-left: 30px;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">(2:27) taxista protestante pergunta: o senhor conhece Jesus Cristo?</span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">“Ele estava assim, vestido de padre”. Como poderia alguém estar vestido de terno, ou de qualquer outra roupa… Na verdade ele nem estava vestido como um padre deveria estar, ou seja, de batina.</span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">E percebam o tom com que o taxista se dirigiu para ele. Os pentecostais não suportam a Igreja Católica. Chegam a nos perguntar “você conhece Jesus Cristo?”, insinuando que nós, católicos, não O conhecemos. E ainda assim os carismáticos não poupam elogios a eles. Jonas Abib chegou a chamá-los de “lindos e santos”.<br /></span></p> <p><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">E pior é que não é a primeira vez que ele se diz evangélico. Em sua canção, “sou feliz por ser católico”, eis o que Joãozinho escreveu (o desteque é meu):<br /></span></p> <p style="text-align: justify; padding-left: 30px;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">Eu sou feliz por ser católico</span></p> <p style="text-align: justify; padding-left: 30px;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">Não tenho medo de dizer</span></p> <p style="text-align: justify; padding-left: 30px;"><span style="text-decoration: underline;"><strong><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">Sou evangélico, batista, protestante</span></strong></span></p> <p style="text-align: justify; padding-left: 30px;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">Eu sou artista</span></p> <p style="text-align: justify; padding-left: 30px;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">Levo Cristo todo a todo irmão</span></p> <p style="text-align: justify; padding-left: 30px;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">E no meu coração</span></p> <p style="text-align: justify; padding-left: 30px;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">http://blog.cancaonova.com/padrejoaozinho/2010/03/26/resposta-a-um-comentario-feliz-por-ser-catolico</span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">Um relativismo terrível. E a explicação que ele deu ao leitor no blog dele somente confirma o quanto ele é relativista.</span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">Continuando o vídeo:<br /></span></p> <p style="text-align: justify; padding-left: 30px;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">(2:38) Joãozinho: nunca perca a oportunidade de ouvir alguém falar de Jesus para você</span></p> <p style="text-align: justify; padding-left: 30px;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">Fábio: lindo isso, né.</span></p> <p style="text-align: justify; padding-left: 30px;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">Joãzinho: muito bonito. E humilde também</span></p> <p style="text-align: justify; padding-left: 30px;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">Fábio: dando a oportunidade para que o taxista o evangelizasse também</span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">Por que será que eles não param para ouvir os católicos tradicionais falarem de Jesus? Por que somente aqueles que são fiéis à dois mil anos de Tradição não podem ter a oportunidade de os evangelizar também? Ora, se eles consideram que podem ser evangelizados por quem está fora da Igreja, que nega todos os concílios dogmáticos, toda a autoridade do papa, etc, porque não aceitar aqueles que têm reservas quanto aos pontos questionáveis das autoridades eclesiásticas recentes? Caro leitor, será que é tão difícil encontrar a resposta para estas perguntas?</span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">Estamos apenas na metade do vídeo.<br /></span></p> <p style="text-align: justify; padding-left: 30px;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">(4:56) Fábio: eu já confessei aqui que tem um evangélica lá do interior da Bahia, que tem uma importância tão grande no meu processo hoje em dia, pelo e-mail que eu recebo dela, pela palavra acertada que às vezes ela me diz, sabe? a reflexão que faz do contexto da minha vida.</span></p> <p style="text-align: justify; padding-left: 30px;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">(5:17) Joãozinho: tem muito evangélico que assiste o programa direção espiritual. </span></p> <p style="text-align: justify; padding-left: 30px;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">Fábio: graças a Deus!</span></p> <p style="text-align: justify; padding-left: 30px;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">Fábio: (…) Eu sou pastor da igreja tal, mas a minha família te ama, e a gente gostaria de tirar uma foto com o senhor</span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">Quem já viu algum protestante procurar um padre de batina para tirar foto com ele? Um padre que pregue toda a doutrina da Igreja, sem falha alguma? Que pregue a presença real de Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento? Que não seja relativista?</span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">Quanto tempo ainda será necessário para que este pessoal que segue a RC”C” se dê conta de que ela é protestantismo infiltrado na Igreja? Tudo o que ela ensina e faz é protestantismo pentecostal. É por isso que eles trocam tantos elogios entre si. Carismático elogia protestante. Protestante elogia carismático. Ambos atacam os católicos tradicionais. O que falta ainda para “cair a ficha”? Um quebra-cabeça de mil e quinhentas peças poderia levar muito tempo para ser montado, mas um que somente tem quatro peças não leva tanto tempo assim.</span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">Continua o vídeo:<br /></span></p> <p style="text-align: justify; padding-left: 30px;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">(5:57) Joãozinho: neste disco aqui, em nenhum momento me passou pela cabeça não ser ecumênico.<br /></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">Chega de relativismo? Ainda não, ainda tem muito mais:<br /></span></p> <p style="text-align: justify; padding-left: 30px;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">Joãozinho: (…) batista, eu falo do batista, e digo que eu sou batista, e tenho uma prima batista e que me ensina coisas sobre o batismo, porque ela vive o batismo como um carisma especial de sua igreja. Então alguém vai perguntar: então católico tem alguma coisa a aprender com evangélico? Claro que tem! Claro que tem! Provavelmente os batistas sabem mais sobre batismo do que a maioria dos católicos. E vou dizer mais: evangélico sabe mais de Bíblia do que a maioria dos católicos. O papa João Paulo II foi mais longe. Ele escreveu um livro chamado “cruzando o limiar da esperança”, onde ele fala o que o católico, cristão, aprende com os muçulmanos, os budistas, o islamismo. Isto não tem nada a ver com nova era.</span></p> <p style="text-align: justify; padding-left: 30px;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">Quando eu falo assim que eu sou evangélico, é porque eu aprendo muito com os evangélicos, mas eu não quero ser apenas evangélico, porque ser católico é ser evangélico e um pouco mais.</span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">O pior de tudo é que o “cara” que disse isto se orgulha de ter doutorado em teologia e esnoba e não quer nem debater com aqueles que não têm. Ora, os batistas (que, aliás, são uma das seitas mais anti-católicas que existem, eu já tive a oportunidade de verificar isto pessoalmente) têm muito a nos ensinar sobre o batismo? Ora, não são eles que ensinam que somente se deve batizar por imersão? E, se eu não estiver enganado, eles não dizem que somente os adultos devem ser batizados? Se nós devemos aprender com eles, então o que a Igreja ensinou por dois mil anos está errado! Parabéns, “doutor” Joãozinho! Esta é a conclusão óbvia, muito óbvia, das suas palavras. Palavras do mesmo sujeito que deseja o fim da Montfort.</span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">E já que estamos falando de batismo, podemos lembrar <a href="http://intribulationepatientes.wordpress.com/2009/08/31/quo-vadis-parve-ioannes/" target="_blank">as idéias nada ortodoxas que o Joãozinho já expressou sobre o mesmo, e que nós já comentamos aqui. Lembram-se de que ele disse que nós não somos “batizados” mas sim “batizandos”, e que o batismo é um processo que dura a vida inteira?</a><br /></span></p> <p style="text-align: justify; padding-left: 30px;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">(7:27) Fábio: eu experimentei um pouco disso, uma época na minha vida, quando eu falei, aqui no programa, do bem que o ministério da Ana Paula Valadão faz nos católicos. Então foi tão interessante a gente receber o retorno dos evangélicos que dizem o mesmo também: Padre, obrigado por o senhor reconhecer, num canal católico, que o evangélico faz bem ao Brasil. Porque às vezes a gente corre o risco de criar aquele discurso de que nós somos os melhores, nós estamos com a verdade.</span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">Precisa comentar? Este padre simplesmente não acredita que a Igreja possua a verdade revelada por Cristo. Ele usa a palavra “nós” de maneira muito equívoca. Ele passa a impressão de que se trata apenas de dois grupos de pessoas com idéias diferentes. O termo “nós” seria o grupo de pessoas a que pertencemos. E seria absurdo que um grupo se achasse melhor do que o outro. Ora, é muito fácil desmonstar a falácia que nos apresentou Fábio de Melo. Cristo fundou a Igreja e dotou-a de um Magistério infalível, que deverá ensinar sem falhas Sua doutrina a todos os homens, até o final dos tempos. Assim, o grupo de pessoas a quem se refere o “nós” não está em igualdade de condições com o outro. Pois os católicos são aqueles que seguem o ensinamento da Igreja que Cristo fundou. Então, não somos “nós”, um simples grupo de pessoas, que estamos sempre certos e os outros errados. Quem está com a Verdade é a Igreja, porque é Cristo quem lha comunicou. E, somente por sermos fiéis aos ensinamentos da Igreja, é que estamos certos. Os outros grupos são aqueles que não dão ouvidos ao que ensina a Igreja de Cristo. Não há razão nenhuma, portanto, para o relativismo proposto pelo padre carismático. E, assim, abandonar a Verdade ensinada pela Igreja não é sinal de humildade, mas sim de apostasia.</span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">É possível piorar o nível? É, infelizmente, é sim. Logo na continuação, ouvimos:<br /></span></p> <p style="text-align: justify; padding-left: 30px;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">Joãozinho: existe idolatria em alguns católicos. Não na Igreja Católica, mas em alguns católicos.</span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">A quem será que eles estavam se referindo? Claro aos católicos que não abandonam os dogmas e o magistério infalível da Igreja. Estes são fanáticos, ultrapassados, “idolatram” um Igreja antiga…</span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">Entenderam qual é a lógica destes dois padres moderninhos? Aprendem com os protestantes, orgulham-se disto, e ainda chamam de idolatria a fidelidade dos católicos que se mantêm com toda firmeza apegados ao que a Igreja sempre ensinou.</span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">Com toda sinceridade, alguém consegue assistir a este vídeo e não perceber que a RC”C” é a porta de saída da Igreja em direção ao protestantismo? Serenamente refletindo, é impossível não entender que o discurso da RC”C” é motivo fortíssimo para o relativismo dos fiéis e a sua passagem para as seitas. Somente não admite isto quem está enfeitiçado pela RC”C”.</span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Calibri;">Ao carismático de boa fé que está lendo este artigo, eu convido a refletir. Pois já está mais que evidente que a RC”C” é a porta de saída da Igreja na direção do protestantismo. E os que não saem oficialmente, já vivem como protestantes, apenas com o rótulo de católicos. Reflitam, analisem com calma a situação, analisem as atitudes e as idéias destes padres modernos. É o convite que eu faço.</span></p>Apologetahttp://www.blogger.com/profile/10455542299880284070noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-19933465.post-66323156593343825062010-06-20T17:25:00.000-04:002010-06-20T21:57:32.356-04:00A Emancipação da Domesticidade<p align="right"><span style="font-size:100%;">G.K. Chesterton</span></p> <p align="justify"><i><span style="font-size:100%;">Nota: Este é o Capítulo III do livro “O que está errado com o mundo” que Chesterton publicou em 1910. Expressa a sua visão da importância da mulher no esquema geral da sociedade humana, numa época em que ela estava se emancipando de suas funções naturais para assumir as funções que a modernidade estava exigindo. Este tema será retomado em outro livro de Chesterton publicado em 1929, “A Coisa”.</span></i></p> <p align="justify"><span style="font-size:100%;">E deve ser observado, de passagem, que esta exigência para que o homem desenvolva apenas uma habilidade não tem nada a ver com o que é comumente chamado nosso sistema competitivo, mas existiria igualmente sob qualquer tipo racionalmente concebido de coletivismo. A menos que os socialistas estejam totalmente preparados para uma queda no padrão de seus violinos, telescópios e lâmpadas elétricas, eles devem de alguma forma criar uma demanda moral sobre os indivíduos de maneira que eles mantenham a atual concentração em tais coisas. Foi apenas porque os homens se tornaram, em algum grau, especialistas é que surgiram os telescópios; eles devem ser, em algum grau, especialistas para continuarem a construí-los. Não é fazendo um homem ser um assalariado estatal que se possa impedi-lo de pensar principalmente sobre como é difícil ganhar seu salário. Há apenas uma maneira de preservar no mundo aquela superior leveza e aquela serena perspectiva contidas na antiga visão de universalismo. E esta é permitir a existência de uma metade da humanidade parcialmente protegida; uma metade a que o assédio da demanda industrial inquieta, mas inquieta apenas indiretamente. Em outras palavras, há de haver em cada centro da humanidade um ser humano preocupado com um plano mais amplo; um ser humano que não “dê o seu melhor”, mas que se dê integralmente.</span></p> <p align="justify"><span style="font-size:100%;">Nossa antiga analogia do fogo continua sendo a mais viável. O fogo não precisa resplandecer como a eletricidade nem se agitar como a água fervente; a questão é que ele resplandece mais que a água e aquece mais que a luz. A esposa é como o fogo, ou para colocar as coisas na perspectiva adequada, o fogo é como a esposa. Como o fogo, espera-se que a mulher cozinhe; não de forma excelente, mas cozinhe; que cozinhe melhor que seu marido, que está conseguindo a lenha lecionando botânica ou quebrando pedras. Como o fogo, espera-se que a mulher conte histórias para seus filhos, não histórias originais e artísticas, mas histórias – histórias melhores do que as possivelmente contadas pelos cozinheiros de primeira classe. Como o fogo, espera-se que a mulher ilumine e esclareça, não pelas mais espantosas revelações ou as mais selvagens agitações do pensamento, mas melhor que um homem pode fazer depois de quebrar pedras ou lecionar. Mas não se pode esperar que ela suporte tal responsabilidade universal se for suportar também a crueldade do trabalho competitivo e burocrático. A mulher deve ser uma cozinheira, mas não uma cozinheira competitiva; uma decoradora, mas não uma decoradora competitiva, uma costureira, mas não uma costureira competitiva. Ela não deve ter nenhum negócio, mas vinte hobbies; ela, ao contrário do homem, deve desenvolver tudo que faz sem se preocupar em atingir a perfeição. Isto é o que foi sempre buscado a princípio no que é chamado reclusão, ou mesmo opressão, da mulher. As mulheres não foram mantidas em casa para que fossem limitadas, foram mantidas em casa para que fossem amplas. O mundo do lado de fora é uma massa de limitações, um labirinto de caminhos estreitos, um hospício de monomaníacos. Foi por esta parcial limitação e proteção da mulher que ela era capaz de desempenhar-se em cinco ou seis profissões e assim se aproximar tanto de Deus quanto a criança que brinca de ter cem profissões. Mas as profissões da mulher, ao contrário das da criança, eram todas verdadeira e, quase, terrivelmente frutíferas; tão tragicamente reais que nada exceto sua universalidade e equilíbrio impediam que elas se tornassem meramente mórbidas. Esta é a substância da alegação que ofereço sobre o papel histórico da mulher. Não nego que as mulheres foram ofendidas ou mesmo torturadas; mas duvido que elas tenham sido torturadas tanto quanto o são agora pela moderna tentativa absurda de fazê-las ao mesmo tempo rainhas do lar e funcionárias competitivas. Não nego que mesmo sob a antiga tradição, as mulheres tivessem vidas mais difíceis que a dos homens; esta é a razão porque tiramos nossos chapéus. Não nego que todas essas várias funções femininas fossem exasperantes; mas digo que havia algum objetivo e significado em mantê-las variadas. Não tento nem mesmo negar que a mulher fosse uma criada; mas pelo menos era a criada principal.</span></p> <p align="justify"><span style="font-size:100%;">A forma mais breve de resumir a questão é dizer que a mulher é a responsável pela idéia da Sanidade; aquele lar intelectual para o qual a mente retorna depois de cada excursão pela extravagância. A mente que se dirige a lugares extravagantes é a do poeta; mas a mente que não retorna é a do lunático. Deve haver em cada máquina uma parte que move e uma parte imóvel; deve haver em tudo que muda uma parte imutável. E muitos dos fenômenos que os modernos apressadamente condenam são realmente partes dessa posição da mulher como centro e pilar da saúde. Muito do que é chamada sua subserviência, e mesmo sua docilidade, é meramente a subserviência e docilidade de um remédio universal; ela varia como um remédio varia, conforme a doença. Ela tem de ser uma otimista para um marido mórbido, uma pessimista salutar para um marido excessivamente otimista. Ele tem de impedir que o Quixote seja abusado pelos outros, e que o valentão abuse dos outros. O Rei da França escreveu</span></p> <p align="justify"><span style="font-size:100%;">“Toujours femme varie Bien fol qui s'y fie”</span></p> <p align="justify"><span style="font-size:100%;">mas a verdade é que a mulher sempre varia, e esta é a razão de sempre confiarmos nela. Corrigir cada aventura e extravagância com seu antídoto, usando o senso comum, não é (como os modernos parecem pensar) estar na posição de um espião ou de um escravo. É estar na posição de Aristóteles ou (no nível mais baixo) de Herbert Spencer, ser uma moral universal, um completo sistema de pensamento. O escravo lisonjeia; o moralista repreende. É ser, em resumo, um <i>trimmer</i></span><a href="http://angueth.blogspot.com/search?updated-max=2010-06-07T21%3A02%3A00-03%3A00#_ftn1_8930" name="_ftnref1_8930"><span style="font-size:100%;">[1]</span></a><span style="font-size:100%;"> no verdadeiro sentido deste honroso termo, que por alguma razão, é sempre usado no sentido oposto. Parece realmente que consideram um <i>trimmer</i> uma pessoa covarde que sempre escolhe o lado mais forte. Mas este termo significa realmente uma pessoa altamente cavalheiresca que sempre escolhe o lado mais fraco; como aquele que equilibra a carga de um barco sentando-se onde há poucas pessoas sentadas. A mulher é um <i>trimmer</i>, e isso é uma função generosa, perigosa e romântica.</span></p> <p align="justify"><span style="font-size:100%;">Um fato final que determina isso é de natureza muito simples. Supondo que a humanidade agiu de forma não artificial dividindo-se em duas metades, respectivamente tipificando os ideais de talento especial e sanidade geral (uma vez que eles são genuinamente difíceis de combinar completamente em uma única mente), não é difícil ver porque a linha de clivagem seguiu a linha do sexo, ou porque a fêmea tornou-se o emblema do universal e o macho do especial e superior. Dois fatos gigantes da natureza demonstraram isso: primeiro, que a mulher que freqüentemente cumprisse literalmente suas funções não poderia ser especialmente proeminente no experimento e na aventura; e segundo, que a mesma operação natural a rodeava de crianças muito jovens, que exigiam não o ensino de alguma coisa, mas o ensino de todas as coisas. Bebês não precisam aprender uma profissão, mas precisam que se lhe apresentem um mundo. Para resumir, a mulher é geralmente encerrada numa casa com um ser humano numa época em que ele pergunta todas as questões que existem e algumas que não existem. Seria estranho que ela retivesse qualquer traço da estreiteza de um especialista. Ora, se alguém diz que essa tarefa de esclarecimento geral (mesmo quando livre dos horários e das regras modernas, e exercido espontaneamente por uma pessoa mais protegida) é em si excessivamente exigente e opressiva, consigo entender esse ponto de vista. Posso apenas responder que nossa raça considerou que vale a pena colocar este peso sobre a mulher a fim de manter o senso comum no mundo. Mas quando as pessoas começam a falar sobre esse trabalho doméstico como não simplesmente difícil, mas trivial e monótono, eu simplesmente desisto da discussão. Pois, eu não consigo, com o máximo poder de imaginação, entender a respeito do que estão falando. Quando a domesticidade, por exemplo, é chamada de lida penosa, toda a dificuldade surge do duplo sentido da expressão. Se penosa significar trabalho duro, admito que a mulher labute em casa, como o homem pode labutar na Catedral de Amiens ou atrás de um canhão em Trafalgar. Mas se penosa significar que o trabalho duro é mais pesado porque é insignificante, sem graça e sem importância para a alma, então, como disse, eu desisto; não sei o que as palavras significam. Ser a Rainha Elizabete dentro de uma área definida, decidindo salários, banquetes, tarefas e feriados; ser Whiteley</span><a href="http://angueth.blogspot.com/search?updated-max=2010-06-07T21%3A02%3A00-03%3A00#_ftn2_8930" name="_ftnref2_8930"><span style="font-size:100%;">[2]</span></a><span style="font-size:100%;"> dentro de certa área, suprindo brinquedos, sapatos, bolos e livros; ser um Aristóteles dentro de certa área, ensinando moral, boas maneiras, teologia e higiene; posso entender como isso pode exaurir uma mente, mas não posso imaginar como pode estreitá-la. Como pode ser uma larga carreira ensinar a Regra de Três a crianças dos outros, e uma estreita carreira ensinar à sua própria criança sobre o universo? Como pode ser amplo ensinar a mesma coisa a todo mundo, e estreito ensinar tudo a alguém? Não; a função de uma mulher é trabalhosa, mas porque é gigantesca, não porque é minúscula. Tenho pena da Sra. Jones pela enormidade da sua tarefa, não pela sua pequenez.</span></p> <p align="justify"><span style="font-size:100%;">Mas embora a tarefa essencial da mulher seja a universalidade, isso não a impede, claro, de ter um ou dois fortes, mas grandemente saudáveis, preconceitos. Ela tem sido, em geral, mais consciente do que o homem de que ela é apenas uma das metades da humanidade; mas ela tem expressado isso (se alguém pode dizer isso de uma senhora) agarrando com unhas e dentes duas ou três coisas que considera ser suas responsabilidades. Eu observaria aqui, entre parêntesis, que muito do recente problema oficial sobre a mulher surgiu do fato de que elas transferem para as coisas da razão e da dúvida aquela sagrada obstinação apenas apropriada às coisas primárias que foram confiadas à guarda da mulher. O próprio filho, o próprio altar, deve ser uma questão de princípio – ou se se preferir, uma questão de preconceito. Por outro lado, a dúvida sobre quem escreveu as Cartas de Junius</span><a href="http://angueth.blogspot.com/search?updated-max=2010-06-07T21%3A02%3A00-03%3A00#_ftn3_8930" name="_ftnref3_8930"><span style="font-size:100%;">[3]</span></a><span style="font-size:100%;"> não deve ser uma questão de princípio ou preconceito, deve ser uma questão de investigação livre e quase indiferença. Mas tome uma garota moderna e cheia de vida, secretária de uma associação e dê-lha a função de mostrar que George III escreveu tais cartas, e em três meses ela acreditará nisso também, por mera lealdade a seus empregadores. As mulheres modernas defendem seu escritório com toda a ferocidade da domesticidade. Elas lutam pela mesa e pela máquina de escrever como pelo lar, e desenvolvem um tipo de selvagem atitude doméstica para com o chefe invisível da empresa. Esta é a razão de elas fazerem o trabalho de escritório tão bem feito; e esta é a razão porque elas não devem fazê-lo.</span></p> <span style="font-size:100%;"> <div align="justify"> <hr align="left" width="33%" size="1"></div> </span> <p align="justify"><a href="http://angueth.blogspot.com/search?updated-max=2010-06-07T21%3A02%3A00-03%3A00#_ftnref1_8930" name="_ftn1_8930"><span style="font-size:100%;">[1]</span></a><span style="font-size:100%;"> <i>Trimmer</i> tem dois significados principais: estivador (aquele que equilibra a carga das embarcações) e oportunista. Chesterton brinca com estes dois significados. (N. do T.)</span></p> <p align="justify"><a href="http://angueth.blogspot.com/search?updated-max=2010-06-07T21%3A02%3A00-03%3A00#_ftnref2_8930" name="_ftn2_8930"><span style="font-size:100%;">[2]</span></a><span style="font-size:100%;">[2] Grande loja de departamentos da Londres de Chesterton. (N. do T.)</span></p> <p align="justify"><a href="http://angueth.blogspot.com/search?updated-max=2010-06-07T21%3A02%3A00-03%3A00#_ftnref3_8930" name="_ftn3_8930"><span style="font-size:100%;">[3]</span></a><span style="font-size:100%;"> Junius era o pseudônimo de um indivíduo, cuja a identidade é desconhecido, que escreveu uma série de cartas para um jornal londrino, <i>Public Advertiser</i>, entre 21 de janeiro de 1769 e 21 de janeiro de 1772. De eminentemente político, tiveram grande repercussão no reinado de George III. (N. do T.)<br /><br /><span style="font-size:78%;">Fonte: <a href="http://angueth.blogspot.com/2010/05/emancipacao-da-domesticidade.html">Blog do Angueth</a></span><br /></span></p>Apologetahttp://www.blogger.com/profile/10455542299880284070noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19933465.post-11523062525086339152010-06-19T18:27:00.000-04:002010-06-19T17:31:01.603-04:00O Último Cume<p><span style="font-size:78%;">Fonte: <a href="http://www.padredemetrio.com.br/2010/05/o-ultimo-cume/">http://www.padredemetrio.com.br/2010/05/o-ultimo-cume/</a></span><br /></p> <p>Na Espanha - sim, na Espanha laicista de Zapatero - o cineasta Juan Manuel Cotelo resolveu rodar um documentário sobre a vida do sacerdote Pablo Domínguez, um homem com seus quarenta e dois anos, que segundo <a href="http://www.intereconomia.com/blog/cigueena-torre/pablo-dominguez-sacerdote" onclick="javascript:pageTracker._trackPageview('/outbound/article/www.intereconomia.com');" target="_blank">La Cigueña de La Torre</a>, era o sacerdote mais promissor de seu país: “inteligente, brilhante, simpático, de personalidade transbordante, e, sobretudo, bom”. Um intelectual, a quem esperavam ver logo com uma mitra na cabeça, falecido recentemente em um trágico acidente de montanha.</p> <p>O que impressiona no filme - além do testemunho do sacerdote - é a coragem do cineasta para realizar uma obra dessas, justamente em um período no qual parece estar tão em baixa a credibilidade dos sacerdotes.</p> <p>No início do filme, diz Cotelo: “Os especialistas me disseram claramente: ‘Se hoje crucifico a um sacerdote em público, vou ter êxito, e vão dar-me importantes prêmios’. Se, ao contrário, falo bem de um padre, vão crucificar-me”.</p> <p>Segue dizendo: ”Não é pederasta, nem mulherengo, nem ladrão, tampouco é exorcista, não é missionário na selva, não é fundador de uma nova instituição da Igreja, não é nem sequer pároco”. E, seguindo <a href="http://www.acidigital.com/noticia.php?id=19024" onclick="javascript:pageTracker._trackPageview('/outbound/article/www.acidigital.com');" target="_blank">ACIdigital</a>: ”o desafio é contar a história de um sacerdote bondoso que impactou muita gente, e a cujo funeral acudiram umas três mil pessoas e mais de 20 bispos”. “Tivesse-me encantado encontrar algo mal em Pablo. Eu o haveria incluído no documentário, mas é que não existe. Seu confessor me disse que, simplesmente, era alguém muito bom, com uma alma de menino”.</p> <p>Assista aqui aos primeiros cinco minutos do filme, realmente muito instigante: </p> <span class="vvqbox vvqyoutube" style="width: 480px; height: 350px;"><object style="visibility: visible;" id="vvq-578-youtube-1" data="http://www.youtube.com/v/Av6oD1eaE64&rel=0&fs=1&showsearch=0&showinfo=0" type="application/x-shockwave-flash" width="480" height="350"><param value="opaque" name="wmode"><param value="true" name="allowfullscreen"><param value="always" name="allowscriptacess"></object></span> <p>O filme estreará no próximo quatro de junho em Madrid. Tenho muita vontade de vê-lo!</p> <p>Mais informações aqui: <a href="http://www.padredemetrio.com.br/2010/05/o-ultimo-cume/www.laultimacima.com">www.laultimacima.com</a></p>Apologetahttp://www.blogger.com/profile/10455542299880284070noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19933465.post-7575717468394686622010-06-16T13:28:00.005-04:002010-06-16T14:16:56.903-04:00Cardeal Pell é vítima de uma campanha de difamação destinada a impedi-lo reformar os bispos do mundo<span style="font-size:78%;">fonte: <a href="http://blogs.telegraph.co.uk/news/damianthompson/100043709/cardinal-pell-is-the-victim-of-a-smear-campaign-designed-to-stop-him-reforming-the-worlds-bishops/">Holy Smoke (Damian Thompson)-Tradução minha, eventualmente recorra ao original.</a></span><br /><br /><span style="" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">Eu escrevi isto com alguma urgência.</span> <span onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()"><span class="google-src-text" style="direction: ltr; text-align: left;"></span>Na semana passada, fontes católicas têm insistido que o cardeal George Pell, arcebispo de Sydney, não vai aceitar sua nomeação como prefeito da Congregação para os Bispos.</span> <span onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()"><span class="google-src-text" style="direction: ltr; text-align: left;"></span>Duas razões são dadas - uma ligada à sua saúde, e outra às alegações </span><span onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">totalmente falsas</span><span onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()"> </span><span onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">de abuso sexual que ele enfrentou anos atrás</span><span onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()"></span><span onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">.</span><span onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()"><br /><br />Tenho uma boa razão para acreditar que o Cardeal Pell - um homem de presença imponente e intelecto, absolutamente fiel à visão do Papa Bento XVI para a renovação da Igreja - é vítima de uma campanha difamatória aprovada por </span><span onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">determinados</span><span onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">bispos, especialmente italianos, que estão desesperados para parar a limpeza que </span><span onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">Pell levará a efeito nos</span><span onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()"> "burgos podres" de suas dioceses</span><span onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()"><span class="google-src-text" style="direction: ltr; text-align: left;">.</span> Devemos orar para que o Santo Padre ignore esta campanha.</span><p> </p><span onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">Razão número um: Pell está "com a saúde debilitada".</span> <span onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">Verdade, ele tem um marca-passo.</span> <span onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()"><span class="google-src-text" style="direction: ltr; text-align: left;"></span>Fora isto, ele está razoavelmente em boa forma - certamente bem o suficiente para assumir seu cargo</span><span onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()"><span class="google-src-text" style="direction: ltr; text-align: left;"></span>. E ele é mais saudável do que muitos de seus críticos, mais idosos, que permanecem sentados em suas dioceses procurando não fazer absolutamente nada que possa perturbar a sua vida pacata.</span><p> </p><p> <span onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()"><span class="google-src-text" style="direction: ltr; text-align: left;">Reason number two: Cardinal Pell is tainted by sex abuse allegations.</span><br /></span></p><p><span onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">Razão número dois: o Cardeal Pell esta marcado por alegações de abuso sexual.</span> I<span onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">sto é lixo.</span> <span onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()"><span class="google-src-text" style="direction: ltr; text-align: left;"></span>O jornal The Age, na Austrália <a href="http://www.theage.com.au/national/cardinal-pell-blocked-on-top-vatican-post-20100613-y5y3.html">apresenta esse relatório muito revelador</a> :</span> </p><blockquote><span onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">O cardeal George Pell, cuja promoção para um cargo importante no Vaticano era esperada para este mês, foi rejeitada devido a antigas alegações de abuso sexual contra ele, de acordo com fontes bem informadas, em Roma.</span><p> </p><span onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">Cardeal Pell renunciou ao cargo de arcebispo de Sydney, em 2002, depois que ele foi acusado de abusar de uma adolescente em um acampamento da igreja nos anos 1960, mas uma investigação independente levada a cabo por um juiz aposentado não-católicos o absolveu.</span><p> </p><span onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">Observadores do Vaticano dizem agora que importantes funcionários trabalharam para minar o cardeal Pell como o próximo chefe da Congregação dos Bispos, em parte por preocupações sobre a publicidade negativa sobre as alegações de abuso e, em parte por razões políticas internas, incluindo o desejo de que um italiano assumisse o cargo.</span><p> </p></blockquote><span onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">Mas esses funcionários não estão realmente preocupados com a "publicidade negativa" sobre as alegações são comprovadamente mentiras: eles estão explorando essas mentiras para se proteger.</span> <span onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()"><span class="google-src-text" style="direction: ltr; text-align: left;"></span> Minha pergunta: Qual a verdadeira razão para esta campanha de propaganda negativa?</span> <span onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()"><span class="google-src-text" style="direction: ltr; text-align: left;"></span>Desde a eleição de Bento XVI nenhuma indicação horrorizou tanto os soberbos, preguiçosos e liberais estabelecidos no Vaticano e dioceses.</span> <span onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()"><span class="google-src-text" style="direction: ltr; text-align: left;"></span>Isso porque o Cardeal Pell tem conhecimento detalhado da situação não só na Itália, onde muitos bispos, ganharam suas posições, agindo como os parlamentares britânicos de antes da Lei da Reforma de 1832, assim como na América Latina e Ásia.</span><p> </p><span style="" onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()">A mensagem do Cardeal Pell aos bispos seria: "Desculpem, Senhores, mas esta não é uma tarefa vitalícia.</span> <span onmouseover="_tipon(this)" onmouseout="_tipoff()"><span class="google-src-text" style="direction: ltr; text-align: left;"></span>Você deve apresentar o dinamismo evangélico e obediência ao Santo Padre - e, se você não fizer isso, então há sacerdotes santos pronto para assumir seu lugar". E por isto estão fazendo esta campanha suja.</span><p> </p>Apologetahttp://www.blogger.com/profile/10455542299880284070noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19933465.post-40675271739819109962010-06-09T19:29:00.004-04:002010-06-09T19:49:22.979-04:00Nota de FalecimentoFaleceu hoje o Prof. Orlando Fedeli, Presidente da Associação Cultural Montfort.<br /><br /><table align="center" border="0" cellpadding="1" cellspacing="5" width="550"><tbody><tr><td><div>1</div> <div>Ce qui Te reste,</div> <div>ce qu' on refuse,</div> <div>donnes-moi (z) en partage</div> <div>combats et courage,</div> <div>ô mon Dieu.</div> <div> </div> <div>2</div> <div>Ce qu'on rejette,</div> <div>ce qu'on n'acèpte,</div> <div>donnes moi (z) en partage</div> <div>ta croix et courage</div> <div>d' la porter</div> <div> </div> <div>3</div> <div>Que je sois sûr</div> <div>de vivre à souffrir,</div> <div>pour défendre la Foi,</div> <div>pour ton amour mourrir,</div> <div>ô mon Dieu.</div> <div> </div> <div>4</div> <div>Que je sois sûr</div> <div>de vivre en danger,</div> <div>d'embrasser ta croix,</div> <div>et dans ta paix mourrir,</div> <div>ô mon Dieu.</div> <div> </div> <div>5</div> <div>Non pas douceur,</div> <div>non les honneurs,</div> <div>donnes-moi (z) en partage,</div> <div>amers outrages,</div> <div>des menteurs.</div> <div> </div> <div>6</div> <div>Non pas sucès,<span> </span></div> <div>non être aimé, <span> </span></div> <div>donnes-moi (z) en partage<span> </span></div> <div>la haine et la rage<span> </span></div> des mauvais.<br /> <br /> <div>7</div> <div>À moi, mon Dieu,</div> <div>la croix du mépris,</div> <div>que je reste tout seul</div> <div>dans le plus grand oubli,</div> <div>ô mon Dieu.<span> </span></div> <div> </div> <div>8</div> <div>À moi Seigneur,</div> <div>la gloire d'être haï</div> <div>d'embrasser ta croix</div> <div>et dans ta paix mourir,</div> <div>ô mon Dieu.</div> <div> </div> <div>9</div> <div>Moi, je ne veux</div> <div>ni paix, ni l'or,</div> <div>donnes-moi (z) en partage</div> <div>la guerre et l 'orage</div> <div>ô mon Dieu.</div> <div> </div> <div>10</div> <div>Je te demande</div> <div>d'un jet ta croix,</div> <div>car je n'ai le courage</div> <div>de deux fois</div> <div>la demander.</div> <div> </div> <div>11</div> <div>Que je sois sûr</div> <div>qu'elle soit mon trésor,</div> <div>d' embrasser ta croix,</div> <div>Avec ardent amour</div> <div>sans retour.</div> <div> </div> <div>12</div> <div>Que je sois sûr</div> <div>d'avoir le plus dur,</div> <div>d'embrasser ta croix</div> <div>et dans ta paix mourrir,</div> ô mon Dieu.</td> <td> <div>1</div> <div>O que Te resta,</div> <div>o que se recusa,</div> <div>daí-me em partilha,</div> <div>combates e coragem,</div> <div>oh meu Deus.</div> <div> </div> <div>2</div> <div>O que se recusa,</div> <div>o que não se aceita,</div> <div>daí-me em partilha,</div> <div>tua cruz e coragem,</div> <div>para carregá-la.</div> <div> </div> <div>3</div> <div>Que eu esteja seguro,</div> <div>de viver para sofrer,</div> <div>por defender a Fé,</div> <div>por teu amor morrer,</div> <div>oh meu Deus.</div> <div> </div> <div>4</div> <div>Que eu esteja seguro,</div> <div>de viver em perigo,</div> <div>de abraçar tua cruz,</div> <div>e em tua paz morrer,</div> <div>oh meu Deus.</div> <div> </div> <div>5</div> <div>Não doçuras,</div> <div>não as honras,</div> <div>daí-me em partilha,</div> <div>amargos ultrajes,</div> <div>dos mentirosos.</div> <div> </div> <div>6</div> <div>Não sucesso,</div> <div>não ser amado,</div> <div>daí-me em partilha,</div> <div>o ódio e a raiva,</div> dos maus.<br /> <br /> <div>7</div> <div>A mim, meu Deus,</div> <div>a cruz do desprezo,</div> <div>que eu <span>fique sozinho,</span></div> <div>no maior esquecimento,</div> <div>oh meu Deus.</div> <div> </div> <div>8</div> <div>A mim, Senhor,</div> <div>a glória de ser odiado,</div> <div>de abraçar tua cruz,</div> <div>e em tua paz morrer,</div> <div>oh meu Deus.</div> <div> </div> <div>9</div> <div>Eu, eu não <span>quero,</span></div> <div>nem paz nem ouro,</div> <div>daí-me em partilha,</div> <div>a guerra e a tempestade,</div> <div>oh meu Deus.</div> <div> </div> <div>10</div> <div>Eu te peço,</div> <div>de uma só vez tua cruz,</div> <div>por que eu não tenho <span>a coragem</span></div> <div>de duas <span>pedi-la vezes,</span></div> <div>oh meu Deus.</div> <div> </div> <div>11</div> <div>Que eu esteja seguro,</div> <div>que ela seja meu tesouro,</div> <div>de abraçar tua cruz,</div> <div>com ardente amor,</div> <div>sem retorno.</div> <div> </div> <div>12</div> <div>Que eu esteja seguro,</div> <div>de ter o que é mais duro,</div> <div>de abraçar tua cruz,</div> <div>e em tua paz morrer,</div> oh meu Deus</td> </tr> <tr> <td colspan="2"> <div><br /> Adaptação da "Prière du Partage" de André Zirnheld, paraquedista da França Livre, morto em 1942, à marcha dos arqueiros de Robert Bruce, Rei da Escócia, que foi tocada na entrada de santa Joana d'Arc em Orléans, em 1429</div> <div>São Paulo, 19 / 11 / 1995</div> <div>Orlando Fedeli</div></td></tr></tbody></table><br /><br /><div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy2-eKmkbfp1CEbi6VJWu8VBMdykZYfbcnncuIXeji0gNHfbdQkvgmwoIJFdNVlRMqR2IXGbx8SNDKsniyFmZWFPI0ojanpbmHfR9oNAHqw-7bwAznJc-puGdBF7n4QZ-Oq0fbPQ/s1600/Imagem+050.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy2-eKmkbfp1CEbi6VJWu8VBMdykZYfbcnncuIXeji0gNHfbdQkvgmwoIJFdNVlRMqR2IXGbx8SNDKsniyFmZWFPI0ojanpbmHfR9oNAHqw-7bwAznJc-puGdBF7n4QZ-Oq0fbPQ/s320/Imagem+050.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5480924730252560178" border="0" /></a>Assim é que me recordarei dele!<br />Que sua alma descanse em Paz!<br /></div>Apologetahttp://www.blogger.com/profile/10455542299880284070noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19933465.post-85294542323659525862010-05-22T18:14:00.003-04:002010-05-22T18:18:54.047-04:00Os Sacerdotes que abusaram de mimTomei conhecimento do texto abaixo através do blog <a href="http://www.padredemetrio.com.br/2010/05/os-sacerdotes-que-abusaram-de-mim/">Ignem in Terram</a>, nesta ótica precisamos cada vez mais de Sacerdotes que abusem de todos.<br /><br /><img class="aligncenter size-full wp-image-576" title="Sacerdos in aeternum" src="http://www.padredemetrio.com.br/wp-content/uploads/2010/05/Sacerdos-in-aeternum.jpg" alt="" width="400" height="268" /><br /><h1 class="post-title single-title entry-title"><span style="font-size:130%;"><a href="http://www.padredemetrio.com.br/2010/05/os-sacerdotes-que-abusaram-de-mim/" title="Os sacerdotes que abusaram de mim" rel="bookmark">Os sacerdotes que abusaram de mim</a></span></h1><p>“Quanto era muito criança, sem ter consciência, sem liberdade, sem poder defender-me, um deles me fez filho de Deus, herdeiro da Vida Eterna, Templo do Espírito Santo e membro da Igreja, nunca poderei perdoar-lhe por ter-me feito tanto bem.</p> <p>Outro insistiu em meus tenros anos em inculcar-me, violentando a minha vontade, o respeito pelo nome de Deus, a necessidade absoluta da oração diária, a obediência e a reverência aos meus pais, o amor pela minha pátria, e me ensinou a utopia de não mentir, não roubar, não falar mal dos outros, perdoar e todas essas coisas que nos fazem tão hipócritas e ridículos…</p> <p>Outro apareceu mencionando que o Espírito Santo devia vir completar a obra começada no Batismo, que me fariam falta seus dons e seus frutos, que já era hora de que viesse em minha ajuda Aquele que me faria defender a Fé, como um soldado. Que ousadia falar em termos tão bélicos! Fez nessa época que eu cuidasse minha alma frente ao mundo, que fosse nobre, leal e honesto…</p> <p>Outro abusou dando-me livros para ler, não lhe bastassem seus conselhos, que faziam colocar o olhar na eternidade e viver como estranho aqui na terra. Quem tirará agora da minha cabeça os quatro Evangelhos? As glórias de Maria? A imitação de Cristo? As Confissões? As Moradas? Etc. Quem será capaz de curar-me de todos esses tesouros que me marcaram para sempre?</p> <p>Outro abusou da minha ignorância ensinando-me coisas que não sabia. Outro não falava, mas sua vida virtuosa me inclinava cada vez mais a imitá-lo. Houve alguns que se aproveitaram de mim em momentos inesperados e me corrigiram, me alentaram, e até rezaram por mim.</p> <p>Outros, quando eu já estava em um círculo do qual não podia sair, insistiram com minha natureza caída e me incitaram a receber a Jesus Cristo em Corpo e Sangue, para resistir aos embates do inimigo, para fortalecer minha fraqueza e santificar-me cada dia mais. Embora, para aquele que leia esta denúncia, pareça que isso já é demasiado e que não seja possível, digo-lhe que os abusos seguiram aumentando, e tudo passou a coisas maiores. Cada vez que conhecia um sacerdote, se aproveitava de mim com renovados métodos, relíquias, santinhos, água benta, terços, bênçãos e orações de todo tipo, armavam um cerco com tremendos benefícios que chegaram ao limite do suportável.</p> <p>Quero deixar clara esta injustiça cheia de perversidade, e que atendam a minha reclamação nesta denúncia, por que sei que alguns deles estarão esperando-me para seguir com essa iniqüidade, sentado num confessionário ou ao lado de minha cama quando estiver moribundo, e, ainda que desapareça, seguirão com sufrágios pela minha alma e súplicas de misericórdia.</p> <p>Quero que se somem a minha voz todos aqueles que foram vítimas desses incidentes, e se sentiram ultrajados por estas pessoas, pois sei que a outros os uniram em matrimônio, a outros lhes descobriram a vocação, a outros até chegaram a ajudar-lhes materialmente ou guardaram com chave em seu coração, para sempre, segredos tremendos de suas misérias humanas.</p> <p>Cuidemos seriamente para não termos trato com eles. Não demos a eles nossos dados. Não os olhemos nos olhos, não os consultemos absolutamente para nada. Não sigamos nenhum de seus passos, pois corremos o risco de um dia cair em suas armadilhas e salvar-nos eternamente”.</p> <p>Autor: Gustavo Caro</p>Apologetahttp://www.blogger.com/profile/10455542299880284070noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19933465.post-31743069321939629122010-05-18T10:46:00.002-04:002010-05-18T10:49:29.048-04:00Missa Tradicional pela internetPara aqueles que, como eu, não têm acesso frequente a Missa tradicional em latim, a Paróquia Cristo Rei em Sarasota-EUA(FSSP) agora transmite as missas diárias e dominicais por este site: <a href="http://livemass.net">LiveMass.net</a>.<br /><span style="font-size:78%;">Fonte: RorateCaeli.blogspot.com</span>Apologetahttp://www.blogger.com/profile/10455542299880284070noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19933465.post-72363983562069658862010-05-14T22:13:00.004-04:002010-05-14T22:18:25.800-04:00Inédito: a lista dos cientistas queimados pela Inquisição!<span style="font-size:78%;"><a href="http://www.gazetadopovo.com.br/blog/tubodeensaio?id=1003022" class="titblog">Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/blog/tubodeensaio/?id=1003022</a></span><br /><br /><span style="font-size:85%;">Coincidências da vida: justamente no dia em que eu me vejo aprovando comentários do tipo "A igreja católica por muito tempo manteve para si o conhecimento gerado por inúmeros cientistas, astrônomos, físicos, químicos que discordavam das teses e tentavam demonstrar cientificamente o que hoje sabemos que é fato. Alguns deles queimaram nas fogueiras da inquisição", e também "no auge do seu poder a igreja católica estagnou qualquer conhecimento científico, inclusive condenando muitos à fogueira por isso", meu porteiro me avisa que havia um pacote para mim. Era do meu informante no Vaticano, que havia finalmente conseguido <strong>a lista completa de todos os cientistas que a Igreja matou por causa de suas pesquisas</strong>. Material inédito, jamais publicado na internet. Nitroglicerina pura.</span><p></p><p><span style="font-size:85%;">Então, sem mais delongas. Segue, em ordem cronológica de incineração, o nome do cientista, data e local da execução, e a teoria científica pela qual o sujeito pagou com a vida:</span></p><p><span style="font-size:85%;"><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /></span> </p><p><span style="font-size:85%;">É isso aí, sem tirar nem pôr. Chocante, não?</span></p><p><span style="font-size:85%;">"Ah, e o Galileu?" Bom, ele não foi condenado à morte pela Inquisição, morreu velho, de causas naturais. "E o Giordano Bruno?" Bom, esse realmente foi queimado na fogueira, mas não por suas teorias científicas (aliás, na época dele boa parte das tais afirmações "científicas" eram basicamente Filosofia, e não ciência experimental), e sim por suas afirmações no campo da fé, como qualquer um que tenha lido o capítulo 7 de <i>Galileo goes to jail and other myths on science and religion</i> sabe.</span></p><p><span style="font-size:85%;"><br /></span></p>Apologetahttp://www.blogger.com/profile/10455542299880284070noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-19933465.post-82439535125532936972010-05-14T13:47:00.003-04:002010-05-14T14:01:17.106-04:00Jovem marroquino queria matar o Papa<p style="font-weight: bold;"><span style="font-size:85%;"><span id="ctl00_ctl00_bcr_maincontent_ThisContent"><span id="NewsSummaryContent">Um estudante marroquino, expulso de Itália a 29 de Abril com um compatriota, queria matar o Papa Bento XVI, afirma a revista Panorama na sua edição a publicar na sexta-feira.</span></span></span></p><p><span style="font-size:85%;">Mohammed Hlal, 27 anos, estudante de comunicação internacional e Ahmed Errahmouni, 22 anos, estudantes de física e de matemáticas, viviam em Perugia, centro de Itália, e foram expulsos no âmbito da "prevenção de terrorismo" dado que representavam "uma ameaça para a segurança do Estado", segundo o decreto de expulsão do ministro do Interior, Roberto Maroni. <span style="font-weight: bold; color: rgb(153, 0, 0);">[</span><span style="font-weight: bold; color: rgb(153, 0, 0);font-size:78%;" >Editor: Ocasionalmente estudavam na mesma Universidade para Estrangeiros de Perugia, onde estudou tambem um certo Ali Agca]</span><br /></span></p><p><span style="font-size:85%;">A Panorama, que pertence ao grupo de comunicação da família do primeiro ministro italiano, Silvio Berlusconi, afirma na sua edição desta semana que Mohammed Hlal queria matar o Papa, de acordo com escutas telefónicas efectuadas pela polícia antiterrorista italiana.</span></p><p><span style="font-size:85%;">"Hlal manifestava o desejo de ver morrer o Chefe de Estado do Vaticano e dizia estar pronto para o assassinar para ter a garantia de ir para o paraíso", refere o decreto de expulsão assinado pelo ministro e citado pela publicação.</span></p><p><span style="font-size:85%;">Os dois estudantes foram expulsos a 29 de Abril e seguiram num voo direto de Roma para Casablanca.</span></p><p><span style="font-size:85%;">Fonte: <a href="http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1569335&seccao=Europa">http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1569335&seccao=Europa</a></span></p><p><span style="font-size:85%;"><span style="font-size:78%;">PS.: Vou protelar qualquer comentário sobre Fátima, coisas pequenas mas muito significativas aconteceram por lá, mas há muita poeira no ar, talvez por culpa do vulcão Eyjafjallajökull, de qualquer forma, se ou quando puder ver melhor comento algo aqui.</span><br /></span></p>Apologetahttp://www.blogger.com/profile/10455542299880284070noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19933465.post-10569040103962714182009-10-25T17:16:00.002-04:002009-10-25T17:17:20.235-04:00Vivas ao Papa da Unidade dos CristãosVivas a Bento XVIApologetahttp://www.blogger.com/profile/10455542299880284070noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-19933465.post-78117692858327997552009-09-23T12:28:00.031-04:002009-09-23T13:31:11.736-04:00Denuncia de Irregularidades nas Missas de DouradosExcelentíssimo e Reverendíssimo Dom Redovino Rizzardo,<br />Com diversas cópias.<br /><br />Há pouco mais de 2 anos li seu artigo, "De novo a missa em Latim?", que teve amplo alcance na internet. Este artigo causou a mim, que sou um "fiel ligado a movimentos tradicionalistas com problemas de consciência em participar de celebrações eucarísticas mais vivas e espontâneas, como se começou a fazer a partir do Concílio Vaticano II" como V.E.R. nos descreve no artigo, um grande desconforto, pois, sendo um dos primeiros bispos a manifestar-se publicamente sobre o M.P. Summorum Pontificum, o artigo dava o tom para os demais bispos, não apenas do Brasil. Isto despertou minha atenção sobre a sua pessoa e também sobre a sua diocese, os quais venho acompanhando através da internet.<br /><br />Neste interesse, li vários de seus artigos, até deparar-me com um que se referia novamente à missa segundo seu rito extraordinário: "Missa nordestina, gaúcha e romana", onde V.E.R. defende não apenas a inculturação mas as missas encenadas, fabricadas ou missas teatrais, como o caso das missas nordestina e gaúcha. Tomei conhecimento de uma carta aberta onde este mesmo artigo era questionado, infelizmente não encontrei resposta sua a esta carta.<br /><br />Agora, recentemente encontrei um site de sua diocese, de uma fundação chamada Terceiro Milênio, nele pude acompanhar vários acontecimentos que demonstram o resultado direto do apoio a estas celebrações teatrais, onde se abandonam as normas para ganhar em popularidade, resultado que vou listar detalhadamente, com negritos e sublinhados meus:<br /><br /><span style="font-weight: bold;">1º - Os Vasos Sagrados </span><br /><br />Instrução Redemptionis Sacramentum [117]: Os vasos sagrados, que estão destinados a receber o Corpo e a Sangue do Senhor, devem-se ser fabricados, <span style="font-weight: bold;">estritamente</span>, conforme as normas da tradição e dos livros litúrgicos.[205] As Conferências de Bispos tenham capacidade de decidir, com a aprovação da Sé apostólica, se é oportuno que os vasos sagrados também sejam elaborados com<span style="font-weight: bold;"> outros materiais sólidos</span>. Sem dúvida, <span style="font-weight: bold;">requer-se estritamente</span> que este material, de acordo com a comum valorização de cada região, seja <span style="font-weight: bold;">verdadeiramente nobre</span>, de maneira que, com seu uso, tribute-se honra ao Senhor e se evite absolutamente o perigo de enfraquecer, aos olhos dos fiéis, a doutrina da presença real de Cristo nas espécies eucarísticas. Portanto, <span style="font-weight: bold;">reprove-se qualquer uso, para a celebração da Missa, de vasos comuns ou de escasso valor</span>, no que se refere à qualidade, ou carentes de todo valor artístico, ou <span style="font-weight: bold;">simples recipientes, ou outros vasos de cristal, argila, porcelana e outros materiais que se quebram facilmente</span>. Isto vale também para os metais e outros materiais, que se corroem (oxidam) facilmente.<br /><br /><div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEif8GH0FR9ktzSAiMxhOCAP5vmy44mkmMuwL4Pu6aAD6jvn-zdc18kL9NQ3FpF9SQkO0OrLxy4ggQKQMtWgat5UE9Z2yF1T7S7geH8U6yO4P8b9qgqVXlEsJuIgHGZ1eRlB2ADlRg/s1600-h/image001.png"><img style="cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEif8GH0FR9ktzSAiMxhOCAP5vmy44mkmMuwL4Pu6aAD6jvn-zdc18kL9NQ3FpF9SQkO0OrLxy4ggQKQMtWgat5UE9Z2yF1T7S7geH8U6yO4P8b9qgqVXlEsJuIgHGZ1eRlB2ADlRg/s400/image001.png" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5384707872937643330" border="0" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1PmMnXcxlDXvSH0ZRZDBtkJXRZe6u-NlzDciwyD5P4Gg089VW9LedOcakkEmGFVNSSAlfpX_Tzze0kcrdVV-znAPG04LCRqUdFgmSSE9JAOuMPZU8OXyySiCfdpq3thOr0NuE_g/s1600-h/image003.png"><img style="cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1PmMnXcxlDXvSH0ZRZDBtkJXRZe6u-NlzDciwyD5P4Gg089VW9LedOcakkEmGFVNSSAlfpX_Tzze0kcrdVV-znAPG04LCRqUdFgmSSE9JAOuMPZU8OXyySiCfdpq3thOr0NuE_g/s400/image003.png" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5384708021377798050" border="0" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEol-vaMR25CQJwnYX48fQDqnu03pLyAKaChgAkvnTYatmi-HkvoQUWGmrBmzjMXaOHJgb45RN0AaKb6G1sUcCXJp4YGnDy19M-dI8H5eEJ6YGdnVGr8OP_wjz3ulq47j3lDbDCA/s1600-h/image005.png"><img style="cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEol-vaMR25CQJwnYX48fQDqnu03pLyAKaChgAkvnTYatmi-HkvoQUWGmrBmzjMXaOHJgb45RN0AaKb6G1sUcCXJp4YGnDy19M-dI8H5eEJ6YGdnVGr8OP_wjz3ulq47j3lDbDCA/s400/image005.png" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5384708159147135058" border="0" /></a><br /><span style="font-size:78%;">Cálice de Vidro ou cristal<br />Maracaju – Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Pe. Flávio Alencar</span><br /><span style="font-size:78%;">Fonte: <a href="http://www.terceiromilenio.org/album.php?album=evento213">http://www.terceiromilenio.org/album.php?album=evento213</a></span><br /></div><br /><div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9hJTkQb8BAr_Zi7k5yMQmBrlcFdB7UEN6x3aOLbFGWrjfdIC0JV10GztADw03QeMKLBX550L_-kvA4Ghy9PoQOOqFgf4IBkYh5epBRnXIWp0WkEbtOb2FpvDjr__9d62xmXGTpQ/s1600-h/image007.png"><img style="cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9hJTkQb8BAr_Zi7k5yMQmBrlcFdB7UEN6x3aOLbFGWrjfdIC0JV10GztADw03QeMKLBX550L_-kvA4Ghy9PoQOOqFgf4IBkYh5epBRnXIWp0WkEbtOb2FpvDjr__9d62xmXGTpQ/s400/image007.png" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5384708544836548418" border="0" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJCIHJsIOXYldbwIKfN5niy0ZROogr5wn5VVDDwCOrX-FYdZ8h_USpizR16huUAXfIqOfhEn71KmYspUvYnsRgRJ2LrCA84JgdMIM3qiOouzWU8MuI4CZJMZEGW7EeWEqMRL0Jhw/s1600-h/image009.png"><img style="cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJCIHJsIOXYldbwIKfN5niy0ZROogr5wn5VVDDwCOrX-FYdZ8h_USpizR16huUAXfIqOfhEn71KmYspUvYnsRgRJ2LrCA84JgdMIM3qiOouzWU8MuI4CZJMZEGW7EeWEqMRL0Jhw/s400/image009.png" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5384708823213857922" border="0" /></a><br /><span style="font-size:78%;">Vasos de plástico ou argila - Dourados<br />Paróquia São Carlos – Missa Caipira – Pe. Junior César Caetano</span><br /><span style="font-size:78%;">Fonte:<a href="http://www.terceiromilenio.org/album.php?album=evento215"> http://www.terceiromilenio.org/album.php?album=evento215</a></span><br /></div><br /><div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiveClDFQQwDnB3Tt1Faxe68zSeGtg41SGWwZlOzcMM1S36sX1uwzz6z1L2szkQ5fDl_R4mpkBWBOpGY_NFc61lHZoAwMgcppUDRHBZo_TiD0Hagquqwg0D4kkhOrxlBYwYD2BWAA/s1600-h/image011.png"><img style="cursor: pointer; width: 400px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiveClDFQQwDnB3Tt1Faxe68zSeGtg41SGWwZlOzcMM1S36sX1uwzz6z1L2szkQ5fDl_R4mpkBWBOpGY_NFc61lHZoAwMgcppUDRHBZo_TiD0Hagquqwg0D4kkhOrxlBYwYD2BWAA/s400/image011.png" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5384709204824006466" border="0" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4Oc4hBZL7I0XgTMvuM7QqgG0U7n6ZfBf-42IYPyx3O6CP7M0WrU2DbR6kH6bZg6dU6raHBQZGaL3Yhb3E7KBbXI_5IAkR7D8Wgs7v_tJr3WJZwzNbq5606N2DWUKjCJEil_JT7A/s1600-h/image013.jpg"><img style="cursor: pointer; width: 400px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4Oc4hBZL7I0XgTMvuM7QqgG0U7n6ZfBf-42IYPyx3O6CP7M0WrU2DbR6kH6bZg6dU6raHBQZGaL3Yhb3E7KBbXI_5IAkR7D8Wgs7v_tJr3WJZwzNbq5606N2DWUKjCJEil_JT7A/s400/image013.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5384709426662827794" border="0" /></a><br /><span style="font-size:78%;">Não bastasse os vasos de vidro ou cristal<br />Dourados – Praça Paraguaia – Pe. Teodoro Benites</span><br /><span style="font-size:78%;">Fonte: <a href="http://www.terceiromilenio.org/album.php?album=evento339">http://www.terceiromilenio.org/album.php?album=evento339</a></span><br /></div><br /><div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqwLC6RGIQzimlalQ4iA959jUMyFHenyX2vp0OpGLxSAr5P_th-Zw4ivir0Qjkr5tzFxar46ctPKjR0hU5Lhk7e2Y7U8WyOPvfrZ7kPZ3ubOoJkxaNV2iuW7dL2l_T-52qmcKtgw/s1600-h/image015.jpg"><img style="cursor: pointer; width: 400px; height: 266px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqwLC6RGIQzimlalQ4iA959jUMyFHenyX2vp0OpGLxSAr5P_th-Zw4ivir0Qjkr5tzFxar46ctPKjR0hU5Lhk7e2Y7U8WyOPvfrZ7kPZ3ubOoJkxaNV2iuW7dL2l_T-52qmcKtgw/s400/image015.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5384709936387993682" border="0" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4u3UG2m2HVlji9_pvHuPtVuOnW6siwta2YnsP5tYYKavRInx4egkGXR2Z-A00izfwQWrvLieLAaDUej8JMnUjMvP_YrGY7g6RK-zIgP9m6znOge8mOhUuhDogPmxQxPVFvNXsVw/s1600-h/image016.jpg"><img style="cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4u3UG2m2HVlji9_pvHuPtVuOnW6siwta2YnsP5tYYKavRInx4egkGXR2Z-A00izfwQWrvLieLAaDUej8JMnUjMvP_YrGY7g6RK-zIgP9m6znOge8mOhUuhDogPmxQxPVFvNXsVw/s400/image016.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5384710196547445298" border="0" /></a><br /><span style="font-size:78%;"><span style="font-weight: bold;">Cálice feito com uma pata de boi</span><br />Dourados – CTG - Missa Crioula – Pe. Duvilío Antonini</span><br /><span style="font-size:78%;">Fonte: <a href="http://www.douradosagora.com.br/not-view.php?not_id=263530">http://www.douradosagora.com.br/not-view.php?not_id=263530</a></span><br /></div><br /><span style="font-weight: bold;">2º As Vestes Litúrgicas </span><br /><br />Instrução Redemptionis Sacramentum [121-128]: "... estas «vestes devem contribuir ao decoro da mesma ação sagrada»., ... «A vestimenta própria do sacerdote celebrante, na Missa e em outras ações sagradas que diretamente se relacionam com ela, é a casula ou planeta, caso não se indique outra coisa, vestida sobre a alva e a estola»..., .... Seja reprovado o abuso de que os sagrados ministros realizem a santa Missa, inclusive com a participação de só um assistente, sem usar as vestes sagradas ou só com a estola sobre a roupa monástica, ou o hábito comum dos religiosos, ou a roupa comum..., ... Os Ordinários cuidem de que este tipo de abusos sejam corrigidos rapidamente...., é<span style="font-weight: bold;"> impróprio estendê-las[as concessões] às inovações,</span> para que assim não se percam os costumes transmitidos e o sentido de que estas normas da tradição não sofram menosprezo, <span style="font-weight: bold;">pelo uso de formas e cores de acordo com a inclinação de cada um.</span> Quando seja um dia festivo, os ornamentos sagrados de cor dourado ou prateado podem substituir os de outras cores, exceto os de cor preta.<br /><br /><div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeXPHCrnPXTXzwI5kapQH35bW7Hy-KIWk1WDhI27jYDKD_Eb-8SWTVtLRHcKtuuAV7F4fdVdJ2y0_HL1BbMcPwmIMwpTy8EWl6pcXHOvYSeKktqlppxTSYFIM0JELNm06kN5NNrA/s1600-h/image018.jpg"><img style="cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeXPHCrnPXTXzwI5kapQH35bW7Hy-KIWk1WDhI27jYDKD_Eb-8SWTVtLRHcKtuuAV7F4fdVdJ2y0_HL1BbMcPwmIMwpTy8EWl6pcXHOvYSeKktqlppxTSYFIM0JELNm06kN5NNrA/s400/image018.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5384713374471371906" border="0" /></a><br /><span style="font-size:78%;">Estolas de pano de cozinha - Dourados<br />Paróquia São Carlos – Missa Caipira – Pe. Junior César Caetano</span><br /><span style="font-size:78%;">Fonte: <a href="http://www.terceiromilenio.org/album.php?album=evento215">http://www.terceiromilenio.org/album.php?album=evento215</a></span><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqWtFQ7vCPe5_QP1AH9hCXIHvlNMMD4nNMAoi0x91cQuxm08u_L23ozFJCoEVRtdo3hTcwL6TEWUklm4ijcr_TwWnWWRNUlmrd0wtT7sxBcd5POUI4bIrCVSy97YkOfdnPampcZQ/s1600-h/image013.jpg"><img style="cursor: pointer; width: 400px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqWtFQ7vCPe5_QP1AH9hCXIHvlNMMD4nNMAoi0x91cQuxm08u_L23ozFJCoEVRtdo3hTcwL6TEWUklm4ijcr_TwWnWWRNUlmrd0wtT7sxBcd5POUI4bIrCVSy97YkOfdnPampcZQ/s400/image013.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5384713709938136210" border="0" /></a><br /><span style="font-size:78%;">No lugar da estola uma faixa de cingir a cintura<br />Dourados – Praça Paraguaia – Pe. Teodoro Benites</span><br /><span style="font-size:78%;">Fonte: http://www.terceiromilenio.org/album.php?album=evento339</span><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqwLC6RGIQzimlalQ4iA959jUMyFHenyX2vp0OpGLxSAr5P_th-Zw4ivir0Qjkr5tzFxar46ctPKjR0hU5Lhk7e2Y7U8WyOPvfrZ7kPZ3ubOoJkxaNV2iuW7dL2l_T-52qmcKtgw/s1600-h/image015.jpg"><img style="cursor: pointer; width: 400px; height: 266px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqwLC6RGIQzimlalQ4iA959jUMyFHenyX2vp0OpGLxSAr5P_th-Zw4ivir0Qjkr5tzFxar46ctPKjR0hU5Lhk7e2Y7U8WyOPvfrZ7kPZ3ubOoJkxaNV2iuW7dL2l_T-52qmcKtgw/s400/image015.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5384709936387993682" border="0" /></a><br /><span style="font-size:78%;">Em lugar da estola um lenço, em lugar da casula um poncho<br />Dourados – CTG - Missa Crioula – Pe. Duvilío Antonini</span><br /><span style="font-size:78%;">Fonte: <a href="http://www.douradosagora.com.br/not-view.php?not_id=263530">http://www.douradosagora.com.br/not-view.php?not_id=263530</a></span><br /></div><br /><span style="font-weight: bold;">3º Dos Locais </span><br /><br />Instrução Redemptionis Sacramentum [108]: «<span style="font-weight: bold;">A celebração eucarística se tem de fazer em lugar sagrado</span>, a não ser que, em um caso particular, a <span style="font-weight: bold;">necessidade </span>exija outra coisa; neste caso, a celebração deve se realizar em um lugar digno». <span style="font-weight: bold;">Da necessidade do caso julgará, habitualmente, o Bispo diocesano para sua diocese</span>.<br /><br />Veja Dom Redovino, que as imagens acima demonstram várias destas missas celebradas em locais inadequados, segundo a <span style="font-weight: bold;">oportunidade</span>, e não a <span style="font-weight: bold;">necessidade</span>. Ou ocorrem desobedecendo a instrução e ao Código de Direito Canonico, ou então com a anuência de S.E.R., o bispo Diocesano.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">4º Das Ceias e Festas </span><br /><br />Instrução Redemptionis Sacramentum [77]: A celebração da santa Missa,<span style="font-weight: bold;"> de nenhum modo</span>, pode ser inserida como <span style="font-weight: bold;">parte integrante de uma ceia comum, nem se unir com qualquer tipo de banquete</span>. <span style="font-weight: bold;">Não se celebre a Missa</span>, a não ser por grave necessidade, <span style="font-weight: bold;">sobre uma mesa de refeição</span>, ou <span style="font-weight: bold;">num refeitório</span>, ou num <span style="font-weight: bold;">lugar que será utilizado para uma festa</span>, <span style="font-weight: bold;">nem em qualquer sala onde hajam alimentos</span>, nem os participantes na Missa se sentem à mesa, durante a celebração. Se, por uma grave necessidade, deva-se celebrar a Missa no mesmo lugar onde depois será a refeição, deve-se mediar um espaço suficiente de tempo entre a conclusão da Missa e o início da refeição, <span style="font-weight: bold;">sem que se exibam aos fiéis, durante a celebração da Missa, alimentos ordinários</span>.<br /><br /><div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4u3UG2m2HVlji9_pvHuPtVuOnW6siwta2YnsP5tYYKavRInx4egkGXR2Z-A00izfwQWrvLieLAaDUej8JMnUjMvP_YrGY7g6RK-zIgP9m6znOge8mOhUuhDogPmxQxPVFvNXsVw/s1600-h/image016.jpg"><img style="cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4u3UG2m2HVlji9_pvHuPtVuOnW6siwta2YnsP5tYYKavRInx4egkGXR2Z-A00izfwQWrvLieLAaDUej8JMnUjMvP_YrGY7g6RK-zIgP9m6znOge8mOhUuhDogPmxQxPVFvNXsVw/s400/image016.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5384710196547445298" border="0" /></a><br /><span style="font-size:78%;">Há no altar pão comum, um pote plástico, e um vidro de Remédio</span><br /><span style="font-size:78%;">Dourados – CTG - Missa Crioula – Pe. Duvilío Antonini</span><br /><span style="font-size:78%;">Fonte: <a href="http://www.douradosagora.com.br/not-view.php?not_id=263530">http://www.douradosagora.com.br/not-view.php?not_id=263530</a></span><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiveClDFQQwDnB3Tt1Faxe68zSeGtg41SGWwZlOzcMM1S36sX1uwzz6z1L2szkQ5fDl_R4mpkBWBOpGY_NFc61lHZoAwMgcppUDRHBZo_TiD0Hagquqwg0D4kkhOrxlBYwYD2BWAA/s1600-h/image011.png"><img style="cursor: pointer; width: 400px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiveClDFQQwDnB3Tt1Faxe68zSeGtg41SGWwZlOzcMM1S36sX1uwzz6z1L2szkQ5fDl_R4mpkBWBOpGY_NFc61lHZoAwMgcppUDRHBZo_TiD0Hagquqwg0D4kkhOrxlBYwYD2BWAA/s400/image011.png" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5384709204824006466" border="0" /></a><br /><span style="font-size:78%;">Biscoitos e tereré<br />Dourados – Praça Paraguaia – Pe. Teodoro Benites</span><br /><span style="font-size:78%;">Fonte: <a href="http://www.terceiromilenio.org/album.php?album=evento339">http://www.terceiromilenio.org/album.php?album=evento339</a></span><br /></div><br /><div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxduVYBqAiaG7OO0EU1kjQLTZpiMbZrs-bf1BsdEDxHpngyPcv4cpEagrSpMtEmy82ZwC6anaIWOMHCE5vYjV1U6UooFlVTgREgbiAupE12oG5vfLWWQRf5CwZ1zCa8-UqMkQR6A/s1600-h/image019.jpg"><img style="cursor: pointer; width: 400px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxduVYBqAiaG7OO0EU1kjQLTZpiMbZrs-bf1BsdEDxHpngyPcv4cpEagrSpMtEmy82ZwC6anaIWOMHCE5vYjV1U6UooFlVTgREgbiAupE12oG5vfLWWQRf5CwZ1zCa8-UqMkQR6A/s400/image019.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5384715413251991042" border="0" /></a><br /></div>Gostaria de perguntar a V.E.R., se não se deve exibir durante a celebração alimentos ordinários, o que está tentando ensinar ao povo Pe. Teodoro Benites na imagem acima?<br /><br /><div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4Oc4hBZL7I0XgTMvuM7QqgG0U7n6ZfBf-42IYPyx3O6CP7M0WrU2DbR6kH6bZg6dU6raHBQZGaL3Yhb3E7KBbXI_5IAkR7D8Wgs7v_tJr3WJZwzNbq5606N2DWUKjCJEil_JT7A/s1600-h/image013.jpg"><img style="cursor: pointer; width: 400px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4Oc4hBZL7I0XgTMvuM7QqgG0U7n6ZfBf-42IYPyx3O6CP7M0WrU2DbR6kH6bZg6dU6raHBQZGaL3Yhb3E7KBbXI_5IAkR7D8Wgs7v_tJr3WJZwzNbq5606N2DWUKjCJEil_JT7A/s400/image013.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5384709426662827794" border="0" /></a><br /></div>E à propósito da imagem acima, o que pensará o povo vendo esta "concelebração"?<br /><br />Caro Dom Redovino Rizzardo, pelo pouco que pude observar posso afirmar que não é um caso isolado de desobediência, não está restrito a uma paróquia, nem mesmo a uma cidade, pelo contrário, apesar de alguns sacerdotes estarem presentes em todos os itens aqui citados, a desobediência as normas litúrgicas ocorrem normalmente e amplamente em sua diocese.<br /><br />Aparentemente estas ocorrências multiplicaram-se após sua anuência as missas teatrais. Digo teatrais, porque tenho certeza que nenhuma destas missas alegóricas fez parte do costume ou da tradição de nenhum dos povos por elas referidos, sejam os gaúchos, os paraguaios ou os nordestinos.<br /><br />Venho lembrar-lhe que ao bispo cabe o múnus de ensinar, santificar e governar, e com pesar lhe digo, daqui de longe sua diocese demonstra que não conhece as normas litúrgicas ou não dá a elas nenhuma importância, não posso ver em tantos sacrilégios santificação alguma, parece, daqui de onde vejo, que sua diocese está desgovernada, onde cada um faz o que lhe dá na telha.<br /><br />Resta saber se esta aparência representa a verdade ou ocorre a vossa revelia, e isto saberemos brevemente, pois agora que tenho certeza que V.E.R. tomou conhecimento dos abusos, suas ações demonstrarão sua posição real frente aos mesmos. <br /><br />Despeço-me rogando a V.E.R. uma imediata intervenção para que cessem os abusos e sacrilégios,<br /><br />Na Festa de São Lino, em 23 de Setembro de 2009<br />Fernando M. AzevedoApologetahttp://www.blogger.com/profile/10455542299880284070noreply@blogger.com16tag:blogger.com,1999:blog-19933465.post-76519512163936263992009-04-02T21:58:00.000-04:002009-04-02T22:00:22.877-04:00Introibo ad altare Dei<p style="text-align: left; font-family: lucida grande;"><span style="font-size:78%;">Fonte: <a href="http://januacoeli.wordpress.com/2009/04/02/introibo-ad-altare-dei/">http://januacoeli.wordpress.com/2009/04/02/introibo-ad-altare-dei/</a></span></p><p style="text-align: center; font-family: lucida grande;"><img title="missa-pos-guerra" src="http://januacoeli.files.wordpress.com/2009/04/missa-pos-guerra.jpg?w=500&h=365" alt="missa-pos-guerra" width="500" height="365" /></p> <p style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0); font-family: lucida grande;">Não sei exatamente onde e quando foi tirada esta foto; talvez seja até muito famosa e eu não a conheça. O amigo que me enviou, disse-me que foi uma missa celebrada em uma igreja destruída na Segunda Guerra Mundial, logo após o fim da guerra. Gosto sobremaneira dela: dá pra ver os escombros e, mesmo assim, quase dá para sentir o quanto as pessoas estão compenetradas no serviço litúrgico. O templo está em ruínas; mas a Santa Missa é celebrada com toda a dignidade, como se estivesse sendo celebrada na mais imponente igreja da Europa. O templo está destruído, mas a Fé está viva: a Fé sobreviveu à Guerra, sobreviveu aos bombardeios, sobreviveu à destruição. Após o fim da Guerra, volta-se a celebrar a Santa Missa; o sacerdote mais uma vez se paramenta, os assistentes mais uma vez se preparam, os degraus do altar são mais uma vez subidos, o Sacrifício de Cristo mais uma vez se faz presente.</p> <p style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0); font-family: lucida grande;">E gosto de olhar para esta foto e pensar que… Deus não nos abandona jamais. O templo físico pode estar destruído, mas basta um sacerdote para que, lá, aconteça o maior milagre da Graça, para que Deus Se faça real e substancialmente presente. Mesmo em meio aos escombros. Mesmo quando tudo está destruído, é possível subir ao altar de Deus, que é a nossa alegria - <strong>introibo ad altare Dei / ad Deum qui laetificat iuventutem meam</strong>. Mesmo em meio ao pó e às ruínas, é possível cantar os louvores do Altíssimo - <strong>confitebor tibi in cithara, Deus, Deus meus</strong>. Mesmo quando não temos mais nada, é-nos possível esperar em Deus - <strong>spera in Deo, quoniam adhuc confitebor illi</strong>.</p> <p style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0); font-family: lucida grande;">E, ao mesmo tempo, é triste olhar para esta foto e imaginar que, se fosse nos dias de hoje… quem iria oferecer a Santa Missa nestas condições? Em uma igreja em ruínas, após a guerra, sem luz elétrica, [aparentemente] sem povo… em quantas almas católicas encontraríamos hoje o zelo pelas coisas de Deus demonstrado por estes cinco homens numa fotografia em branco e preto? E, no entanto, isto é tão importante, pois é para isso que os sacerdotes são ordenados…!</p> <p style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0); font-family: lucida grande;">Nos escombros de uma igreja, sozinho, o sacerdote se mantém firme porque sabe que está diante de Deus. Sabe que é à Trindade Santa que ele está ofertando o Sacrifício do Corpo e Sangue do Senhor. Sabe que o ritual por ele desempenhado tem valor infinito, e Deus é digno de ser infinitamente adorado. Sabe que toda a Igreja está com ele; que a Santa Missa transcende o tempo e o espaço e o coloca diante do Trono Eterno do Altíssimo. Sabe tudo isso e, por isso, porta-se como convém. Mesmo numa igreja em ruínas.</p> <p style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0); font-family: lucida grande;">Será pedir muito encontrar este zelo nos sacerdotes dos nossos dias? Será sonhar muito alto querer que os ministros do Deus Altíssimo sejam ciosos das coisas sagradas, inflamados de um santo desejo da glória de Deus e da salvação das almas? Rezemos ao Senhor da Messe, para que nos mande bons trabalhadores. E elevemos os olhos para os Céus, de onde nos virá o nosso socorro. Esperemos em Deus. Nunca nos esqueçamos dessa verdade tantas vezes repetidas na Liturgia da Santa Igreja: <strong>adjutorium nostrum in nomine Domini / qui fecit coelum et terram</strong>.</p>Apologetahttp://www.blogger.com/profile/10455542299880284070noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-19933465.post-749815022616183362009-04-01T20:58:00.004-04:002009-04-01T21:04:12.969-04:00Bispo Fellay Nomeado novo Arcebispo de Saint Louis<h3 class="post-title entry-title"><span style="font-weight: normal;font-size:78%;" >Fonte: <a rel="nofollow" target="_blank" href="http://stlouiscatholic.blogspot.com/2009/04/breaking-news-sspx-bishop-fellay-named.html">http://stlouiscatholic.blogspot.com/2009/04/breaking-news-sspx-bishop-fellay-named.html</a></span><br /></h3><div class="post-body entry-content"> <a rel="nofollow" target="_blank" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifl8MJVkpX8SsIHtaJm63oZgHSBSeq-LpMQmPo2pRJkFwSOgoO6pjLQQKNzt2C0K4pPjDOqgCqpspKZ_5WB3jlF30tY1TZOhEZLwmpuYhhpAIwN2i7z995ZX3NL9QHV2MHtxGNMg/s1600-h/fellay+3.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5319756416668334418" style="margin: 0px 10px 10px 0px; float: left; width: 170px; height: 320px;" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifl8MJVkpX8SsIHtaJm63oZgHSBSeq-LpMQmPo2pRJkFwSOgoO6pjLQQKNzt2C0K4pPjDOqgCqpspKZ_5WB3jlF30tY1TZOhEZLwmpuYhhpAIwN2i7z995ZX3NL9QHV2MHtxGNMg/s320/fellay+3.jpg" border="0" /></a><span><span class="google-src-text" style="direction: ltr; text-align: left;"><span style="font-size:130%;"></span></span><span style="font-size:130%;">Em uma jogada ousada e surpreendente, a Santa Sé anunciou hoje que Sua Excelência Bernard Fellay, Superior Geral da Fraternidade Sacerdotal São</span> <span style="font-size:130%;">Pio X, foi nomeado como novo Arcebispo de Saint Louis.</span></span><div> </div><div><span style="font-size:130%;"></span></div><br /><div> <span><span class="google-src-text" style="direction: ltr; text-align: left;"><span style="font-size:130%;"></span></span><span style="font-size:130%;">Esta entrevista foi acompanhada por um decreto da Congregação para os Bispos que proporciona uma imediata mas temporária competência para padres e bispos da F</span></span><span><span style="font-size:130%;">SSPX </span></span><span><span style="font-size:130%;">em todo o mundo.</span></span> <span><span class="google-src-text" style="direction: ltr; text-align: left;"><span style="font-size:130%;"></span></span><span style="font-size:130%;">Esta competência envolve a elevação temporária da FSSPX a uma Prelazia pessoal, mas essa estrutura é concedida apenas durante 2 anos, sujeita a revisão.</span></span> </div><br /><div><span style="font-size:130%;"></span></div><div><span><span class="google-src-text" style="direction: ltr; text-align: left;"><span style="font-size:130%;"></span></span> <span style="font-size:130%;">(O link para o anúncio no site da </span><span style="font-size:130%;">Santa Sé foi removido, acho que devido ao tráfego, mas vou reposta-lo assim que tornar-se dísponível).</span></span> </div><div><span style="font-size:130%;"></span></div><br /><div> <span><span class="google-src-text" style="direction: ltr; text-align: left;"><span style="font-size:130%;"></span></span><span style="font-size:130%;">Uma conferência de imprensa terá lugar amanhã na Arquidiocese de CHANCERY às 3h.</span></span> <span><span class="google-src-text" style="direction: ltr; text-align: left;"><span style="font-size:130%;"></span></span><span style="font-size:130%;">O orgão de imprensa da FSSPX, DICI, postou a seguinte declaração do Arcebispo-eleito Fellay:</span></span> </div><br /><div><span style="font-size:130%;"></span></div><div style="font-family:lucida grande;"><span><em><span style="font-size:130%;">Estou grato ao Santo Padre por esta nomeação, a confiança que ela representa,</span></em><em><span style="font-size:130%;"> bem como o reconhecimento da tradição que ela necessariamente implica.</span></em></span><br /><span><span class="google-src-text" style="direction: ltr; text-align: left;"><em><span style="font-size:130%;"></span></em></span><em><span style="font-size:130%;">Este é o culminar de um longo caminho de oração e de sofrimento para muitos fiéis católicos.</span></em></span> <span><span class="google-src-text" style="direction: ltr; text-align: left;"><em><span style="font-size:130%;"></span></em></span><em><span style="font-size:130%;">Tenho também de agradecer ao meu antecessor imediato Arcebispo Burke, que lançou as bases para uma verdadeira restauração.</span></em></span> </div><br /><div style="font-family:lucida grande;"> <span style="font-size:130%;"><em></em></span> </div><div style="font-family:lucida grande;"><span><em><span style="font-size:130%;">Aguardo com expectativa a prática re-implementação da tradição católica, em St. Louis.</span></em></span><span><span class="google-src-text" style="direction: ltr; text-align: left;"><em><span style="font-size:130%;"></span></em></span> <em><span style="font-size:130%;">Exorto todos os meus amados filhos no sacerdócio para restabelecer a Missa antiga - também chamada "Extraordinário Forma" - nas suas freguesias, o mais rapidamente possível.</span></em></span> <span><span class="google-src-text" style="direction: ltr; text-align: left;"><em><span style="font-size:130%;">It is my intent to make the celebration of the traditional liturgy mandatory in every parish, allowing an indult for one Ordinary Form Mass per Sunday and Holy Day in order to facilitate the transition to the restoration of the timeless Mass for those who have become accustomed to the newer form.</span></em></span> <em><span style="font-size:130%;"><br />É minha intenção fazer a celebração da liturgia tradicional obrigatória em cada freguesia, permitindo um indulto para uma Missa na forma ordinária em cada Domingo e Dia Santo, a fim de facilitar a transição para o restabelecimento do Missa de sempre para aqueles que se encontram acostumados com a nova forma.</span></em></span> </div><div style="font-family:lucida grande;"> <span style="font-size:130%;"><em></em></span> </div><br /><div style="font-family:lucida grande;"><span><em><span style="font-size:130%;">São Pio X e St. Louis rogai por nós!</span></em></span><span><span class="google-src-text" style="direction: ltr; text-align: left;"><em><span style="font-size:130%;">.</span></em></span> <em><span style="font-size:130%;">Peço todos os católicos em St. Louis para que rezem por mim também.</span></em></span> </div><div style="font-family:lucida grande;"> <span style="font-size:130%;"><em></em></span> </div><br /><div style="font-family:lucida grande;"> <span><span class="google-src-text" style="direction: ltr; text-align: left;"><em><span style="font-size:130%;">+ Bernard Fellay</span></em></span> <em><span style="font-size:130%;"></span></em></span> </div><div style="font-family:lucida grande;"> <span><span class="google-src-text" style="direction: ltr; text-align: left;"><em><span style="font-size:130%;">Menzingen</span></em></span></span></div><div style="font-family:lucida grande;"><span> <em><span style="font-size:130%;">1º De abril de 2009</span></em></span> </div><br /><div><span style="font-size:130%;"></span></div><br /><div><span style="font-size:130%;"></span></div><div style="color: rgb(255, 255, 255); background-color: rgb(133, 90, 64); font-weight: bold;"><span style="font-size:130%;"><span><span style="font-size:130%;"><br /> Feliz Primeiro de Abril</span><span style="font-size:130%;">!<br /><br /></span></span></span> </div></div>Apologetahttp://www.blogger.com/profile/10455542299880284070noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-19933465.post-44190431754365911012009-03-26T22:52:00.005-04:002009-03-26T23:11:46.250-04:00Declarações Papais Geram Novo Escândalo<div style="text-align: justify;">Hoje ao retornar a Roma, em uma bela tarde ensolarada, o Papa teria comentado a um jornalista: "<span style="font-weight: bold;">Hoje o dia está bom!</span>".<br /><br />Estas observações levantaram imediatamente ao redor do mundo um grande clamor e alimentaram uma polêmica que continua a crescer.<br /><br /><span style="font-family:lucida grande;">Vale destacar algumas reações:</span><br /><span style="font-weight: bold;">Prefeito de São Paulo</span>: "Enquanto o papa proferia estas palavras, São Paulo encontrava-se inundada pela forte chuva! Diante desta verdade, beirando ao negacionismo, vê-se que o papa vive num estado de total autismo. É a ruína definitiva do dogma da infalibilidade papal!".<br /><br /><span style="font-weight: bold;">O grande rabino da França</span>: "Como é que podemos afirmar que existe bom tempo a luz do Holocausto?"<br /><br /><span style="font-weight: bold;">O titular da cadeira de astronomia no Collège de France</span>: "Ao afirmar, sem matizes e sem provas objetivas incontestáveis, que "hoje o dia está bom", o Papa reflete o conhecido desprezo da Igreja pela Ciência, que sempre combateu seu dogmas. Pode existir algo mais subjetivo e mais relativo que este conceito de "tempo bom"? Sobre quais experimentos indiscutíveis se apóia? Nem ao menos os meteorologistas e especialistas foram capazes de chegar a um acordo sobre esta matéria na última Conferência Internacional em Caracas. E agora Bento XVI, ex cathedra, pretende definir a questão, que arrogância! Agora vamos ver acender fogueiras para todos aqueles que não aceitam incondicionalmente este novo decreto? "<br /><br /><span style="font-weight: bold;">A Associação das vítimas do aquecimento global</span>: "Como é possível não ver nesta declaração provocadora um insulto a todas as vítimas passadas, presentes e futuras dos caprichos do clima: inundações, maremotos, secas? Esta aceitação do "tempo que faz" mostra claramente a cumplicidade da Igreja com estes fenômenos destrutivos da humanidade, que só pode favorecer os envolvidos no aquecimento global, e que agora podem usufruir do aval do Vaticano."<br /><br /><span style="font-weight: bold;">O representante do conselho das associações de afro-descendentes</span>: "O papa parece esquecer que, embora o dia esteja ensolarado em Roma, uma parte do planeta está mergulhada em trevas. Este é um sinal de desrespeito intolerável para metade não branca da humanidade!"<br /><br /><span style="font-weight: bold;">A Associação feminista Las Lobas</span>: "Porque o Papa disse que está bom (o tempo) quando poderia ter dito está boa(a temperatura)? Novamente o Papa mostra seu apego aos princípios mais retrógrados e arremete contra a legitima causa das mulheres. É patético que em pleno 2009 se mantenha tal posição!"<br /><br /><span style="font-weight: bold;">A liga pelos direitos do homem</span>: "Este tipo de declaração só pode magoar profundamente todos aqueles sobre quem incidir uma realidade diferente daquela do papa. Pensamos em especial nos internados, presos, cujo horizonte é limitado por quatro paredes, e também em todas as vítimas de doenças raras, que podem não perceber por seus sentidos a situação atmosférica. Nestas declarações é visível um desejo de fazer uma discriminação entre o "bom tempo", como deveria ser percebida por todos e todos aqueles que sentem as coisas de maneira diferente. Vamos acionar imediatamente o papa na justiça."<br /></div><br /><hr /><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-family:lucida grande;"><span style="font-weight: bold;">Pra quem não entendeu É PIADA. </span>Uma caricatura da situação vivida nos últimos dias, que seria cômica, não fosse trágica. O texto acima é um rastilho de pólvora na internet nos últimos dois dias, já o encontrei em <a href="http://www.kreuz.net/article.8894.html">alemão</a>, <a href="http://petrus.angel.over-blog.com/article-29475440.html">francês</a> e <a href="http://januacoeli.wordpress.com/2009/03/26/nuevo-escandalo/">espanhol</a>, mas aparentemente a origem é um e-mail para alguém do</span><a style="font-family: lucida grande;" href="http://www.leforumcatholique.org/message.php?num=473783"> Le Fórum Catholique.</a><br /><br /></div><hr />Apologetahttp://www.blogger.com/profile/10455542299880284070noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-19933465.post-78030911735499123032009-03-22T19:28:00.004-04:002009-03-22T23:45:09.539-04:00AIDS: O Papa não está só E TEM RAZÃO!<div align="justify">Em entrevista ao <a href="http://article.nationalreview.com/?q=MTNlNDc1MmMwNDM0OTEzMjQ4NDc0ZGUyOWYxNmEzN2E=">National Review</a>, na quarta-feira, Edward C. Green, diretor do Projeto de Pesquisa em Prevenção da AIDS da Universidade de Harvard, afirmou que as "controversas" afirmações feitas pelo Papa Bento XVI sobre o uso de preservativos estão corretas.<br /><br />"<strong>O Papa está certo</strong>", disse Green "ou para ser mais preciso, as melhores evidências que temos confirmam as palavras do Papa". Ele destaca que "preservativos tem se provado ineficientes em 'um nível populacional'. "<br /><br />"Existe," acrescenta Green "uma associação consistente demonstrada pelos nossos melhores estudos, incluindo as 'Pesquisas Demográficas de Saúde', financiadas pelos EUA, entre uma maior disponibilidade e uso de preservativos e uma <strong>taxa superior</strong>(não inferior) de infecção pelo HIV. Isto pode ocorrer devido em parte a um fenômeno conhecido como 'compensação de risco', o que significa que quando se utiliza uma 'tecnologia' de redução de risco, tais como preservativos, algumas vezes se perde o benefício(redução de risco), por 'compensação', ou seja, por que passam a ocorrer mais oportunidades do que se teria sem a tecnologia de redução de risco".<br /><br />Green acrescentou: "Também constatamos [em nossas pesquisas] o que foi afirmado pelo Papa, a 'monogamia' é a única resposta positiva para a AIDS na África, ao contrário da 'abstinência'. A melhor e mais recente evidência empírica mostra que a redução de parceiros sexuais múltiplos e concorrentes é, isoladamente, a mais importante mudança de comportamento que pode ser associada com uma redução na taxa de infecção pelo HIV."<br /><br />Green ainda trás notícias animadoras, <strong>o Papa não está só</strong>. "Mais e mais especialistas em AIDS estão aderindo a isto. Os dois países com a pior epidemia de HIV, Suazilândia e Botsuana, ambos lançaram campanhas para desencorajar parceiros múltiplos e concorrentes, e incentivar a fidelidade."<br /><br />Um livro apresentado no site da sua unidade de pesquisa, em que Green aponta lições da luta contra a AIDS nos países em desenvolvimento, explica:<br />«As soluções médicas financiadas principalmente por grandes doadores têm tido um impacto pequeno na África, o continente mais duramente atingido pela AIDS. Ao contrário, é uma mudança de comportamento relativamente simples e de baixo custo - acentuando o crescimento da monogamia e o atraso da iniciação sexual entre os jovens - que têm resultado nos maiores avanços na luta contra a AIDS e na redução de sua extensão.»</div>Apologetahttp://www.blogger.com/profile/10455542299880284070noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19933465.post-89804093326092082432009-03-20T11:38:00.002-04:002009-03-20T11:41:11.827-04:00Abortistas, se não fé, pelo menos honestidade!<h2 style="text-align: left;"><span style="font-size:78%;"><span style="font-weight: normal;">Fazendo eco do Blog </span><a style="font-weight: normal;" href="http://januacoeli.wordpress.com/2009/03/20/abortistas-se-nao-fe-pelo-menos-honestidade-pe-hector-ruiz/">Deus lo vult!</a></span><br /></h2> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;"><strong>ASPECTOS QUE NÃO PODEMOS IGNORAR NA ANÁLISE FILOSÓFICA DO CASO DA MENINA ESTUPRADA E INDUZIDA A ABORTAR</strong></p> <p style="text-align: justify;">Sabemos o caso: Uma menina pernambucana, de nove anos, é estuprada pelo padrasto, tendo ficado grávida e os fetos submetidos a aborto. Dom José Cardoso deixa claro que quem aborta e os que colaboram diretamente num aborto ficam excomungados.</p> <p style="text-align: justify;">Deixemos de lado a fé. Analisemos o fato só com a razão natural para entender se é realmente o “pré-conceito” da Igreja o que está criando problema neste caso, como dizem os abortistas.</p> <p style="text-align: justify;">1º. Dom José não excomungou ninguém. Ele mesmo explicou que quem aborta, ou colabora diretamente num aborto se excomunga automaticamente. Como é que os médios de comunicação social (a globo, a tribuna, a Record…) colocaram nas suas manchetes que “Dom José excomungou”? Eu, <strong>sem fé, posso dizer que faltou honestidade humana</strong>.</p> <p style="text-align: justify;">2º. Ficou claro que a guerra que estão fazendo, uma parte da imprensa e vários políticos (entre eles o nosso presidente Lula), NÃO É CONTRA DOM JOSÉ. É contra a mesma Igreja! Dom José falou o que teria falado qualquer bispo na Igreja. <strong>Sem fé, posso dizer que falta respeito e justiça contra uma instituição humana</strong> que já demonstrou em vinte séculos ser defesa de valores humanos incontestáveis.</p> <p style="text-align: justify;">3º. A excomunhão consiste no fato de ficar fora da Igreja (Não comungar com o seu espírito!). Só a Igreja tem direito de dizer quem faz parte dela e quem não. <span style="text-decoration: underline;">Esse direito o tem qualquer associação humana</span>. Não é o político ou o jornalista que vai dizer se a Igreja vai deixar na comunhão com o seu espírito a uma ou a outra pessoa.</p> <p style="text-align: justify;"><strong>Por isso, sem fé, eu posso dizer</strong> que os políticos e os jornalistas que se têm manifestado ao respeito <strong>estão cometendo duas injustiças</strong>: Uma contra Dom José, pelo que dissemos antes, e outra contra a Igreja. Nenhum deles tem autoridade nesse campo. Estão atuando indevidamente em campos que não lhes correspondem!</p> <p style="text-align: justify;">4º. Por que a Igreja (como instituição humana) excomunga? Porque é pecado gravíssimo matar a uma pessoa, usurpando o direito sobre a vida humana, direito que é unicamente do Criador. Isto não é de fé, é de razão. Se Deus existe (E têm que existir. Seria irracional dizer o contrário) Ele é o único que como Criador e Governador de tudo pode dar e tirar a vida. Os homens todos temos direitos iguais. Ninguém é maior que outro para dispôr da vida alheia. E, se o faz, está usurpando um direito que ninguém lhe deu.</p> <p style="text-align: justify;">Este pecado torna-se ainda mais grave, quando se trata do aborto: de uma pessoa indefesa, que o homem tem dever de proteger.</p> <p style="text-align: justify;"><strong>Eu, sem fé, posso dizer</strong>:</p> <p style="text-align: justify;">- Que a Igreja nesse ponto é coerente com a sua teologia (revelada, segundo ela).</p> <p style="text-align: justify;">- <strong>Que a Igreja está defendendo princípios racionais, que uma filosofia sadia já defende</strong>. NÂO NECESITO FÉ PARA DIZER QUE EU NÃO POSSO MATAR A NINGUÉM. (Só no caso de autodefesa).</p> <p style="text-align: justify;">- <strong>Que temos que pensar mais num nível social e não só individual</strong>. Tem coisas que o indivíduo não pode por si mesmo fazer (caso desta menina de 9 anos). Mas a sociedade, a família…, ajudando, podem conseguir fazer. É o caso de doenças, velhice… Esta menina certamente não iria conseguir sozinha levar para frente a gravidez, mas juntando as forças sociais, vamos ver que conseguimos fazer! Pode ser que termine sem conseguir o êxito total… mas a sociedade ao final sim, vai ganhar.</p> <p style="text-align: justify;">5º. O aborto é um homicídio, porque no momento em que é fecundado o óvulo começa um processo irreversível, independente da vida da mãe, destinado só a aperfeiçoar-se e chegar a ser um ser humano maduro e completo. Já é vida humana! Já tem dignidade! Dignidade igual que a da mãe e que a de qualquer ser humano!</p> <p style="text-align: justify;">Os abortistas dizem: como a morte nós a declaramos quando param de funcionar a células cerebrais, então a vida humana, enquanto tal, começa quando se formam estas células cerebrais e começam a funcionar.</p> <p style="text-align: justify;">Então eles estão dizendo que se um ser humano nasce com um problema na cabeça e não se desenvolvem essas células, podemos matá-lo como qualquer animal e não importa idade que ele tenha!!!</p> <p style="text-align: justify;">Nenhum ser humano tem poder para determinar se a pessoa humana e a sua dignidade começa aos três ou quatro meses de vida, ou quando for…! O processo de crescimento do ser humano começa na fecundação e já aí é um ser humano. Não existe uma argumentação filosófica, convincentemente lógica, que demonstre o contrário. <strong>Sem fé, posso dizer que qualquer aborto é um homicídio</strong>!</p> <p style="text-align: justify;">6º. Por que a menina de 9 anos vai ter mais direito a viver, que as outras duas crianças que estão no seu seio? Só pela idade? Quem tem o direito de dizer que a menina tem que viver e os embriões não? Racionalmente não tem justificação isso!!! Se é assim, então, tiremos da constituição o princípio de que todos somos iguais!!! <strong>Sem fé posso dizer que todos os embriões têm direito à vida</strong>!</p> <p style="text-align: justify;">7º. O estupro, e a situação da família nessas circunstâncias, é muito lamentável!!! Ninguém está satisfeito por isso! Mas, como a vida pertence só a Deus, façamos todo o possível medicamente para que <strong>as três pessoas se salvem. As três</strong>! Os médicos se precipitaram para declarar que isso era perigo iminente de morte. Eles mesmos não podem afirmar com certeza se isso daria em morte ou em aborto natural. Não era necessário matar!!!</p> <p style="text-align: justify;">Por exemplo: Em São Lourenço da Mata vive um menino de dois anos de idade, que foi gerado por uma menina com deficiência mental, estuprada quando ela tinha 11 anos! Também a mãe vive bem! Graças a Deus não chegaram os abortistas para impedir a esta criança gozar do banquete da vida!</p> <p style="text-align: justify;">O médico que praticou o aborto dizia ser católico e que ele era quem tinha autoridade no campo da medicina, não o arcebispo.</p> <p style="text-align: justify;"><strong>Sem fé eu posso dizer quatro coisas</strong>:</p> <p style="text-align: justify;">a) <strong>A medicina não está isenta da moral</strong>. A moral, que trata de todos os atos humanos pensados e queridos permeia tudo: a medicina, a política, o esporte… O arcebispo tem direito de iluminar a vida moral de todos os seus fiéis católicos. <strong>Ele, o médico, foi amoral</strong>!</p> <p style="text-align: justify;">b) Como membro de uma instituição humana ele está obrigado à obediência às normas dessa instituição, que se chama Igreja. <strong>Ele foi desobediente</strong>!</p> <p style="text-align: justify;">c) Como médico ele fez um juramento, o de Hipócrates, jurando que dedicaria a sua profissão para cuidar da vida e não para atentar contra ela. Matando dois embriões, <strong>ele foi infiel</strong>!</p> <p style="text-align: justify;">d) Precipitando o ato de abortar, não dedicou as suas forças para ajudar à criança e aos fetos para se desenvolverem… Nenhum médico pode afirmar ao cem por cento que isso terminaria em morte da menina. <strong>Ele foi incompetente</strong>!</p> <p style="text-align: justify;"><strong>Sem fé posso dizer que um homem que é amoral, desobediente, infiel e incompetente é um perigo para a sociedade!</strong></p> <p style="text-align: justify;">8º. Finalmente, temos que evidenciar que, segundo os meios de comunicação social e vários políticos (entre eles o nosso presidente Lula, que enche a boca dizendo que é católico – manifestando o contrario com as suas opiniões), o vilão de toda esta história é o Senhor Arcebispo Dom José. Os médicos, o presidente da República, o ministro da saúde, o de meio ambiente… esses são os de bom senso.</p> <p style="text-align: justify;"><strong>Eu, sem fé, posso dizer</strong>: deixemos que caiam os princípios de respeito à vida humana, deixemos que uns tenham mais direitos que outros, sigamos cultivando um estilo de vida hedonista, subjetivista, consumista e laxista, favorecido por estas pessoas e instituições e certamente o gênero humano não vai brilhar pela justiça e pela harmonia social… Terminaremos nos destruindo. Eles dizem que lutam por uma menina. <strong>Como filósofo posso dizer que a Igreja luta por toda a humanidade</strong>!</p> <p style="text-align: justify;">O que atrapalha ao homem de hoje não é a Igreja. É a falta de princípios de reta razão!!! Falta reconhecer humildemente que falta honestidade e amor pela verdade! Vamos lutar por essas virtudes perdidas!!!</p> <p style="text-align: right;">Pe. Héctor M. Ruiz</p>Apologetahttp://www.blogger.com/profile/10455542299880284070noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-19933465.post-77158179556609140922009-03-19T11:56:00.006-04:002009-03-19T12:25:01.713-04:00Sua Santidade o Papa sob ataque (novamente)Começou uma nova Jihad midiática contra Sua Santidade Bento XVI.<br />Agora a imprensa internacional o acusa de ter blasfemado contra o todo-poderoso, o todo-misericordioso: O latéx.<br /><blockquote style="font-style: italic;"><span style="font-size:85%;">Às vezes fica-se com a impressão de que a nossa sociedade tenha necessidade pelo menos de um grupo ao qual não conceda qualquer tolerância, contra o qual seja possível tranquilamente arremeter-se com aversão. E se alguém ousa aproximar-se do mesmo – do Papa, neste caso – perde também o direito à tolerância e pode de igual modo ser tratado com aversão sem temor nem decência.(Carta aos bispos a respeito da remissão da excomunhão dos bispos consagrados por Dom Lefebvre)<br /></span></blockquote><br />Rezemos pelo Papa, peçamos a intercessão de Nossa Senhora de Fátima para que o Papa não fuja dos lobos e rezemos ao seu anjo-da-guarda, para que ele defenda sua alma e sua vida.Apologetahttp://www.blogger.com/profile/10455542299880284070noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19933465.post-24319455275142842002009-03-06T19:02:00.005-04:002009-03-19T12:05:02.359-04:00GRÁVIDA DE GÊMEOS EM ALAGOINHA<div align="center"><div style="text-align: left;font-family:arial;"><span style="font-size:78%;"><strong><br />Fonte: <a href="http://padreedson.blogspot.com/2009/03/gravida-de-gemeos-em-alagoinha-o-outro.html">http://padreedson.blogspot.com/2009/03/gravida-de-gemeos-em-alagoinha-o-outro.html</a></strong><br /></span><span style="font-size:78%;"><strong></strong></span></div><div style="text-align: left;"><span style=";font-family:arial;font-size:78%;" ><strong>AVISO: O texto abaixo, publicado em 4 de março, foi removido do Blog do Pe. Edson Rodrigues, sua autenticidade pode ser observada pelo instantaneo tirado pelo google as 02:09:22 do dia 5 de março de 2009, conforme pode ser observado no link a seguir: <a href="http://74.125.47.132/search?q=cache:1PIb7V1uWsYJ:padreedson.blogspot.com/2009/03/gravida-de-gemeos-em-alagoinha-o-outro.html+http://padreedson.blogspot.com/2009/03/gravida-de-gemeos-em-alagoinha-o-outro.html&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=1&gl=br">http://74.125.47.132/search?q=cache:1PIb7V1uWsYJ:padreedson.blogspot.com/2009/03/gravida-de-gemeos-em-alagoinha-o-outro.html+http://padreedson.blogspot.com/2009/03/gravida-de-gemeos-em-alagoinha-o-outro.html&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=1&gl=br</a></strong></span><br /><span style="font-size:180%;"><strong></strong></span></div><span style="font-size:180%;"><strong><br /><span style="font-size:85%;">GRÁVIDA DE GÊMEOS EM ALAGOINHA</span></strong></span></div><div align="center"> </div><div align="center"><span style="font-size:85%;"><strong>O lado que a imprensa deixou de contar</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;"><br /></span><span style="font-size:85%;">Há cerca de oito dias, nossa cidade foi tomada de surpresa por uma trágica notícia de um acontecimento que chocou o país: uma menina de 9 anos de idade, tendo sofrido violência sexual por parte de seu padrasto, engravidou de dois gêmeos. Além dela, também sua irmã, de 13 anos, com necessidade de cuidados especiais, foi vitima do mesmo crime. Aos olhos de muitos, o caso pareceu absurdo, como de fato assim também o entendemos, dada a gravidade e a forma como há três anos isso vinha acontecendo dentro da própria casa, onde moravam a mãe, as duas garotas e o acusado.</span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;"><br /></span><span style="font-size:85%;">O Conselho Tutelar de Alagoinha, ciente do fato, tomou as devidas providências no sentido de apossar-se do caso para os devidos fins e encaminhamentos. Na sexta-feira, dia 27 de fevereiro, sob ordem judicial, levou as crianças ao IML de Caruaru-PE e depois ao IMIP (Instituto Médico Infantil de Pernambuco), de Recife a fim de serem submetidas a exames sexológicos e psicológicos. Chegando ao IMIP, em contato com a Assistente Social Karolina Rodrigues, a Conselheira Tutelar Maria José Gomes, foi convidada a assinar um termo em nome do Conselho Tutelar que autorizava o aborto. Frente à sua consciência cristã, a Conselheira negou-se diante da assistente a cometer tal ato. Foi então quando recebeu das mãos da assistente Karolina Rodrigues um pedido escrito de próprio punho da mesma que solicitava um “encaminhamento ao Conselho Tutelar de Alagoinha no sentido de mostrar-se favorável à interrupção gestatória da menina, com base no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e na gravidade do fato”. A Conselheira guardou o papel para ser apreciado pelos demais Conselheiros colegas em Alagoinha e darem um parecer sobre o mesmo com prazo até a segunda-feira dia 2 de março. Os cinco Conselheiros enviaram ao IMIP um parecer contrário ao aborto, assinado pelos mesmos. Uma cópia deste parecer foi entregue à assistente social Karolina Rodrigues que o recebeu na presença de mais duas psicólogas do IMIP, bem como do pai da criança e do Pe. Edson Rodrigues, Pároco da cidade de Alagoinha.</span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;"><br /></span><span style="font-size:85%;">No sábado, dia 28, fui convidado a acompanhar o Conselho Tutelar até o IMIP em Recife, onde, junto à conselheira Maria José Gomes e mais dois membros de nossa Paróquia, fomos visitar a menina e sua mãe, sob pena de que se o Conselho não entregasse o parecer desfavorável até o dia 2 de março, prazo determinado pela assistente social, o caso se complicaria. Chegamos ao IMIP por volta das 15 horas. Subimos ao quarto andar onde estavam a menina e sua mãe em apartamento isolado. O acesso ao apartamento era restrito, necessitando de autorização especial. Ao apartamento apenas tinham acesso membros do Conselho Tutelar, e nem tidos. Além desses, pessoas ligadas ao hospital. Assim sendo, à área reservada tiveram acesso naquela tarde as conselheiras Jeanne Oliveira, de Recife, e Maria José Gomes, de nossa cidade. </span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;"><br /></span><span style="font-size:85%;">Com a proibição de acesso ao apartamento onde menina estava, me encontrei com a mãe da criança ali mesmo no corredor. Profunda e visivelmente abalada com o fato, expôs para mim que tinha assinado “alguns papéis por lá”. A mãe é analfabeta e não assina sequer o nome, tendo sido chamada a pôr as suas impressões digitais nos citados documentos. </span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;"><br /></span><span style="font-size:85%;">Perguntei a ela sobre o seu pensamento a respeito do aborto. Valendo-se se um sentimento materno marcado por preocupação extrema com a filha, ela me disse da sua posição desfavorável à realização do aborto. Essa palavra também foi ouvida por Robson José de Carvalho, membro de nosso Conselho Paroquial que nos acompanhou naquele dia até o hospital. Perguntei pelo estado da menina. A mãe me informou que ela estava bem e que brincava no apartamento com algumas bonecas que ganhara de pessoas lá no hospital. Mostrava-se também muito preocupada com a outra filha que estava em Alagoinha sob os cuidados de uma família. Enquanto isso, as duas conselheiras acompanhavam a menina no apartamento. Saímos, portanto do IMIP com a firme convicção de que a mãe da menina se mostrava totalmente desfavorável ao aborto dos seus netos, alegando inclusive que “ninguém tinha o direito de matar ninguém, só Deus”. </span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;"><br /></span><span style="font-size:85%;">Na segunda-feira, retornamos ao hospital e a história ganhou novo rumo. Ao chegarmos, eu e mais dois conselheiros tutelares, fomos autorizados a subirmos ao quarto andar onde estava a menina. Tomamos o elevador e quando chegamos ao primeiro andar, um funcionário do IMIP interrompeu nossa subida e pediu que deixássemos o elevador e fôssemos à sala da Assistente Social em outro prédio. Chegando lá fomos recebidos por uma jovem assistente social chamada Karolina Rodrigues. Entramos em sua sala eu, Maria José Gomes e Hélio, Conselheiros de Alagoinha, Jeanne Oliveira, Conselheira de Recife e o pai da menina, o Sr. Erivaldo, que foi conosco para visitar a sua filha, com uma posição totalmente contrária à realização do aborto dos seus netos. Apresentamo-nos à Assistente e, ao saber que ali estava um padre, ela de imediato fez questão de alegar que não se tratava de uma questão religiosa e sim clínica, ainda que este padre acredite que se trata de uma questão moral.</span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;"><br /></span><span style="font-size:85%;">Perguntamos sobre a situação da menina como estava. Ela nos afirmou que tudo já estava resolvido e que, com base no consentimento assinado pela mãe da criança em prol do aborto, os procedimentos médicos deveriam ser tomados pelo IMI dentro de poucos dias. Sem compreender bem do que se tratava, questionei a assistente no sentido de encontrar bases legais e fundamentos para isto. Ela, embora não sendo médica, nos apresentou um quadro clínico da criança bastante difícil, segundo ela, com base em pareceres médicos, ainda que nada tivesse sido nos apresentado por escrito. </span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;"><br /></span><span style="font-size:85%;">Justificou-se com base em leis e disse que se tratava de salvar apenas uma criança, quando rebatemos a idéia alegando que se tratava de três vidas. Ela, desconsiderando totalmente a vida dos fetos, chegou a chamá-los em “embriões” e que aquilo teria que ser retirado para salvar a vida da criança. Até então ela não sabia que o pai da criança estava ali sentado ao seu lado. Quando o apresentamos, ela perguntou ao pai, o Sr. Erivaldo, se ele queria falar com ela. Ele assim aceitou. Então a assistente nos pediu que saíssemos todos de sua sala os deixassem a sós para a essa conversa. Depois de cerca de vinte e cinco minutos, saíram dois da sala para que o pai pudesse visitar a sua filha. No caminho entre a sala da assistente e o prédio onde estava o apartamento da menina, conversei com o pai e ele me afirmou que sua idéia desfavorável ao aborto agora seria diferente, porque “a moça me disse que minha filha vai morrer e, se é de ela morrer, é melhor tirar as crianças”, afirmou o pai quase que em surdina para mim, uma vez que, a partir da saída da sala, a assistente fez de tudo para que não nos aproximássemos do pai e conversássemos com ele. Ela subiu ao quarto andar sozinha com ele e pediu que eu e os Conselheiros esperássemos no térreo. Passou-se um bom tempo. Eles desceram e retornamos à sala da assistente social. O silêncio de que havia algo estranho no ar me incomodava bastante. Desta vez não tive acesso à sala. Porém, em conversa com os conselheiros e o pai, a assistente social Karolina Rodrigues, em dado momento da conversa, reclamou da Conselheira porque tinha me permitido ver a folha de papel na qual ela solicitara o parecer do Conselho Tutelar de Alagoinha favorável ao aborto e rasgou a folha na frente dos conselheiros e do pai da menina. A conversa se estendeu até o final da tarde quando, ao sair da sala, a assistente nos perguntava se tinha ainda alguma dúvida. Durante todo o tempo de permanência no IMIP não tivemos contato com nenhum médico. Tudo o que sabíamos a respeito do quadro da menina era apenas fruto de informações fornecidas pela assistente social. Despedimo-nos e voltamos para nossas casas. Aos nossos olhos, tudo estava consumado e nada mais havia a fazer.</span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;"><br /></span><span style="font-size:85%;">Dada a repercussão do fato, surge um novo capítulo na história. O Arcebispo Metropolitano de Olinda e Recife, Dom José Cardoso, e o bispo de nossa Diocese de Pesqueira, Dom Francisco Biasin, sentiram-se impelidos a rever o fato, dada a forma como ele se fez. Dom José Cardoso convocou, portanto, uma equipe de médicos, advogados, psicólogos, juristas e profissionais ligados ao caso para estudar a legalidade ou não de tudo o que havia acontecido. Nessa reunião que se deu na terça-feira, pela manhã, no Palácio dos Manguinhos, residência do Arcebispo, estava presente o Sr. Antonio Figueiras, diretor do IMIP que, constatando o abuso das atitudes da assistente social frente a nós e especialmente com o pai, ligou ao hospital e mandou que fosse suspensa toda e qualquer iniciativa que favorecesse o aborto das crianças. E assim se fez. </span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;"><br /></span><span style="font-size:85%;">Um outro encontro de grande importância aconteceu. Desta vez foi no Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, na tarde da terça-feira. Para este, eu e mais dois Conselheiros, bem como o pai da menina formos convidados naquela tarde. Lá no Tribunal, o desembargador Jones Figueiredo, junto a demais magistrados presentes, se mostrou disposto a tomar as devidas providências para que as vidas das três crianças pudessem ser salvas. Neste encontro também estava presente o pai da criança. Depois de um bom tempo de encontro, deixamos o Tribunal esperançosos de que as vidas das crianças ainda poderiam ser salvas. </span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;"><br /></span><span style="font-size:85%;">Já a caminho do Palácio dos Manguinhos, residência do Arcebispo, por volta das cinco e meia da tarde, Dom José Cardoso recebeu um telefonema do Diretor do IMIP no qual ele lhe comunicava que um grupo de uma entidade chamada Curumins, de mentalidade feminista pró-aborto, acompanhada de dois técnicos da Secretaria de Saúde de Pernambuco, teriam ido ao IMIP e convencido a mãe a assinar um pedido de transferência da criança para outro hospital, o que a mãe teria aceito. Sem saber do fato, cheguei ao IMIP por volta das 18 horas, acompanhado dos Conselheiros Tutelares de Alagoinha para visitar a criança. A Conselheira Maria José Gomes subiu ao quarto andar para ver a criança. Identificou-se e a atendente, sabendo que a criança não estava mais na unidade, pediu que a Conselheira sentasse e aguardasse um pouco, porque naquele momento “estava havendo troca de plantão de enfermagem”. A Conselheira sentiu um clima meio estranho, visto que todos faziam questão de manter um silêncio sigiloso no ambiente. Ninguém ousava tecer um comentário sequer sobre a menina. </span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;"><br /></span><span style="font-size:85%;">No andar térreo, fui informado do que a criança e sua mãe não estavam mais lá, pois teriam sido levadas a um outro hospital há pouco tempo acompanhadas de uma senhora chamada Vilma Guimarães. Nenhum funcionário sabia dizer para qual hospital a criança teria sido levada. Tentamos entrar em contato com a Sra. Vilma Guimarães, visto que nos lembramos que em uma de nossas primeiras visitas ao hospital, quando do assédio de jornalistas querendo subir ao apartamento onde estava a menina, uma balconista chamada Sandra afirmou em alta voz que só seria permitida a entrada de jornalistas com a devida autorização do Sr. Antonio Figueiras ou da Sra. Vilma Guimarães, o que nos leva a crer que trata-se de alguém influente na casa. Ficamos a nos perguntar o seguinte: lá no IMIP nos foi afirmado que a criança estava correndo risco de morte e que, por isso, deveria ser submetida ao procedimentos abortivos. Como alguém correndo risco de morte pode ter alta de um hospital. A credibilidade do IMIP não estaria em jogo se liberasse um paciente que corre risco de morte? Como explicar isso? Como um quadro pode mudar tão repentinamente? O que teriam dito as militantes do Curumim à mãe para que ela mudasse de opinião? Seria semelhante ao que foi feito com o pai?</span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;"><br /></span><span style="font-size:85%;">Voltamos ao Palácio dos Manguinhos sem saber muito que fazer, uma vez que nenhuma pista nós tínhamos. Convocamos órgãos de imprensa para fazer uma denúncia, frente ao apelo do pai que queria saber onde estava a sua filha.</span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;"><br /></span><span style="font-size:85%;">Na manhã da quarta-feira, dia 4 de março, ficamos sabendo que a criança estava internada na CISAM, acompanhada de sua mãe. O Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (FUSAM) é um hospital especializado em gravidez de risco, localizado no bairro da Encruzilhada, Zona Norte do Recife. Lá, por volta das 9 horas da manhã, nosso sonho de ver duas crianças vivas se foi, a partir de ato de manipulação da consciência, extrema negligência e desrespeito à vida humana.<br /><br />Isto foi relatado para que se tenha clareza quanto aos fatos como verdadeiramente eles aconteceram. Nada mais que isso houve. Porém, lamentamos profundamente que as pessoas se deixem mover por uma mentalidade formada pela mídia que está a favor de uma cultura de morte. Espero que casos como este não se repitam mais. </span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;"><br /></span><span style="font-size:85%;">Ao IMIP, temos que agradecer pela acolhida da criança lá dentro e até onde pode cuidar dela. Mas por outro lado não podemos deixar de lamentar a sua negligência e indiferença ao caso quando, sabendo do verdadeiro quadro clínico das crianças, permitiu a saída da menina de lá, mesmo com o consentimento da mãe, parecendo ato visível de quem quer se ver livre de um problema.</span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;"><br /></span><span style="font-size:85%;">Aos que se solidarizaram conosco, nossa gratidão eterna em nome dos bebês que a esta hora, diante de Deus, rezam por nós. “Vinde a mim as crianças”, disse Jesus. E é com a palavra desde mesmo Jesus que continuaremos a soltar nossa voz em defesa da vida onde quer que ela esteja ameaçada. “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham plenamente” (Jo, 10,10). Nisso cremos, nisso apostamos, por isso haveremos de nos gastar sempre. Acima de tudo, a Vida!<br /><br /><br />Pe. Edson Rodrigues<br />Pároco de Alagoinha-PE<br /><a href="mailto:padreedson@hotmail.com">padreedson@hotmail.com</a></span><span style="font-size:85%;"><br />(87) 3839.1473 </span></div>Apologetahttp://www.blogger.com/profile/10455542299880284070noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-19933465.post-12960193017411403352009-02-14T12:57:00.008-04:002009-03-19T12:05:55.328-04:00Novena para o PapaEm acréscimo a petição on-line, contra a absura investida midiática contra Sua Santidade Bento XVI, a FSSP(Fraternidade Sacerdotal São Pedro) convoca a todos a unirem-se em uma novena a favor do Papa por ocasião da Festa da Cátedra de São Pedro, 22 de Fevereiro, iniciando-se portanto em 14 de Fevereiro (hoje) e encerrando-se no Domingo, onde somos todos comclamados a oferecer nossa comunhão com as intenções do Sumo Pontífice e de toda a Igreja.<br /><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Novena para o papa</span><br /><table width="100%"><tbody><tr><td>Pater Noster, 3 Ave Maria, Gloria Patri<br /><br />V. Orémus pro Pontífice nostro Benedícto.<br /><br />R. Dóminus consérvet eum, et vivíficet eum, et beátum fáciat eum in terra, et non tradat eum in ánimam inimicórum eius.<br /><br />V. Tu es Petrus.<br />R. Et super hanc petram ædificábo Ecclésiam meam<br /><br />Orémus<br />Omnípotens sempitérne Deus, miserére fámulo tuo Pontífici nostro Benedícto : et dírige eum secúndum tuam cleméntiam in viam salútis ætérnæ : ut, te donánte, tibi plácita cúpiat, et tota virtúte perfíciat.<br /><br /><br />R. Amen.<br /><br />Mater Ecclésiæ, ora pro nobis..<br />Sancte Petre, ora pro nobis.<br /></td><td>Um Pai Nosso, 3 Ave Marias e um Glória ao Pai, seguidos desta oração.<br /><br /><br />V: Oremos para o nosso Papa Bento.<br /><br /><br />R: Que o Senhor o guarde e fortaleça, e o faça abençoado nesta terra, e não o abandone ante a perversidade de seus inimigos.<br /><br /><br />V. Tu és Pedro,<br />R. E sobre esta pedra edificarei minha Igreja.<br /><br />Oremos,<br />Onipotente e eterno Deus, tem piedade de teu servo, Bento, nosso Soberano Pontífice, e guiá-o conforme tua bondade, a caminho da vida eterna, de modo que, com a assistência da sua graça, ele possa velar pelo rebanho que lhe foi confiado, alcançando junto com ele a salvalção; Através de Cristo, Nosso Senhor.<br /><br />R. Amen.<br /><br />V. Mãe da Igreja, R. Rogai por nós<br /><br />V. São Pedro, R. Rogai por nós<br /></td></tr></tbody></table>Apologetahttp://www.blogger.com/profile/10455542299880284070noreply@blogger.com0