domingo, dezembro 26, 2010

Christum natum est


Que a chegada do natal tenha feito a substancia de nossos corações uma pequena manjedoura;
Que a chegada do ano novo ai encontre O pequeno menino envolto em panos!
É meu desejo sincero a todos!

sábado, julho 03, 2010

O Hábito não faz o monge… o santifica!

Fonte: http://www.obompastor.org.br/artigos/pt-br/h-bito-n-faz-monge-santifica

Certamente alguns dos que lêem este texto agora, irão lembrar-se de sua infância. Um grupo de crianças brinca na rua, sem perigo de violência ou preocupação com maldades. Canções de roda, ou de pular corda enchem o ar do bairro de uma alegria pura, inocente. Lá ao longe se avista aquele distinto senhor. Todos o identificam rápida e facilmente: um chapéu preto e redondo, nas mãos um breviário; vestindo sua batina preta e surrada; talvez cerzida em alguns pontos e até desbotada. Todos já sabem: “aí vem o ‘seu’ vigário!” A ele as crianças acorrem para pedir uma bênção e ganhar um ‘santinho’ ou um doce, sem risco de pedofilia.
Este sacerdote segue seu caminho e, certamente, o encontraremos visitando uma família, ou confortando um enfermo pela Extrema Unção, ou, quem sabe, na sua Paróquia de joelhos na nave central da Igreja, diante do Sacrário, ou ainda, dentro de um confessionário.
Onde estão estes padres hoje?

Sl 76(77)
–8 Será que Deus vai rejeitar-nos para sempre? *
E nunca mais nos há de dar o seu favor?
–9 Por acaso, seu amor foi esgotado? *
Sua promessa, afinal, terá falhado?
–10 Será que Deus se esqueceu de ter piedade? *
Será que a ira lhe fechou o coração?
–11 Eu confesso que é esta a minha dor: *
'A mão de Deus não é a mesma: está mudada!'

“A mão de Deus não é a mesma: está mudada!”
Está mudada porque aqueles que deveriam ser as mãos, os pés, os lábios, os braços de Nosso Senhor na terra, os padres, estão mudados.
Há quem diga esta famigerada frase: “O hábito não faz o monge”. Esta frase é profundamente tola, pois se trata de uma falácia! Certa vez, conversando com algumas daquelas pessoas que acham que o padre é um homem comum e que, por isso, deve se vestir como um homem comum para ‘dialogar’ com o mundo moderno, ouvi este absurdo: “A batina não é o mais importante, mas o sacerdócio que o padre recebeu. Ele vai ser mais padre ou menos padre por estar de batina?” Então eu respondi: “Mas é claro que não! O sacerdócio é muito maior que uma simples veste. E a Igreja NUNCA afirmou coisa em contrário. Mas, agora, permita-me fazer duas perguntas: a faca é um utensílio tão necessário em nosso dia-a-dia; utilizada para picar, descascar e cortar. Mas ela também é capaz de tirar uma vida. Você a deixaria de usar definitivamente por causa disso? Você deixaria de dirigir o seu carro, mesmo sabendo que ele, um dia, pode atropelar e matar alguém, ou, num acidente, matar a você mesmo?” Obviamente que a resposta foi “Não”. É claro que sabemos que a batina não é o fundamento da nossa fé, esperança e caridade; A batina não é o centro da vida da Igreja; Eu não vou ser mais padre por estar de batina. Tudo isso já sabemos. Contudo nada disso justifica o desuso da mesma. Da mesma forma que tenho que ter a consciência de utilizar uma faca ou dirigir o meu automóvel com sabedoria e prudência, devo saber utilizar a batina com a mesma sabedoria, prudência e, sobretudo, humildade. Não adianta ser um “cavalo de batina”!
A batina nos impõe um COMPROMISSO solene e terrível. Quando estou revestido do sagrado hábito devo agir com prudência. Devo medir minhas palavras e gestos. Não devo me sentar de qualquer forma. Não devo andar de qualquer forma. Não devo subir ou descer escadas de qualquer forma. Estando de batina devemos pensar muito sobre nossas atitudes e palavras! Não posso me esquecer que todos os olhos estarão voltados para mim. Devo ser um exemplo no agir, no falar, enfim, em tudo. Usando o sagrado hábito não posso me esquecer de que carrego comigo a responsabilidade de toda uma instituição, e não apenas de uma pessoa física! Tudo o que o padre faz, já dizem logo que é a Igreja que faz! Por isso não se deve usar a batina de qualquer forma. Aliás, este é o motivo pelo qual muitos padres hoje não querem usá-la. Sob uma FALSA modéstia dizem: “não uso para não chamar atenção”. Isso é uma desculpa esfarrapada! A VERDADE é que não querem usá-la (e nem ao menos o Clergyman) para não serem identificados e, portanto, não serem incomodados. SEMPRE que estou de batina na rua aparece alguém pedindo uma bênção, ou para tirar uma dúvida ou até para desabafar! Já ouvi inclusive uma confissão (literalmente auricular) na Linha 1 do Metrô! Mas, é claro, que é muito mais cômodo estar no meio da rua e não ser identificado. Conheci sacerdotes que me chamaram atenção porque eu os chamei de “padre” no meio da rua! Fui imediatamente repreendido (e não foi em nome de Jesus): “Por favor, na rua me chame pelo meu nome”. A questão é que revestido do Clergyman ou Batina ‘fica mal’ ele parar num bar e tomar uma cerveja; ‘fica mal’ ele fumar quase um maço de cigarro; ‘fica mal’ ele não controlar os seus olhares apetitosos para uma bela moça (ou, quem sabe, um rapaz) na rua. Há até padres que, movidos pela Passione, deixam de celebrar a Santa Missa e mandam um Ministro Extraordinário fazer uma celebração em seu lugar…
Certa vez, fazendo uma meditação, me perguntei por que a batina incomoda tanta gente. E logo – ironicamente – me veio uma antiga musiquinha à mente; claro que com as devidas adaptações não-pastorais:

“Um elefante incomoda muita gente.
Uma batina incomoda, incomoda, incomoda muito mais!”

Não sou um psicólogo, contudo minha meditação me fez chegar à seguinte conclusão: creio que exista aqui uma questão de CONSCIÊNCIA. Por isso a batina incomoda tanto.
· Alguns não a usam porque tem consciência de que não possuem nem a força espiritual e nem a volitiva quer seja imanente ou emanente de se portarem como o hábito exigiria. Só de pensar, isso já causa neles certa repulsa.
· Outros têm consciência de sua falta de disciplina e de ascese. Parece-me que quase não há mais hoje em dia a pré-disposição a “oferecer sacrifícios de amor a Nosso Senhor” como outrora faziam os santos. Hoje todos buscam o mais cômodo o mais confortável: é a busca incessante pelo bem-estar!
“Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduzem à perdição e numerosos são os que por aí entram. Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho da vida e raros são os que o encontram.”
(Mt 7, 13-14)
· Há aqueles sacerdotes que NÃO USAM o hábito, mas adoram comentar e criticar os que usam; estes senhores, bem no fundo de suas almas, sentem o incômodo da consciência, porque sabem que a presença daquele hábito é para eles uma constante lembrança de suas infidelidades e que deveriam viver a sua consagração com mais dedicação.
Mas a batina não atinge apenas a consciência dos ministros ordenados, mas igualmente a dos leigos. Vejamos alguns exemplos:
· Um sacerdote que passa de batina nas ruas faz aquele que está afastado da Igreja há algum tempo lembrar que ele precisa se reconciliar com Deus; Às vezes a pessoa está em seus afazeres diários e nem está pensando em Deus; mas ao ver aquele padre passar, DUVIDO que dentro de sua cabeça e de seu coração a vozinha da consciência não diga “já faz tempo que você não vai à Igreja” ou “você tem tanto tempo pra tudo… precisa de um tempo para Deus também”.
· Até mesmo os ateus ou os hereges sentem a consciência arder quando um sacerdote passa de batina. Nem que seja para dar-lhe um olhar de desdém ou cantarolar uma música pentecostal (que não é, em absoluto, para louvar a Deus, mas, antes, para ‘provocar’ o padre). Se eles REALMENTE não ligassem e não se importassem, ficariam em silêncio e ignorariam o sacerdote. Se fazem algum gesto, por menor que seja, é porque algo dentro deles diz: “você está errado e precisa de conversão!”
O irônico da história toda é que os que julgam ser o hábito eclesiástico somente uma exterioridade são, na sua maioria, pessoas superficiais. Se perguntarmos a eles qual é o significado do hábito talar, por certo não saberão dizê-lo. Pelo contrário vão logo dizer: “isso é coisa do passado” ou ainda “isso não se usa mais”. São Ignorantes da LEI de sua própria Igreja (Código de Direito Canônico) que diz:

Cân. 284 - Os clérigos usem hábito eclesiástico conveniente, de acordo com as normas dadas pelas conferências dos Bispos e com os legítimos costumes locais.
Nota de rodapé do cânone 284: Após entendimentos laboriosos com a Santa Sé, ficou determinado que os clérigos usem, no Brasil, um traje eclesiástico digno e simples, de preferência o “clergyman” (camisa clerical) ou “batina”.

A batina é um sinal de consagração a Deus. Sua cor negra é sinal de luto. O padre morreu para o mundo, porque tudo o que é mundano não lhe atrai mais. Ela é ornada de 33 botões na frente, representando a idade de Nosso Senhor. São 5 botões nas mangas, representando as 5 chagas de Nosso Senhor. Também possui 2 presilhas laterais que simbolizam a humanidade e a divindade de Nosso Senhor. O padre a usa com uma faixa na cintura, símbolo da castidade e do celibato. Algumas possuem mais 7 botões na parte superior do braço, simbolizando os 7 sacramentos, com os quais o padre conforta os fiéis.
A batina é, também, um santo remédio contra a vaidade. Enquanto um homem comum precisa gastar tempo em frente ao seu guarda-roupas ou a um espelho verificando se este paletó combina com aquela camisa ou se a cor da gravata está adequada, o padre veste sua batina e pronto. Nem precisa perguntar “o que eu vou vestir hoje?”. Sua roupa é uma só! Por isso ela também é símbolo de fidelidade e constância. Nos batizados, o padre usa a batina. Se for um casamento: batina! Se for um aniversário: batina! E se for um funeral? Batina! Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença… é sempre a mesma coisa. E não podia ser diferente, uma vez que o padre é o representante de Nosso Senhor Jesus Cristo que é o mesmo: ONTEM, HOJE e SEMPRE!
Aprendi em filosofia que expressamos no exterior o que há no interior. Aliás, essa idéia foi expressa por Nosso Senhor: “a boca fala do que o coração está cheio” (Mt 12,34). Talvez esteja aí a resposta para o desleixo e o desmazelo que há hoje na Igreja e no clero. Perdoe-me, caro leitor, se “pego pesado” demais. Mas penso que se a Igreja tivesse mantido a rígida disciplina do passado, metade do nosso atual clero não seriam padres hoje. Jesus conta uma parábola no Evangelho de São Lucas sobre um administrador INFIEL, que, ao ser descoberto, está prestes a perder seu emprego:

“O administrador refletiu então consigo: Que farei, visto que meu patrão me tira o emprego? Lavrar a terra? Não o posso. Mendigar? Tenho vergonha.” (Lc 16,3)

Tenho a impressão de que muitos sacerdotes vivem hoje do mesmo modo que esse administrador infiel. Como não se sentem capacitados para realizar outra atividade, por isso, se servem da Igreja. Vão “empurrando com a barriga” o seu ministério. Em nome de uma “simplicidade” cometem as maiores atrocidades: Missas celebradas de qualquer maneira; desrespeito às coisas sagradas; paramentos terrivelmente feios ou sujos; igrejas que mais parecem caixotes e não expressam piedade, etc. Parece que nem sequer acreditamos mais naquilo que fazemos. Hoje, por exemplo, eu estava de batina caminhando pelas ruas do centro da cidade. Passei por um seminarista e ele me cumprimentou: “E aí, padre? Beleza?”. A menos de cinqüenta metros à frente, um mendigo que estava sentado à porta de uma loja também me saudou: “a bença seu padre...”.

Salmo 73 (74)
-2 Recordai-vos deste povo que outrora adquiristes, † desta tribo que remistes para ser a vossa herança, * e do monte de Sião que escolhestes por morada!
–3 Dirigi-vos até lá para ver quanta ruína: * no santuário o inimigo destruiu todas as coisas;

–4 e, rugindo como feras, no local das grandes festas, * lá puseram suas bandeiras vossos ímpios inimigos.
–5 Pareciam lenhadores derrubando uma floresta, * -6 ao quebrarem suas portas com martelos e com malhos.

–7 Ó Senhor, puseram fogo mesmo em vosso santuário! * Rebaixaram, profanaram o lugar onde habitais!
–8 Entre si eles diziam: 'Destruamos de uma vez!' * E os templos desta terra incendiaram totalmente.

–9 Já não vemos mais prodígios, já não temos mais profetas,* ninguém sabe, entre nós, até quando isto será!
–10 Até quando, Senhor Deus, vai blasfemar o inimigo? * Porventura ultrajará eternamente o vosso nome?

–11 Por que motivo retirais a vossa mão que nos ajuda? * Por que retendes escondido vosso braço poderoso?
–18 Recordai-vos, ó Senhor, das blasfêmias do inimigo * e de um povo insensato que mal diz o vosso nome!

–19 Não entregueis ao gavião a vossa ave indefesa, * não esqueçais até o fim a humilhação dos vossos pobres!

Termino dizendo uma frase que há muito eu disse num sermão: Não tenho medo dos lobos que vêm em pele de cordeiros… tenho medo daqueles que vêm em pele de pastores!

“Somos afligidos de todos os lados, mas não vencidos” (2Cor 4,8 )

Pe. Leonardo Holtz Peixoto

domingo, junho 27, 2010

E ainda há quem negue que a RC”C” é porta de saída da Igreja

Fonte: Pacientes na Tribulação

Encontrar vídeos de Pe. Joãozinho cheios de absurdos foi mais fácil do que eu imaginava. Demorou mais para transcrever as falas, e também por motivos alheios à minha vontade. O conteúdo do vídeo é tão contrário à doutrina católica que eu espero que sirva para abrir os olhos daqueles que ainda acreditam que a RC”C” é um movimento católico. Vamos ao vídeo:

A seguir a transcrição de alguns trechos e nossos comentários.

(1:02) e graças a Deus, em algumas igrejas evangélicas, boa parte destes católicos (Fábio de Melo: se encontram, são felizes) sim, estão se tornando evangélicos e evangelizados. Só que o bom católico também é evangélico, porque também crê no Evangelho.

Joãozinho e Fábio de Melo ficam felizes com os católicos que partem para fora da Igreja! Eles “se encontram, são felizes”… fora da Igreja! E Joãozinho ainda afirma que lá eles são evangelizados.

Estamos só começando. Aguentem firme.

(1:28) entrei no taxi, assim do jeito que eu estou aqui, com a camisa de padre, né, clergyman. Aí o taxista olhou para mim e disse assim: Eu sou evangélico. Aí eu olhei para ele e respondi: Eu também. Aí ele olhou para mim com colarinho de padre. Mas eu sou da Assembléia de Deus. Aí eu falei: eu também. Aí ele não estava entendendo nada daquilo e falou: mas, meu senhor, eu sou crente. Eu falei: eu também.

(2:20) ele estava assim, vestido de padre

(2:27) taxista protestante pergunta: o senhor conhece Jesus Cristo?

“Ele estava assim, vestido de padre”. Como poderia alguém estar vestido de terno, ou de qualquer outra roupa… Na verdade ele nem estava vestido como um padre deveria estar, ou seja, de batina.

E percebam o tom com que o taxista se dirigiu para ele. Os pentecostais não suportam a Igreja Católica. Chegam a nos perguntar “você conhece Jesus Cristo?”, insinuando que nós, católicos, não O conhecemos. E ainda assim os carismáticos não poupam elogios a eles. Jonas Abib chegou a chamá-los de “lindos e santos”.

E pior é que não é a primeira vez que ele se diz evangélico. Em sua canção, “sou feliz por ser católico”, eis o que Joãozinho escreveu (o desteque é meu):

Eu sou feliz por ser católico

Não tenho medo de dizer

Sou evangélico, batista, protestante

Eu sou artista

Levo Cristo todo a todo irmão

E no meu coração

http://blog.cancaonova.com/padrejoaozinho/2010/03/26/resposta-a-um-comentario-feliz-por-ser-catolico

Um relativismo terrível. E a explicação que ele deu ao leitor no blog dele somente confirma o quanto ele é relativista.

Continuando o vídeo:

(2:38) Joãozinho: nunca perca a oportunidade de ouvir alguém falar de Jesus para você

Fábio: lindo isso, né.

Joãzinho: muito bonito. E humilde também

Fábio: dando a oportunidade para que o taxista o evangelizasse também

Por que será que eles não param para ouvir os católicos tradicionais falarem de Jesus? Por que somente aqueles que são fiéis à dois mil anos de Tradição não podem ter a oportunidade de os evangelizar também? Ora, se eles consideram que podem ser evangelizados por quem está fora da Igreja, que nega todos os concílios dogmáticos, toda a autoridade do papa, etc, porque não aceitar aqueles que têm reservas quanto aos pontos questionáveis das autoridades eclesiásticas recentes? Caro leitor, será que é tão difícil encontrar a resposta para estas perguntas?

Estamos apenas na metade do vídeo.

(4:56) Fábio: eu já confessei aqui que tem um evangélica lá do interior da Bahia, que tem uma importância tão grande no meu processo hoje em dia, pelo e-mail que eu recebo dela, pela palavra acertada que às vezes ela me diz, sabe? a reflexão que faz do contexto da minha vida.

(5:17) Joãozinho: tem muito evangélico que assiste o programa direção espiritual.

Fábio: graças a Deus!

Fábio: (…) Eu sou pastor da igreja tal, mas a minha família te ama, e a gente gostaria de tirar uma foto com o senhor

Quem já viu algum protestante procurar um padre de batina para tirar foto com ele? Um padre que pregue toda a doutrina da Igreja, sem falha alguma? Que pregue a presença real de Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento? Que não seja relativista?

Quanto tempo ainda será necessário para que este pessoal que segue a RC”C” se dê conta de que ela é protestantismo infiltrado na Igreja? Tudo o que ela ensina e faz é protestantismo pentecostal. É por isso que eles trocam tantos elogios entre si. Carismático elogia protestante. Protestante elogia carismático. Ambos atacam os católicos tradicionais. O que falta ainda para “cair a ficha”? Um quebra-cabeça de mil e quinhentas peças poderia levar muito tempo para ser montado, mas um que somente tem quatro peças não leva tanto tempo assim.

Continua o vídeo:

(5:57) Joãozinho: neste disco aqui, em nenhum momento me passou pela cabeça não ser ecumênico.

Chega de relativismo? Ainda não, ainda tem muito mais:

Joãozinho: (…) batista, eu falo do batista, e digo que eu sou batista, e tenho uma prima batista e que me ensina coisas sobre o batismo, porque ela vive o batismo como um carisma especial de sua igreja. Então alguém vai perguntar: então católico tem alguma coisa a aprender com evangélico? Claro que tem! Claro que tem! Provavelmente os batistas sabem mais sobre batismo do que a maioria dos católicos. E vou dizer mais: evangélico sabe mais de Bíblia do que a maioria dos católicos. O papa João Paulo II foi mais longe. Ele escreveu um livro chamado “cruzando o limiar da esperança”, onde ele fala o que o católico, cristão, aprende com os muçulmanos, os budistas, o islamismo. Isto não tem nada a ver com nova era.

Quando eu falo assim que eu sou evangélico, é porque eu aprendo muito com os evangélicos, mas eu não quero ser apenas evangélico, porque ser católico é ser evangélico e um pouco mais.

O pior de tudo é que o “cara” que disse isto se orgulha de ter doutorado em teologia e esnoba e não quer nem debater com aqueles que não têm. Ora, os batistas (que, aliás, são uma das seitas mais anti-católicas que existem, eu já tive a oportunidade de verificar isto pessoalmente) têm muito a nos ensinar sobre o batismo? Ora, não são eles que ensinam que somente se deve batizar por imersão? E, se eu não estiver enganado, eles não dizem que somente os adultos devem ser batizados? Se nós devemos aprender com eles, então o que a Igreja ensinou por dois mil anos está errado! Parabéns, “doutor” Joãozinho! Esta é a conclusão óbvia, muito óbvia, das suas palavras. Palavras do mesmo sujeito que deseja o fim da Montfort.

E já que estamos falando de batismo, podemos lembrar as idéias nada ortodoxas que o Joãozinho já expressou sobre o mesmo, e que nós já comentamos aqui. Lembram-se de que ele disse que nós não somos “batizados” mas sim “batizandos”, e que o batismo é um processo que dura a vida inteira?

(7:27) Fábio: eu experimentei um pouco disso, uma época na minha vida, quando eu falei, aqui no programa, do bem que o ministério da Ana Paula Valadão faz nos católicos. Então foi tão interessante a gente receber o retorno dos evangélicos que dizem o mesmo também: Padre, obrigado por o senhor reconhecer, num canal católico, que o evangélico faz bem ao Brasil. Porque às vezes a gente corre o risco de criar aquele discurso de que nós somos os melhores, nós estamos com a verdade.

Precisa comentar? Este padre simplesmente não acredita que a Igreja possua a verdade revelada por Cristo. Ele usa a palavra “nós” de maneira muito equívoca. Ele passa a impressão de que se trata apenas de dois grupos de pessoas com idéias diferentes. O termo “nós” seria o grupo de pessoas a que pertencemos. E seria absurdo que um grupo se achasse melhor do que o outro. Ora, é muito fácil desmonstar a falácia que nos apresentou Fábio de Melo. Cristo fundou a Igreja e dotou-a de um Magistério infalível, que deverá ensinar sem falhas Sua doutrina a todos os homens, até o final dos tempos. Assim, o grupo de pessoas a quem se refere o “nós” não está em igualdade de condições com o outro. Pois os católicos são aqueles que seguem o ensinamento da Igreja que Cristo fundou. Então, não somos “nós”, um simples grupo de pessoas, que estamos sempre certos e os outros errados. Quem está com a Verdade é a Igreja, porque é Cristo quem lha comunicou. E, somente por sermos fiéis aos ensinamentos da Igreja, é que estamos certos. Os outros grupos são aqueles que não dão ouvidos ao que ensina a Igreja de Cristo. Não há razão nenhuma, portanto, para o relativismo proposto pelo padre carismático. E, assim, abandonar a Verdade ensinada pela Igreja não é sinal de humildade, mas sim de apostasia.

É possível piorar o nível? É, infelizmente, é sim. Logo na continuação, ouvimos:

Joãozinho: existe idolatria em alguns católicos. Não na Igreja Católica, mas em alguns católicos.

A quem será que eles estavam se referindo? Claro aos católicos que não abandonam os dogmas e o magistério infalível da Igreja. Estes são fanáticos, ultrapassados, “idolatram” um Igreja antiga…

Entenderam qual é a lógica destes dois padres moderninhos? Aprendem com os protestantes, orgulham-se disto, e ainda chamam de idolatria a fidelidade dos católicos que se mantêm com toda firmeza apegados ao que a Igreja sempre ensinou.

Com toda sinceridade, alguém consegue assistir a este vídeo e não perceber que a RC”C” é a porta de saída da Igreja em direção ao protestantismo? Serenamente refletindo, é impossível não entender que o discurso da RC”C” é motivo fortíssimo para o relativismo dos fiéis e a sua passagem para as seitas. Somente não admite isto quem está enfeitiçado pela RC”C”.

Ao carismático de boa fé que está lendo este artigo, eu convido a refletir. Pois já está mais que evidente que a RC”C” é a porta de saída da Igreja na direção do protestantismo. E os que não saem oficialmente, já vivem como protestantes, apenas com o rótulo de católicos. Reflitam, analisem com calma a situação, analisem as atitudes e as idéias destes padres modernos. É o convite que eu faço.

domingo, junho 20, 2010

A Emancipação da Domesticidade

G.K. Chesterton

Nota: Este é o Capítulo III do livro “O que está errado com o mundo” que Chesterton publicou em 1910. Expressa a sua visão da importância da mulher no esquema geral da sociedade humana, numa época em que ela estava se emancipando de suas funções naturais para assumir as funções que a modernidade estava exigindo. Este tema será retomado em outro livro de Chesterton publicado em 1929, “A Coisa”.

E deve ser observado, de passagem, que esta exigência para que o homem desenvolva apenas uma habilidade não tem nada a ver com o que é comumente chamado nosso sistema competitivo, mas existiria igualmente sob qualquer tipo racionalmente concebido de coletivismo. A menos que os socialistas estejam totalmente preparados para uma queda no padrão de seus violinos, telescópios e lâmpadas elétricas, eles devem de alguma forma criar uma demanda moral sobre os indivíduos de maneira que eles mantenham a atual concentração em tais coisas. Foi apenas porque os homens se tornaram, em algum grau, especialistas é que surgiram os telescópios; eles devem ser, em algum grau, especialistas para continuarem a construí-los. Não é fazendo um homem ser um assalariado estatal que se possa impedi-lo de pensar principalmente sobre como é difícil ganhar seu salário. Há apenas uma maneira de preservar no mundo aquela superior leveza e aquela serena perspectiva contidas na antiga visão de universalismo. E esta é permitir a existência de uma metade da humanidade parcialmente protegida; uma metade a que o assédio da demanda industrial inquieta, mas inquieta apenas indiretamente. Em outras palavras, há de haver em cada centro da humanidade um ser humano preocupado com um plano mais amplo; um ser humano que não “dê o seu melhor”, mas que se dê integralmente.

Nossa antiga analogia do fogo continua sendo a mais viável. O fogo não precisa resplandecer como a eletricidade nem se agitar como a água fervente; a questão é que ele resplandece mais que a água e aquece mais que a luz. A esposa é como o fogo, ou para colocar as coisas na perspectiva adequada, o fogo é como a esposa. Como o fogo, espera-se que a mulher cozinhe; não de forma excelente, mas cozinhe; que cozinhe melhor que seu marido, que está conseguindo a lenha lecionando botânica ou quebrando pedras. Como o fogo, espera-se que a mulher conte histórias para seus filhos, não histórias originais e artísticas, mas histórias – histórias melhores do que as possivelmente contadas pelos cozinheiros de primeira classe. Como o fogo, espera-se que a mulher ilumine e esclareça, não pelas mais espantosas revelações ou as mais selvagens agitações do pensamento, mas melhor que um homem pode fazer depois de quebrar pedras ou lecionar. Mas não se pode esperar que ela suporte tal responsabilidade universal se for suportar também a crueldade do trabalho competitivo e burocrático. A mulher deve ser uma cozinheira, mas não uma cozinheira competitiva; uma decoradora, mas não uma decoradora competitiva, uma costureira, mas não uma costureira competitiva. Ela não deve ter nenhum negócio, mas vinte hobbies; ela, ao contrário do homem, deve desenvolver tudo que faz sem se preocupar em atingir a perfeição. Isto é o que foi sempre buscado a princípio no que é chamado reclusão, ou mesmo opressão, da mulher. As mulheres não foram mantidas em casa para que fossem limitadas, foram mantidas em casa para que fossem amplas. O mundo do lado de fora é uma massa de limitações, um labirinto de caminhos estreitos, um hospício de monomaníacos. Foi por esta parcial limitação e proteção da mulher que ela era capaz de desempenhar-se em cinco ou seis profissões e assim se aproximar tanto de Deus quanto a criança que brinca de ter cem profissões. Mas as profissões da mulher, ao contrário das da criança, eram todas verdadeira e, quase, terrivelmente frutíferas; tão tragicamente reais que nada exceto sua universalidade e equilíbrio impediam que elas se tornassem meramente mórbidas. Esta é a substância da alegação que ofereço sobre o papel histórico da mulher. Não nego que as mulheres foram ofendidas ou mesmo torturadas; mas duvido que elas tenham sido torturadas tanto quanto o são agora pela moderna tentativa absurda de fazê-las ao mesmo tempo rainhas do lar e funcionárias competitivas. Não nego que mesmo sob a antiga tradição, as mulheres tivessem vidas mais difíceis que a dos homens; esta é a razão porque tiramos nossos chapéus. Não nego que todas essas várias funções femininas fossem exasperantes; mas digo que havia algum objetivo e significado em mantê-las variadas. Não tento nem mesmo negar que a mulher fosse uma criada; mas pelo menos era a criada principal.

A forma mais breve de resumir a questão é dizer que a mulher é a responsável pela idéia da Sanidade; aquele lar intelectual para o qual a mente retorna depois de cada excursão pela extravagância. A mente que se dirige a lugares extravagantes é a do poeta; mas a mente que não retorna é a do lunático. Deve haver em cada máquina uma parte que move e uma parte imóvel; deve haver em tudo que muda uma parte imutável. E muitos dos fenômenos que os modernos apressadamente condenam são realmente partes dessa posição da mulher como centro e pilar da saúde. Muito do que é chamada sua subserviência, e mesmo sua docilidade, é meramente a subserviência e docilidade de um remédio universal; ela varia como um remédio varia, conforme a doença. Ela tem de ser uma otimista para um marido mórbido, uma pessimista salutar para um marido excessivamente otimista. Ele tem de impedir que o Quixote seja abusado pelos outros, e que o valentão abuse dos outros. O Rei da França escreveu

“Toujours femme varie Bien fol qui s'y fie”

mas a verdade é que a mulher sempre varia, e esta é a razão de sempre confiarmos nela. Corrigir cada aventura e extravagância com seu antídoto, usando o senso comum, não é (como os modernos parecem pensar) estar na posição de um espião ou de um escravo. É estar na posição de Aristóteles ou (no nível mais baixo) de Herbert Spencer, ser uma moral universal, um completo sistema de pensamento. O escravo lisonjeia; o moralista repreende. É ser, em resumo, um trimmer[1] no verdadeiro sentido deste honroso termo, que por alguma razão, é sempre usado no sentido oposto. Parece realmente que consideram um trimmer uma pessoa covarde que sempre escolhe o lado mais forte. Mas este termo significa realmente uma pessoa altamente cavalheiresca que sempre escolhe o lado mais fraco; como aquele que equilibra a carga de um barco sentando-se onde há poucas pessoas sentadas. A mulher é um trimmer, e isso é uma função generosa, perigosa e romântica.

Um fato final que determina isso é de natureza muito simples. Supondo que a humanidade agiu de forma não artificial dividindo-se em duas metades, respectivamente tipificando os ideais de talento especial e sanidade geral (uma vez que eles são genuinamente difíceis de combinar completamente em uma única mente), não é difícil ver porque a linha de clivagem seguiu a linha do sexo, ou porque a fêmea tornou-se o emblema do universal e o macho do especial e superior. Dois fatos gigantes da natureza demonstraram isso: primeiro, que a mulher que freqüentemente cumprisse literalmente suas funções não poderia ser especialmente proeminente no experimento e na aventura; e segundo, que a mesma operação natural a rodeava de crianças muito jovens, que exigiam não o ensino de alguma coisa, mas o ensino de todas as coisas. Bebês não precisam aprender uma profissão, mas precisam que se lhe apresentem um mundo. Para resumir, a mulher é geralmente encerrada numa casa com um ser humano numa época em que ele pergunta todas as questões que existem e algumas que não existem. Seria estranho que ela retivesse qualquer traço da estreiteza de um especialista. Ora, se alguém diz que essa tarefa de esclarecimento geral (mesmo quando livre dos horários e das regras modernas, e exercido espontaneamente por uma pessoa mais protegida) é em si excessivamente exigente e opressiva, consigo entender esse ponto de vista. Posso apenas responder que nossa raça considerou que vale a pena colocar este peso sobre a mulher a fim de manter o senso comum no mundo. Mas quando as pessoas começam a falar sobre esse trabalho doméstico como não simplesmente difícil, mas trivial e monótono, eu simplesmente desisto da discussão. Pois, eu não consigo, com o máximo poder de imaginação, entender a respeito do que estão falando. Quando a domesticidade, por exemplo, é chamada de lida penosa, toda a dificuldade surge do duplo sentido da expressão. Se penosa significar trabalho duro, admito que a mulher labute em casa, como o homem pode labutar na Catedral de Amiens ou atrás de um canhão em Trafalgar. Mas se penosa significar que o trabalho duro é mais pesado porque é insignificante, sem graça e sem importância para a alma, então, como disse, eu desisto; não sei o que as palavras significam. Ser a Rainha Elizabete dentro de uma área definida, decidindo salários, banquetes, tarefas e feriados; ser Whiteley[2] dentro de certa área, suprindo brinquedos, sapatos, bolos e livros; ser um Aristóteles dentro de certa área, ensinando moral, boas maneiras, teologia e higiene; posso entender como isso pode exaurir uma mente, mas não posso imaginar como pode estreitá-la. Como pode ser uma larga carreira ensinar a Regra de Três a crianças dos outros, e uma estreita carreira ensinar à sua própria criança sobre o universo? Como pode ser amplo ensinar a mesma coisa a todo mundo, e estreito ensinar tudo a alguém? Não; a função de uma mulher é trabalhosa, mas porque é gigantesca, não porque é minúscula. Tenho pena da Sra. Jones pela enormidade da sua tarefa, não pela sua pequenez.

Mas embora a tarefa essencial da mulher seja a universalidade, isso não a impede, claro, de ter um ou dois fortes, mas grandemente saudáveis, preconceitos. Ela tem sido, em geral, mais consciente do que o homem de que ela é apenas uma das metades da humanidade; mas ela tem expressado isso (se alguém pode dizer isso de uma senhora) agarrando com unhas e dentes duas ou três coisas que considera ser suas responsabilidades. Eu observaria aqui, entre parêntesis, que muito do recente problema oficial sobre a mulher surgiu do fato de que elas transferem para as coisas da razão e da dúvida aquela sagrada obstinação apenas apropriada às coisas primárias que foram confiadas à guarda da mulher. O próprio filho, o próprio altar, deve ser uma questão de princípio – ou se se preferir, uma questão de preconceito. Por outro lado, a dúvida sobre quem escreveu as Cartas de Junius[3] não deve ser uma questão de princípio ou preconceito, deve ser uma questão de investigação livre e quase indiferença. Mas tome uma garota moderna e cheia de vida, secretária de uma associação e dê-lha a função de mostrar que George III escreveu tais cartas, e em três meses ela acreditará nisso também, por mera lealdade a seus empregadores. As mulheres modernas defendem seu escritório com toda a ferocidade da domesticidade. Elas lutam pela mesa e pela máquina de escrever como pelo lar, e desenvolvem um tipo de selvagem atitude doméstica para com o chefe invisível da empresa. Esta é a razão de elas fazerem o trabalho de escritório tão bem feito; e esta é a razão porque elas não devem fazê-lo.


[1] Trimmer tem dois significados principais: estivador (aquele que equilibra a carga das embarcações) e oportunista. Chesterton brinca com estes dois significados. (N. do T.)

[2][2] Grande loja de departamentos da Londres de Chesterton. (N. do T.)

[3] Junius era o pseudônimo de um indivíduo, cuja a identidade é desconhecido, que escreveu uma série de cartas para um jornal londrino, Public Advertiser, entre 21 de janeiro de 1769 e 21 de janeiro de 1772. De eminentemente político, tiveram grande repercussão no reinado de George III. (N. do T.)

Fonte: Blog do Angueth

sábado, junho 19, 2010

O Último Cume

Fonte: http://www.padredemetrio.com.br/2010/05/o-ultimo-cume/

Na Espanha - sim, na Espanha laicista de Zapatero - o cineasta Juan Manuel Cotelo resolveu rodar um documentário sobre a vida do sacerdote Pablo Domínguez, um homem com seus quarenta e dois anos, que segundo La Cigueña de La Torre, era o sacerdote mais promissor de seu país: “inteligente, brilhante, simpático, de personalidade transbordante, e, sobretudo, bom”. Um intelectual, a quem esperavam ver logo com uma mitra na cabeça, falecido recentemente em um trágico acidente de montanha.

O que impressiona no filme - além do testemunho do sacerdote - é a coragem do cineasta para realizar uma obra dessas, justamente em um período no qual parece estar tão em baixa a credibilidade dos sacerdotes.

No início do filme, diz Cotelo: “Os especialistas me disseram claramente: ‘Se hoje crucifico a um sacerdote em público, vou ter êxito, e vão dar-me importantes prêmios’. Se, ao contrário, falo bem de um padre, vão crucificar-me”.

Segue dizendo: ”Não é pederasta, nem mulherengo, nem ladrão, tampouco é exorcista, não é missionário na selva, não é fundador de uma nova instituição da Igreja, não é nem sequer pároco”. E, seguindo ACIdigital: ”o desafio é contar a história de um sacerdote bondoso que impactou muita gente, e a cujo funeral acudiram umas três mil pessoas e mais de 20 bispos”. “Tivesse-me encantado encontrar algo mal em Pablo. Eu o haveria incluído no documentário, mas é que não existe. Seu confessor me disse que, simplesmente, era alguém muito bom, com uma alma de menino”.

Assista aqui aos primeiros cinco minutos do filme, realmente muito instigante:

O filme estreará no próximo quatro de junho em Madrid. Tenho muita vontade de vê-lo!

Mais informações aqui: www.laultimacima.com

quarta-feira, junho 16, 2010

Cardeal Pell é vítima de uma campanha de difamação destinada a impedi-lo reformar os bispos do mundo

fonte: Holy Smoke (Damian Thompson)-Tradução minha, eventualmente recorra ao original.

Eu escrevi isto com alguma urgência. Na semana passada, fontes católicas têm insistido que o cardeal George Pell, arcebispo de Sydney, não vai aceitar sua nomeação como prefeito da Congregação para os Bispos. Duas razões são dadas - uma ligada à sua saúde, e outra às alegações totalmente falsas de abuso sexual que ele enfrentou anos atrás.

Tenho uma boa razão para acreditar que o Cardeal Pell - um homem de presença imponente e intelecto, absolutamente fiel à visão do Papa Bento XVI para a renovação da Igreja - é vítima de uma campanha difamatória aprovada por
determinadosbispos, especialmente italianos, que estão desesperados para parar a limpeza que Pell levará a efeito nos "burgos podres" de suas dioceses. Devemos orar para que o Santo Padre ignore esta campanha.

Razão número um: Pell está "com a saúde debilitada". Verdade, ele tem um marca-passo. Fora isto, ele está razoavelmente em boa forma - certamente bem o suficiente para assumir seu cargo. E ele é mais saudável do que muitos de seus críticos, mais idosos, que permanecem sentados em suas dioceses procurando não fazer absolutamente nada que possa perturbar a sua vida pacata.

Reason number two: Cardinal Pell is tainted by sex abuse allegations.

Razão número dois: o Cardeal Pell esta marcado por alegações de abuso sexual. Isto é lixo. O jornal The Age, na Austrália apresenta esse relatório muito revelador :

O cardeal George Pell, cuja promoção para um cargo importante no Vaticano era esperada para este mês, foi rejeitada devido a antigas alegações de abuso sexual contra ele, de acordo com fontes bem informadas, em Roma.

Cardeal Pell renunciou ao cargo de arcebispo de Sydney, em 2002, depois que ele foi acusado de abusar de uma adolescente em um acampamento da igreja nos anos 1960, mas uma investigação independente levada a cabo por um juiz aposentado não-católicos o absolveu.

Observadores do Vaticano dizem agora que importantes funcionários trabalharam para minar o cardeal Pell como o próximo chefe da Congregação dos Bispos, em parte por preocupações sobre a publicidade negativa sobre as alegações de abuso e, em parte por razões políticas internas, incluindo o desejo de que um italiano assumisse o cargo.

Mas esses funcionários não estão realmente preocupados com a "publicidade negativa" sobre as alegações são comprovadamente mentiras: eles estão explorando essas mentiras para se proteger. Minha pergunta: Qual a verdadeira razão para esta campanha de propaganda negativa? Desde a eleição de Bento XVI nenhuma indicação horrorizou tanto os soberbos, preguiçosos e liberais estabelecidos no Vaticano e dioceses. Isso porque o Cardeal Pell tem conhecimento detalhado da situação não só na Itália, onde muitos bispos, ganharam suas posições, agindo como os parlamentares britânicos de antes da Lei da Reforma de 1832, assim como na América Latina e Ásia.

A mensagem do Cardeal Pell aos bispos seria: "Desculpem, Senhores, mas esta não é uma tarefa vitalícia. Você deve apresentar o dinamismo evangélico e obediência ao Santo Padre - e, se você não fizer isso, então há sacerdotes santos pronto para assumir seu lugar". E por isto estão fazendo esta campanha suja.

quarta-feira, junho 09, 2010

Nota de Falecimento

Faleceu hoje o Prof. Orlando Fedeli, Presidente da Associação Cultural Montfort.

1
Ce qui Te reste,
ce qu' on refuse,
donnes-moi (z) en partage
combats et courage,
ô mon Dieu.
2
Ce qu'on rejette,
ce qu'on n'acèpte,
donnes moi (z) en partage
ta croix et courage
d' la porter
3
Que je sois sûr
de vivre à souffrir,
pour défendre la Foi,
pour ton amour mourrir,
ô mon Dieu.
4
Que je sois sûr
de vivre en danger,
d'embrasser ta croix,
et dans ta paix mourrir,
ô mon Dieu.
5
Non pas douceur,
non les honneurs,
donnes-moi (z) en partage,
amers outrages,
des menteurs.
6
Non pas sucès,
non être aimé,
donnes-moi (z) en partage
la haine et la rage
des mauvais.

7
À moi, mon Dieu,
la croix du mépris,
que je reste tout seul
dans le plus grand oubli,
ô mon Dieu.
8
À moi Seigneur,
la gloire d'être haï
d'embrasser ta croix
et dans ta paix mourir,
ô mon Dieu.
9
Moi, je ne veux
ni paix, ni l'or,
donnes-moi (z) en partage
la guerre et l 'orage
ô mon Dieu.
10
Je te demande
d'un jet ta croix,
car je n'ai le courage
de deux fois
la demander.
11
Que je sois sûr
qu'elle soit mon trésor,
d' embrasser ta croix,
Avec ardent amour
sans retour.
12
Que je sois sûr
d'avoir le plus dur,
d'embrasser ta croix
et dans ta paix mourrir,
ô mon Dieu.
1
O que Te resta,
o que se recusa,
daí-me em partilha,
combates e coragem,
oh meu Deus.
2
O que se recusa,
o que não se aceita,
daí-me em partilha,
tua cruz e coragem,
para carregá-la.
3
Que eu esteja seguro,
de viver para sofrer,
por defender a Fé,
por teu amor morrer,
oh meu Deus.
4
Que eu esteja seguro,
de viver em perigo,
de abraçar tua cruz,
e em tua paz morrer,
oh meu Deus.
5
Não doçuras,
não as honras,
daí-me em partilha,
amargos ultrajes,
dos mentirosos.
6
Não sucesso,
não ser amado,
daí-me em partilha,
o ódio e a raiva,
dos maus.

7
A mim, meu Deus,
a cruz do desprezo,
que eu fique sozinho,
no maior esquecimento,
oh meu Deus.
8
A mim, Senhor,
a glória de ser odiado,
de abraçar tua cruz,
e em tua paz morrer,
oh meu Deus.
9
Eu, eu não quero,
nem paz nem ouro,
daí-me em partilha,
a guerra e a tempestade,
oh meu Deus.
10
Eu te peço,
de uma só vez tua cruz,
por que eu não tenho a coragem
de duas pedi-la vezes,
oh meu Deus.
11
Que eu esteja seguro,
que ela seja meu tesouro,
de abraçar tua cruz,
com ardente amor,
sem retorno.
12
Que eu esteja seguro,
de ter o que é mais duro,
de abraçar tua cruz,
e em tua paz morrer,
oh meu Deus

Adaptação da "Prière du Partage" de André Zirnheld, paraquedista da França Livre, morto em 1942, à marcha dos arqueiros de Robert Bruce, Rei da Escócia, que foi tocada na entrada de santa Joana d'Arc em Orléans, em 1429
São Paulo, 19 / 11 / 1995
Orlando Fedeli


Assim é que me recordarei dele!
Que sua alma descanse em Paz!

sábado, maio 22, 2010

Os Sacerdotes que abusaram de mim

Tomei conhecimento do texto abaixo através do blog Ignem in Terram, nesta ótica precisamos cada vez mais de Sacerdotes que abusem de todos.


Os sacerdotes que abusaram de mim

“Quanto era muito criança, sem ter consciência, sem liberdade, sem poder defender-me, um deles me fez filho de Deus, herdeiro da Vida Eterna, Templo do Espírito Santo e membro da Igreja, nunca poderei perdoar-lhe por ter-me feito tanto bem.

Outro insistiu em meus tenros anos em inculcar-me, violentando a minha vontade, o respeito pelo nome de Deus, a necessidade absoluta da oração diária, a obediência e a reverência aos meus pais, o amor pela minha pátria, e me ensinou a utopia de não mentir, não roubar, não falar mal dos outros, perdoar e todas essas coisas que nos fazem tão hipócritas e ridículos…

Outro apareceu mencionando que o Espírito Santo devia vir completar a obra começada no Batismo, que me fariam falta seus dons e seus frutos, que já era hora de que viesse em minha ajuda Aquele que me faria defender a Fé, como um soldado. Que ousadia falar em termos tão bélicos! Fez nessa época que eu cuidasse minha alma frente ao mundo, que fosse nobre, leal e honesto…

Outro abusou dando-me livros para ler, não lhe bastassem seus conselhos, que faziam colocar o olhar na eternidade e viver como estranho aqui na terra. Quem tirará agora da minha cabeça os quatro Evangelhos? As glórias de Maria? A imitação de Cristo? As Confissões? As Moradas? Etc. Quem será capaz de curar-me de todos esses tesouros que me marcaram para sempre?

Outro abusou da minha ignorância ensinando-me coisas que não sabia. Outro não falava, mas sua vida virtuosa me inclinava cada vez mais a imitá-lo. Houve alguns que se aproveitaram de mim em momentos inesperados e me corrigiram, me alentaram, e até rezaram por mim.

Outros, quando eu já estava em um círculo do qual não podia sair, insistiram com minha natureza caída e me incitaram a receber a Jesus Cristo em Corpo e Sangue, para resistir aos embates do inimigo, para fortalecer minha fraqueza e santificar-me cada dia mais. Embora, para aquele que leia esta denúncia, pareça que isso já é demasiado e que não seja possível, digo-lhe que os abusos seguiram aumentando, e tudo passou a coisas maiores. Cada vez que conhecia um sacerdote, se aproveitava de mim com renovados métodos, relíquias, santinhos, água benta, terços, bênçãos e orações de todo tipo, armavam um cerco com tremendos benefícios que chegaram ao limite do suportável.

Quero deixar clara esta injustiça cheia de perversidade, e que atendam a minha reclamação nesta denúncia, por que sei que alguns deles estarão esperando-me para seguir com essa iniqüidade, sentado num confessionário ou ao lado de minha cama quando estiver moribundo, e, ainda que desapareça, seguirão com sufrágios pela minha alma e súplicas de misericórdia.

Quero que se somem a minha voz todos aqueles que foram vítimas desses incidentes, e se sentiram ultrajados por estas pessoas, pois sei que a outros os uniram em matrimônio, a outros lhes descobriram a vocação, a outros até chegaram a ajudar-lhes materialmente ou guardaram com chave em seu coração, para sempre, segredos tremendos de suas misérias humanas.

Cuidemos seriamente para não termos trato com eles. Não demos a eles nossos dados. Não os olhemos nos olhos, não os consultemos absolutamente para nada. Não sigamos nenhum de seus passos, pois corremos o risco de um dia cair em suas armadilhas e salvar-nos eternamente”.

Autor: Gustavo Caro

terça-feira, maio 18, 2010

Missa Tradicional pela internet

Para aqueles que, como eu, não têm acesso frequente a Missa tradicional em latim, a Paróquia Cristo Rei em Sarasota-EUA(FSSP) agora transmite as missas diárias e dominicais por este site: LiveMass.net.
Fonte: RorateCaeli.blogspot.com

sexta-feira, maio 14, 2010

Inédito: a lista dos cientistas queimados pela Inquisição!

Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/blog/tubodeensaio/?id=1003022

Coincidências da vida: justamente no dia em que eu me vejo aprovando comentários do tipo "A igreja católica por muito tempo manteve para si o conhecimento gerado por inúmeros cientistas, astrônomos, físicos, químicos que discordavam das teses e tentavam demonstrar cientificamente o que hoje sabemos que é fato. Alguns deles queimaram nas fogueiras da inquisição", e também "no auge do seu poder a igreja católica estagnou qualquer conhecimento científico, inclusive condenando muitos à fogueira por isso", meu porteiro me avisa que havia um pacote para mim. Era do meu informante no Vaticano, que havia finalmente conseguido a lista completa de todos os cientistas que a Igreja matou por causa de suas pesquisas. Material inédito, jamais publicado na internet. Nitroglicerina pura.

Então, sem mais delongas. Segue, em ordem cronológica de incineração, o nome do cientista, data e local da execução, e a teoria científica pela qual o sujeito pagou com a vida:
































































É isso aí, sem tirar nem pôr. Chocante, não?

"Ah, e o Galileu?" Bom, ele não foi condenado à morte pela Inquisição, morreu velho, de causas naturais. "E o Giordano Bruno?" Bom, esse realmente foi queimado na fogueira, mas não por suas teorias científicas (aliás, na época dele boa parte das tais afirmações "científicas" eram basicamente Filosofia, e não ciência experimental), e sim por suas afirmações no campo da fé, como qualquer um que tenha lido o capítulo 7 de Galileo goes to jail and other myths on science and religion sabe.


Jovem marroquino queria matar o Papa

Um estudante marroquino, expulso de Itália a 29 de Abril com um compatriota, queria matar o Papa Bento XVI, afirma a revista Panorama na sua edição a publicar na sexta-feira.

Mohammed Hlal, 27 anos, estudante de comunicação internacional e Ahmed Errahmouni, 22 anos, estudantes de física e de matemáticas, viviam em Perugia, centro de Itália, e foram expulsos no âmbito da "prevenção de terrorismo" dado que representavam "uma ameaça para a segurança do Estado", segundo o decreto de expulsão do ministro do Interior, Roberto Maroni. [Editor: Ocasionalmente estudavam na mesma Universidade para Estrangeiros de Perugia, onde estudou tambem um certo Ali Agca]

A Panorama, que pertence ao grupo de comunicação da família do primeiro ministro italiano, Silvio Berlusconi, afirma na sua edição desta semana que Mohammed Hlal queria matar o Papa, de acordo com escutas telefónicas efectuadas pela polícia antiterrorista italiana.

"Hlal manifestava o desejo de ver morrer o Chefe de Estado do Vaticano e dizia estar pronto para o assassinar para ter a garantia de ir para o paraíso", refere o decreto de expulsão assinado pelo ministro e citado pela publicação.

Os dois estudantes foram expulsos a 29 de Abril e seguiram num voo direto de Roma para Casablanca.

Fonte: http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1569335&seccao=Europa

PS.: Vou protelar qualquer comentário sobre Fátima, coisas pequenas mas muito significativas aconteceram por lá, mas há muita poeira no ar, talvez por culpa do vulcão Eyjafjallajökull, de qualquer forma, se ou quando puder ver melhor comento algo aqui.