E Como Fica o Ecumenismo???
Está confirmado pela Santa Sé, para o dia 10/07 a publicação do documento da Congregação pela Doutrina da Fé "Respostas a considerar de questões sobre alguns aspectos acerca da doutrina na Igreja", onde será afirmado novamente que a "A Única e Verdadeira Igreja de Cristo É a Igreja Católica".
Discorrendo sobre isto alguém me questionou: "Mas este não foi sempre o entendimento da Igreja? A Igreja não pode ser ao mesmo tempo ecumenica e missionária?".
Eu respondo:
Sim, este sempre foi o entendimento da Igreja, MAS..., que ficou muito obscurecido depois do "subsistit in" da Lumen Gentium, onde se diz que "A verdadeira Igreja de Cristo subsiste na Igreja Católica", o que permite uma interpretação ambígua.
Se tomamos o "Ecumenismo" no sentido de [1]favorecer o regresso à unidade dos cristãos à única Igreja de Cristo(a Católica), não há realmente incompatibilidade, mas, se tomamo-lo como [2]o movimento no sentido de uma religião única(que não é especificamente a Católica), forma como tem sido atualmente entendido e executado, há sim uma incompatibilidade.
Trocando em miúdos, sendo a Igreja Católica a única e verdadeira Igreja de Cristo, devemos "missionariamente" trabalhar para a conversão de TODOS, protestantes, judeus, muçulmanos, etc., e favorecer a sua volta ou entrada à Única Igreja de Cristo, o ecumenismo[1]. Após o "subsistit in" implantou-se um relativismo eclesiológico que pregava que todas as Igrejas, possuiam a verdade ou parte dela, ou seja, também subsistiam na Igreja fundada por Cristo, sendo assim não há razões para uma ação missionária, pois basta ter uma religião, não importa qual porque todas tem a verdade e nenhuma tem toda a verdade, então teriamos apenas o ecumenismo[2], que é implantado removendo da doutrina católica todas as partes que vierem a se contrapor a doutrina de outras religiões.
Em resumo, este documento inverte completamente o atual sentido do termo ecumenismo para os católicos.
Se, como disse o Papa Paulo VI: "liberar a Missa de Sempre é condenar o Vaticano II através de um símbolo", emitir um documento que corrige uma declaração fundamental do concílio CVII 3 dias após liberar a Missa de Sempre, demonstra que o Santo Padre não pretende usar de símbolismos, está deixando explícita a sua intenção quanto a este concílio.
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